Com cibersegurança e criptografia Link-BR2 entra em fase final de integração

 Link-BR2, projeto de datalink da Força Aérea Brasileira (FAB) executado pela AEL Sistemas, concluiu com sucesso mais uma etapa de testes para demonstrar a robustez e estabilidade do sistema de enlace de dados táticos nacional. Em operação desde 2020, o Link-BR2 atualmente é integrado aos caças do modelo F-5M, e nesta nova fase as aeronaves contaram, pela primeira vez, com as soluções embarcadas de cibersegurança e criptografia desenvolvidas pela Kryptus.

A criptografia ativa no rádio para os voos de teste é uma etapa crucial para a certificação final do sistema, responsável por fornecer comunicação sigilosa e autenticada em tempo real entre as aeronaves e estações de solo da Aeronáutica.

“Desde o início do projeto, a Kryptus é encarregada por todo o desenvolvimento dos protocolos de comunicação e da camada de segurança da informação, que envolve desde a proteção dos computadores e terminais em solo até a criptografia embarcada no rádio, assegurando a transmissão segura das informações”, explicou Fernando Farias, gerente de projeto da empresa.

“Trabalhamos lado a lado no design, montagem e validação das placas criptográficas e na implementação dessas soluções em nossos rádios e sistemas de solo, que requerem uma infraestrutura robusta para garantir seu funcionamento eficaz. Como parceira estratégica, a Kryptus nos oferece tecnologia de ponta que agora é aplicada nos testes em voo”, completou Ismail Rodrigo Müller, gerente de programas da AEL Sistemas.

Reconhecida pelo Ministério da Defesa com o selo EED (Empresa Estratégica de Defesa) e responsável por iniciativas como o desenvolvimento do Typhon, primeiro sistema autônomo inteligente de defesa cibernética brasileiro, a Kryptus traz para o Link-BR2 toda sua “expertise” no setor, fornecendo soluções avançadas que incluem criptocomputador; sistema de credenciamento, autenticação e autorização; segurança do sistema operacional, redes e logs;  sistema de distribuição segura de chaves e arquivos; KNET HSM; Key Guardian; e tokens de segurança.

Os próximos estágios do projeto Link-BR2 incluem a integração com os caças F-39 Gripen e também sua expansão para as plataformas das demais forças da Defesa. “Há conversas avançadas com a Marinha para integrar o sistema em seus teleports, e o Exército também demonstrou interesse em adotar o Link-BR2 como o padrão de datalink tático do Brasil”, observou Müller.

“Quando atingir sua maturidade, o Link-BR2 será um dos datalinks mais avançados e seguros do mundo, com capacidade de comando e controle que colocará o Brasil na vanguarda da tecnologia de guerra centrada em redes, com desenvolvimento 100% nacional, o que reitera o compromisso de todos os envolvidos com a soberania do País”, concluiu Farias.

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Uma resposta

  1. Esperamos que o governo federal ainda mais na ciberssegurança e desenvolva também um sistema de comunicação e comando avançado para drones de defesa

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