Após trinta dias da notificação da Agência de Cooperação para Defesa e Segurança (DSCA) dos Estados Unidos sobre uma possível venda de 24 aviões de treinamento Beechcraft T-6C Texan II para a Argentina, o Congresso norte-americano aprovou a proposta abrindo caminho para que governo e executivos da indústria completem as negociações envolvendo a cifra de US$ 300 milhões.
Apenas dois meses depois da entrega do último Texan II para a Marinha dos Estados Unidos (US Navy), no âmbito do programa JPATS (Primary Aircraft Training Systems) assinado há 20 anos, a venda proposta para o governo de Buenos Aires proporcionará a manutenção da linha de produção do modelo localizada em Wichita, no estado do Kansas.
De acordo com a fabricante da aeronave, a Beechcraft está focada na continuidade das conversações com a Argentina envolvendo a oferta do T-6C. Além de treinamento, a configuração C do T-6 possui provisões para integração de armamentos com vistas à execução de ataques leves.
Até julho a companhia norte-americana entregou mais de 400 T-6 Texan II para a Força Aérea dos Estados Unidos (USAF) e cerca de 300 deles para a US Navy, substituindo a frota dos veteranos jatos Cessna T-37 e turboélices T-34. Recentemente, a Beechcraft recebeu do Ministério da Defesa do Reino Unido (MoD) uma encomenda de T-6 para substituir os Short Tucanos T.1 fabricados sob licença pela empresa britânica Short Brothers para equipar a frota de treinamento da Real Força Aérea do Reino Unido (RAF).
Atualmente a Força Aérea da Argentina (FAA) opera na frota de treinamento aeronaves EMB-312 Tucano e jatos IA-63 Pampa produzidos pela Fabrica Argentina de Aviones (FAdeA).
Ao lado dos turboélices antiguerrilha IA-58 Pucará, os IA-63 Pampa desempenham missões de ataque leve. Em agosto deste ano decolou pela primeira vez o demonstrador de conceito IA-100 do futuro avião de treinamento primário argentino, projetado e fabricado na FAdeA, aeronave impulsionada por um motor convencional.
Ivan Plavetz
Fonte: Flight Global