Os militares brasileiros conheceram as instalações da 30th Space Wing, que possui um complexo formado por diversos sítios de lançamento.
Nessa oportunidade, a delegação conheceu as instalações exploradas comercialmente pela empresa SpaceX para lançar suas espaçonaves.
O Falcon 9 é um dos foguetes utilizados pela SpaceX naquele local para o transporte ao espaço de cargas úteis civis ou militares, tais como satélites, suprimentos para a Estação Espacial Orbital, missões interplanetárias, entre outras.
“A comitiva observou de perto o modelo operacional adotado pela SpaceX e reuniu ideias que poderão ser aproveitadas nas futuras operações espaciais do Brasil em lançamentos de foguetes a partir do Centro Espacial de Alcântara (CEA), cujos processos estão sendo desenvolvidos e aprimorados em busca de maior eficiência com economia de recursos humanos e de capital para o Programa Espacial Brasileiro”, explicou o Vice-Presidente da CCISE e chefe da delegação, Brigadeiro do Ar José Vagner Vital.
Outra organização visitada foi o Western Range Control Center (WROCC). Neste Centro, a delegação observou como a Força Aérea dos Estados Unidos realiza a preparação, a coordenação e o controle das operações de lançamento.
No Combined Space Operations Center, o Comandante da 14th Air Force e Diretor do Joint Force Space Component Commander (JFSCC), Major General Stephen Whiting, conduziu o grupo e explicou o funcionamento das unidades da USAF e sua interação com as organizações do USSTRATCOM nas atividades espaciais. O militar destacou a importância de uma adequada consciência situacional espacial (Space Situational Awareness – SSA) para a manutenção e operação da capacidade espacial instalada.
“Durante as discussões decorrentes, identificou-se a oportunidade de incrementar a cooperação em áreas da atividade espacial relacionadas ao SSA, como a instalação de uma estação de monitoramento no Brasil e a participação no exercício operacional Global Sentinel, beneficiando as atividades espaciais em geral dos dois países, além de melhorar a interoperabilidade entre as Forças Aéreas do Brasil e dos EUA”, destacou o Brigadeiro Vital.
Estas alternativas tornaram-se possíveis a partir de junho de 2018, quando foi assinado o Acordo SSA entre o Brasil e os EUA para troca de dados sobre objetos na órbita da Terra objetivando incrementar a segurança na operação dos sistemas espaciais dos dois países.
Outra constatação importante durante a visita, segundo a comitiva, foi como a evolução do Brasil no uso de ferramentas de Defesa Cibernética está tornando o Centro Espacial de Alcântara mais atrativo para os operadores de lançadores do mundo todo, pois esta capacidade é importante para garantir os níveis de segurança necessários nas operações espaciais, fazendo frente às ameaças modernas.
Por fim, o Brigadeiro Vital apresentou algumas alternativas de cooperação entre Brasil e EUA na área espacial, sob a perspectiva dos projetos do Programa Estratégico de Sistemas Espaciais (PESE), enfatizando, principalmente, a possibilidade de operações espaciais a partir de Alcântara, evidenciando o aumento da resiliência das atividades espaciais dos EUA que o uso do CEA traria e a redução dos custos operacionais do Centro para o Brasil, além da contribuição destas atividades para o desenvolvimento socioeconômico e tecnológico do Maranhão e para a nação brasileira.