A Marinha do Brasil, por intermédio da Diretoria-Geral de Material da Marinha, informa que no dia 5 de março, às 15h, no Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro, a Empresa Gerencial de Projetos Navais (EMGEPRON) e a Sociedade de Propósito Específico (SPE) “Águas Azuis” (thyssenkrupp Marine Systems, Embraer Defesa & Segurança e Atech) assinaram os contratos para a construção da Classe “Tamandaré”, em cerimônia presidida pelo Ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva.
O evento contou com a presença do Comandante da Marinha, Almirante de
Esquadra Ilques Barbosa Junior, entre outras autoridades.
Na ocasião, foram assinados o contrato principal para aquisição, por construção no País, de
quatro Fragatas, e o contrato coligado, que trata do Acordo de Compensação.
Este último tem como objetos, as Transferências de Conhecimento e de Tecnologia (ToK / ToT) referentes ao Sistema de Gerenciamento de Combate (Combat Management System) e ao Sistema Integrado de Gerenciamento da Plataforma (Integrated Platform Management System)”, bem como cursos de operação e manutenção das futuras Fragatas.
O Programa Classe “Tamandaré” (PCT) advém de uma necessidade imediata de renovação
dos meios navais da Esquadra, visando incrementar a capacidade de defesa (monitoramento e proteção) da Amazônia Azul.
O PCT tem como alguns de seus alicerces: a produção de navios com elevados índices de
conteúdo local(nacional), incluindo a gestão do conhecimento e a consequente transferência de tecnologia; a inserção da mentalidade da gestão do ciclo de vida, criando um novo paradigma de manutenção e evolução de conhecimento para a Marinha do Brasil; e um caráter de auto sustentabilidade, que dê perenidade e consistência ao Programa Estratégico “Construção do Núcleo do Poder Naval”.
As quatro Fragatas inicialmente previstas serão escoltas versáteis e de significativo poder
combatente, capazes de se contraporem a múltiplas ameaças e destinadas à proteção do tráfego marítimo, podendo realizar missões de defesa, aproximada ou afastada, do litoral brasileiro.
Poderão ser empregadas na proteção às unidades componentes do Corpo Principal de Forças Navais, bem como em áreas afastadas, compondo Grupos de Ação de Superfície ou como Unidades de Busca e Ataque a submarinos.
Também serão empregadas na patrulha das Águas Jurisdicionais Brasileiras (AJB), com ênfase na fiscalização e proteção das atividades econômicas, principalmente
a petrolífera e a pesqueira.
Após a assinatura dos contratos, inicia-se o detalhamento do projeto de engenharia, com a
previsão do início da construção do primeiro navio em 2021.
A entrega é prevista para ocorrer entre 2025 e 2028.