CV90 é demonstrado ao Exército Brasileiro

A empresa BAE Systems está realizando uma série de demonstrações de sua viatura de combate CV90 para o Exército Brasileiro (EB) nas instalações do Centro de Avaliações do Exército (CAEx), o “Campo de Provas da Marambaia/1948”.

As demonstrações, que iniciaram no dia 10 de julho e continuarão até o dia 21, tem como objetivo apresentar as principais características deste moderno sistema de armas para o projeto da viatura blindada de combate de fuzileiros (VBC Fuz), do Programa Estratégico do Exército (Prg EE) Forças Blindadas, que visa a aquisição inicial de até 78 viaturas. No dia de ontem (17) ocorreu uma demonstração específica para os oficiais do Estado Maior do Exército (EME) e do Corpo de Fuzileiros Navais (CFN) da Marinha do Brasil, que ficaram impressionados com suas características.

A versão apresentada, que desembarcou no Brasil em 05 de maio, é a MK III melhorada (apesar de ser oferecida a MK IV para o projeto), estando equipada com um canhão automático Bushmaster II, de 30×173 mm, metralhadora coaxial de 7,62×51 mm e lançadores de granadas fumígenas.

O CV90, ou Combat Vehicle 90, é uma família de veículos de combate blindados suecos projetados pela Administração de Material de Defesa da Suécia (Försvarets Materielverk – FMV) em conjunto com as empresas Hägglunds e Bofors, em meados da década de 80 e entrou em serviço na Suécia em meados da década seguinte com o nome de Stridsfordon 90 (Strf 90). Atualmente o veículo é ofertado pela BAE Systems e se encontra em sua 5ª geração é considerado um dos mais capazes de sua categoria, com mais de 1.300 unidades em operação em oito países, incluindo quatro membros da OTAN, e já está em ação no conflito russo-ucraniano.

“Foi ótimo demonstrar a capacidade comprovada do CV90 para o Exército Brasileiro. Somos gratos pela oportunidade de apresentar a tecnologia e a versatilidade do nosso veículo para ajudar o Exército a reunir informações sobre equipamentos que estão sendo usados por outros países ao redor do mundo como parte de suas avaliações regulares das tecnologias disponíveis.
Proteção, parceria e prosperidade são os pilares do relacionamento da BAE Systems com o Brasil há mais de 100 anos. Nossa empresa forneceu ao Exército os veículos de combate M113, à Marinha os navios da classe Amazonas e à Força Aérea várias aeronaves. Além disso, estabelecemos parcerias com empresas brasileiras líderes, como a Embraer e a EMGEPRON, para fornecer produtos às forças brasileiras, assim como para exportação para outros países. Dessa forma, esperamos continuar trabalhando juntos para apoiar a segurança nacional e a prosperidade econômica do Brasil” – Marco Caffé, diretor geral da BAE Systems no Brasil.

Imagens: BAE Systems

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Respostas de 9

  1. Rapaz, o bicho é bonito, rápido, ágil e ouso dizer que até a camuflagem combinou com o bioma. Excelente demonstração e parabéns pela cobertura e matéria Bastos! CV90 é um fortíssimo candidato.

  2. Achei interesante a participação do CFN na apresentação.
    Seria ao meu ver uma interessante opção pata substituir o SK105 e o M113.
    Passei hoje enfrente ao Centro Cultural da Marinha no Centro do Rio de Janeiro, e lá estava um SK105 ao lado de um Cascavel ambos já como acervo do local.

  3. Fora o uso de esteiras, quais as vantagens do CV90 120 sobre o Centauro 2 com mesmo calibre?
    Digo isso por que vejo o CV90, mesmo com o canhão de 120mm, substituindo um MBT moderno.
    Então manter os dois veículos, seria só com o objetivo de tratar o primeiro como MBT.
    Um terceiro não cabe no orçamento do EB.

    1. Merlin, os dois carros com esteira e sobre rodas tem aplicações diferentes. O primeiro segue com os Regimentos de Cavalaria Blindada, onde tudo é sobre esteiras. O segundo acompanha os Regimentos de Cavalaria Mecanizada, sobre-rodas, onde a velocidade é fator preponderante. Salvo melhor Juizo aqui dos especialistas ou de nosso Professor Paulo Bastos!

    1. Financeiro e logístico parece ser uma escolha “sensata” para futuro IFV do EB, mas confesso que não sabemos a que ponto está a tecnologia para compensar a falta de blindagem da versão MMBT, ao meu ver ainda a melhor escolha é um equilíbrio de ambos.
      Se a blindagem for muito fraca e a tecnologia não render o esperado, qualquer comandante ficaria com receio de utiliza-los em ação, estou errado?

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