O Exército Brasileiro (EB) realizou uma demonstração de tiro defensivo “Live-Fire” no dia 8 de dezembro, no campo de instrução da Academia Militar das Agulhas Negras (AMAN). A manobra ocorreu no contexto do Exercício Combinado CORE (“Combined Operation and Rotation Exercises”), que reúne tropas do Brasil e dos Estados Unidos um adestramento até 16 de dezembro, nas cidades de Lorena (SP), Cachoeira Paulista (SP) e Resende (RJ).
No terceiro dia da CORE, cerca de 130 militares foram empregados nessa atividade. Na oportunidade, as tropas foram colocadas em posição no terreno, em área acidentada, para simular uma situação de confronto com uma tropa oponente.
“Nós atiramos com metralhadora .50, orgânica da seção de helicópteros de reconhecimento e ataque da Aviação do Exército; atiramos com artilharia 105mm, que é orgânica da Brigada da Infantaria Leve Aeromóvel; atiramos com canhão 90mm do Cascavel, viatura orgânica dos Regimentos de Cavalaria Mecanizada; atiramos com a metralhadora .50 da viatura Guarani; com morteiro 81 milímetros. Também atiramos com morteiro 60, metralhadora 762 milímetros e com os fuzis 566 milímetros”, disse o major Rodrigo Magalhães, oficial de Operações da 12ª Brigada de Infantaria Leve – Aeromóvel (12ª Bda Inf L – Amv).
Para o general Tomás Miguel Miné Ribeiro Paiva, comandante Militar do Sudeste (CMSE), o exercício permite visualizar a dificuldade que uma tropa oponente tem para atacar uma tropa bem postada no terreno.
Segundo o general Tomás, o exercício demonstrou que o EB tem capacidade de emprego de volume de fogo em condição adversa. “Com o tiro real, a gente está treinando melhor as nossas tropas. Além de progredir, orientar e voar com os nossos helicópteros, preparamos os planos de carregamento, de combate e tático antes do tiro. Essa tropa está certificada para atuar em qualquer ponto do território nacional”, garantiu o general.
O tenente-coronel Michael Harrison, comandante do Batalhão da 101ª Divisão de Assalto Aéreo (101st Airborne Division), do Exército dos Estados Unidos (US Army), disse que a CORE e a manobra desta quarta-feira (8) demonstram a importância da interoperabilidade entre os EUA e o Brasil. “Estamos bastante impressionados com a capacidade do Exército Brasileiro. Foi uma experiência incrível para os meus soldados e para mim. Todos os militares norte-americanos retornarão aos EUA melhores por terem vindo ao Brasil”, concluiu.
Fonte: Comunicação Social do CMSE