Comitê da Indústria de Defesa e Segurança de Goiás é lançado na Fieg

  • Comdefesa-GO busca incentivar a instalação de indústrias fornecedoras de materiais para as Forças Armadas e Polícias Federal, Militar e Civil.

Na última sexta-feira (26), foi lançado na Federação das Indústrias do Estado de Goiás (Fieg) o Comitê da Indústria de Defesa e Segurança de Goiás (Comdefesa-GO), criado pela Fieg e pela Associação Comercial e Industrial de Anápolis (ACIA).

O objetivo é identificar oportunidades de negócios para as empresas goianas atenderem a demandas de suprimento de diversos tipos de produtos e serviços às Forças Armadas e forças de segurança.

A ideia é criar políticas de incentivo, repassar informações sobre possibilidades futuras de compras governamentais, participar da elaboração de legislação específica aplicada ao setor, preparar as empresas para serem fornecedoras e auxiliar em questões de fornecimento às Forças Armadas.

A criação do Comdefesa-GO permitirá desenvolver mecanismos para explorar as oportunidades desse mercado e avaliar a infraestrutura local e regional já instalada, identificando e corrigindo eventuais deficiências.

Uma das estratégias é a criação de um Polo da Indústria de Defesa, local para receber empresas goianas e novas empresas a serem instaladas no espaço. Outra frente de trabalho do grupo será a busca de aprovação junto ao governo de uma política de fomento ao setor, visando à instalação em Goiás do Centro de Aquisições do Ministério da Defesa.

As aquisições, em volume anual de R$ 7 bilhões, se feitas em Goiás renderia ao Estado um incremento relevante de ICMS.

De acordo com a Associação Brasileira das Indústrias de Materiais de Defesa e Segurança (ABIMDE), as companhias que atuam no mercado de produtos de defesa e segurança geram atualmente aproximadamente 25 mil empregos diretos e 100 mil indiretos, movimentando anualmente mais de US$ 3,7 bilhões, sendo US$ 1,7 bilhão em exportação e US$ 2 bilhões em importação.

Além de armamento e munição, o segmento de defesa é um mercado muito mais amplo, envolvendo, por exemplo: proteção balística e blindagem, aeronaves, viaturas, veículos não tripulados, sistemas de comando e controle, elétricos e eletrônicos, TI e telecomunicações, equipamentos óticos, vigilância, logística, publicidade, consultoria, treinamento, pesquisa e desenvolvimento, vestuário, calçados, etc.

Estudos da Escola Superior de Guerra e do Ministério da Defesa indicam Anápolis como o mais promissor município brasileiro para sediar o polo.

Sua localização central no território brasileiro facilitaria o emprego de medidas para neutralizar com eficiência eventuais ações hostis contra a capacidade industrial brasileira. Além disso, a logística privilegiada pelos diversos modais (aéreo e rodoferroviário) proporciona os meios indispensáveis para suprir com agilidade e rapidez petrechos e suprimentos – equipamentos e insumos – para as tropas localizadas em todas as regiões do território nacional e de outros países da América do Sul.

Por outro lado, o desenvolvimento binacional dos componentes das aeronaves militares de combate Gripen fabricados pela sueca SAAB (vão compor a Força Aérea Brasileira em Anápolis) e do Sistema de Mísseis Astros (sediados na Base de Artilharia do Exército Forte Santa Bárbara, em Formosa) torna Goiás um ponto natural de convergência da Base Industrial de Defesa e Anápolis é a cidade do Estado que reúne as condições mais vantajosas e seguras.

O comitê será composto pelos representantes de 26 sindicatos filiados à Fieg e de mais seis representantes de entidades setoriais ligadas à cadeia produtiva do setor e instituições de ensino e pesquisa.

Por indicação do presidente da Fieg, Pedro Alves de Oliveira, o Comdefesa-GO será liderado por Anastácios Dágios (SICMA e ACIA) e Wilson de Oliveira (Fieg Regional Anápolis e Sindalimentos).

 

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