China oferece o caça J-10CE à Colômbia

O gigante asiático destaca o batismo de fogo bem-sucedido de suas aeronaves nas recentes batalhas aéreas entre Paquistão e Índia

Erich Saumeth (*)

A China ofereceu à Colômbia sua aeronave de combate multifuncional monomotor J-10CE como uma nova opção de combate para a Força Aerea Colombiana (FAC). A oferta ocorre em meio à visita do presidente Gustavo Petro ao gigante asiático e no âmbito das negociações com o presidente Xi Jinping.

A China ofereceu até 24 unidades (ou quantas a Colômbia solicitar) e um completo pacote de armamentos, com preços a partir de US$ 40 milhões, com facilidades de financiamento nos termos acordados entre as partes, mas com prazos de entrega muito curtos graças à capacidade de produção do fabricante da aeronave, a Chengdu Aircraft Corporation (CAC).

Após a apresentação da oferta, o presidente colombiano teria consultado a FAC sobre a aeronave, suas capacidades e a viabilidade de seu envio por aquela força, segundo fontes próximas ao processo nacional de superioridade aérea confirmadas ao autor.

PROVADO EM COMBATE

A oferta chinesa destacou as capacidades da aeronave e seu batismo de fogo bem-sucedido nos recentes combates aéreos entre a Força Aérea Paquistanesa (sua usuária)  e a Força Aérea Indiana, nos quais o J-10CE teria derrubado pelo menos um Dassault Rafale EH e um Dassault Mirage 2000H, bem como, eventualmente, um Sukhoi SU-30MKI e um Mikoyan MiG-29UPG, embora essas informações não tenham sido reconhecidas pela Índia.

A China teria enfatizado que sua aeronave já foi testada com sucesso em combate, diferentemente do modelo de aeronave selecionado anteriormente pela Colômbia, o Saab Gripen. Também enfatizou que aceitar a oferta chinesa faria parte da decisão do governo colombiano de considerar a possibilidade de adquirir sistemas ou equipamentos de defesa de fontes diferentes de seus fornecedores tradicionais e de se distanciar geopoliticamente dos Estados Unidos, uma proposta muito delicada para os interesses daquela nação.

J-10CE


(*) Erich saumeth Cadavid é analista e pesquisador colombiano em assuntos de defesa, segurança e geopolítica, e colaborador da revista Tecnologia & Defesa na Colômbia.

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Respostas de 28

    1. Salve camarada TomCat eu tenho defendido em outro espaço de assuntos de defesa justamente isso.
      É chegada a hora de nos valer de sermos parceiros do BRICS, de termos na China nossa maior parceira comercial.
      Claro que o GRIPEN E/F se entregue em quantidades suficientes seria o melhor que a FAB teria em décadas, mas além das questões financeiras temos o problema geopolitico da atual política americana. O GRIPEN tem alto conteúdo americano e claramente os EUA são inamistosos a Brasília desde tempos de Vargas.

      Com a China, não será um mar de rosa, mas Pequim é tolerante muito mais que Washington no tocante a divisão do poder.

      Temos que inverter mais recursos nas relações com a China, eles querem usar Alcântara, que o façam em troca nos forneçam para ontem4 esquadrões de J10. Abram uma linha de montagem aqui.

      É quanto ao GRIPEN, deixe chegar o que for e ele que se torne uma segunda linha.

      Sgt Moreno

      1. Poisé meu caro. Gostaria de ao menos uns 70 Gripens e uns 24 a 36 vetores complementares onde o J-10 cairia como uma luva. Agora indo pro delírio, seria top ter uns 24 Su-57🥹🥹🥹

        1. mas Tomcat , não só aeronave radares poderosa também é essencial como os chineses tem os melhores do mundo detectaram até aeronave furtivo, e com sistema antiaérea HQ 9 para completar defesas, forças ficar muito mais seguro

  1. Avião com tecnologia de 4,5G, boa capacidade de armas e alcance, variados armamentos já integrados, cadência de produção sustentável já voando mais de 300 unidades, ideal para baixos orçamentos, financiamentos facilitado e ITAR free, ou seja, ideal para o Brasil!

    1. Vejam primeiro como ocorreram os abates, nao foi necessariamente os JC10’s, eles apenas serviram de hospedeiros (vamos dizer assim), para que o sistema de satélite e contramedidas eletronicas aplicadas, fizessem o missel usado, a veloc de 5x som, se aproximar a essa veloc absurda e sem serem notados……..guando isso ocorreu, restavam apenas 9s……
      Sem esse aparato, esse aviao nao é nada…..disso que estao apregoando.

      1. Primeiro: eu não falei nada sobre os tais supostos abates. Segundo: se o que você falou é verdade, o avião tem tecnologia de engajamento vetorado por satélite, coisa que quase nenhum avião no mundo tem, nem o tal Gripen por exemplo, aliás, este em todas suas versões somadas vendeu muito menos que os J-10C entregues até hoje.

      2. Normalmente, o que uma rede integrada faz é aumentar a consciência situacional dos atuadores no espaço de batalha, maximizando os meios disponíveis que emprestam seus sensores para abastecer com informações o tomador de decisões e os meios destinados ao combate.

        E de fato, toda aeronave de caça atua no seu melhor como parte de um sistema integrado (que inclua AWACS, EW, ELINT/SIGNIT, etc, na forma de satélites, aeronaves dedicadas, plataformas em solo, entre outros). Contudo, não há aeronave ofertada no mercado hoje que não seja capaz de atuar por seus próprios meios, e o J-10 certamente não é exceção. E mesmo que a aeronave não possua um sistema integrado EW, já há no mercado uma gama de soluções na forma de dispositivos portáveis de intervenção/mascaramento eletrônico, combinados a lançadores de chaff/flare integrados a parte e que normalmente fazem o serviço, e podem ser integrados a quaisquer aeronaves pelos dias de hoje.

        Assim o é por um simples motivo: sempre existe a possibilidade da destruição dos demais componentes da rede de defesa, deixando o caça a sós no espaço de batalha, de modo que qualquer aeronave que não seja capaz de localizar e/ou debelar ameaças diversas por si só será um alvo muito fácil.

        Fora isso, é claro que uma aeronave de caça que atue sem esse tipo de cobertura estará mais vulnerável. Mas isso se aplica a qualquer aeronave, seja Rafale ou J-10…

  2. Acho q devemos aproveitar a oferta da China sobre o JC10, podemos liberar o udso de Alcântara sem entretanto perdermos a autoria sobre a mesma!

    1. Os ZUai neste momento estão passando para atividades de submissão e domínio no seu quintal. Se a nossa configuração política interna permitir um mínimo de resistência ao achaque, certamente precisaremos de forças dissuazorias… Esse caça pode ser um instrumento funcional.

  3. O Brasil deveria aceitar a oferta Chinesa ,sim pois nos livraria do domínio yankes….. Deixa eles usarem Alcântara…. nada tão ruim, está parada!!!

  4. Combate Real que Ninguém Imaginava
    infelizmente a índia não deu declarações sobre o ocorrido, más se analisar o que ocorreu foi praticamente um massacre.
    O JC 10 se quisesse teria derrubado qualquer um dos caça da índia com uma rajada de canhão.
    o sistema de guerra eletrônica deste avião é de maneira que nunca se viu em aeronaves do mesmo tipo.
    O JC 10 é comparado a Motoca da Triumph Rocket III com 2500cc, é do tipo você só ver no chão, depois acelera e a alma fica, mesmo com 6 mísseis e três tanques enormes arredondados de combustível.
    O mais curioso é que tinha três rafales voando praticamente em formação, o JC 10 Aproximou deles e dava até pra ver a cabeça dos pilotos, nenhum dos rafales e logo em seguida os migs e mais tarde o Mirage 2000, nenhum detectou o JC 10 chinês.
    Os pilotos paquistanês nem acreditaram, tiveram a impressão que o caça se transformou, se quisesse poderia ter feito mais estragos, más o recado está dado. e quem compar o caça JC 10 certamente vai adquirir algo que pode superar as nomenclaturas de classificação dos aviões de caças. A Fabricante Chinês ChengDu pode entregar o caça em tempo recorde, agora imagina as telas TFT e toda a tecnologia dentro do JC 10, gostaria muito de conhecer…

  5. Se for possivel integrar o Link-Br2, um sistema IFF compatível, e integrar a nossa rede de radares e ao E99M…não me oponho. Mas, se estamos com dificuldade de pagar o Gripen, os chineses teriam que nos dar uma moratória de 10 anos.

    Quanto a Colômbia, bom, eu acho que pra eles é pior. Simplesmente não temo peso geopolitico do Brasil, e dependem muito da tecnologia yank presente em suas forças. Eles vão de Gripen.

    1. Link-BR2 só se o Brasil fizer um contrato tão favorável que deixe a Elbit, que é israelense, mexer na eletrônica dos caças chineses. Porque o Link-BR2 é só um produto de pratileira da Elbit que aí vai ser adaptado ao pedido de cada cliente (por ser muito de software, e adaptado ao pedido entenda como – o quanto o cliente esteve disposto a pagar. mais recursos, menos recursos).
      Eu nunca vi, ia ser a primeira vez desde que a IAI (salvo engano) devolveu material chinês que iria atualizar e o dinheiro, cancelando o contrato, por questões geopolíticas. E isso tem um tempão. Se alguém souber de um caso, pode dizer, eu realmente desconheço. Talvez no sudeste asiático possa ter

  6. Nosso caça é o Gripen e a FAB têm que dar um jeito de cumprir o contrato já assinado e permitir a FAB/EMBRAER a receber a tecnologia (incluída no pacote), também deve aproveitar as condições contratadas na época , sobretudo a taxa de juros, e encaminhar o aditivo para mais 24 aeronaves e fechar a frota em 50 aeronaves. De forma complementar deveria contratar um lote de mais 24-32 caças como o M346 italiano ou o AF-50 Golden Eagle sul-coreano. E desde agora já iniciar os estudos para a produção via Embraer para uma aeronave de nova geração autônoma ou em conjunto com outros países…

    1. Não será o Gripen apenas, e a própria FAB busca outro modelo supersônico. Já foi decidido isso pelo Alto Comando e já foi comunicado a todos pelo Comandante. Não adianta ficar lutando contra fatos.

  7. Tinha oferecido ao Brasil também, assim como o JF-17, mas…..
    Agora estamos com Gripen, que se os E. U. A vetarem a utilização dos motores e outros sistemas, teremos “belos” peso de papéis nas mãos.
    Um dia ainda entenderei o pessamento do “responsáveis” pelo Brasil!

  8. Os caças chineses JC-10EC e JF-17, em voga são modernos, excelentes tecnologia embarcada, baratos em relação ao Gripen E/F, onde o motor
    General Eletric F414G, origem norte-americana, fabricado sob licenciamento pela SAAB, sob ameaça tendo sido notificada pelo Departamento de Justiça dos Estados Unidos por venda efetuada em 2014 do SAAB/Gripen ao Brasil bem demonstra a preocupação que nosso país deve ter o de procurar novos parceiros e fornecedores internacionais para nossas forças armadas, como a América do Sul. também deva tomar novos rumos com relação a rearmamento de suas FFAAs, assim abandonar os fornecedores norte-americana, o que além de ganho tecnológico e, redução de custos, por serem mais viáveis financeiramente aos países sul-americanos, se libertando das garras ianques que está a ameaçar seus antigos compradores.
    A política norte-americana adotada pelo Governo de Donald Trump, está a dar um tiro no pé, com reflexo na redução das encomendas de países ocidentais e antigos aliados, consequentemente, a redução de empregos, geração de impostos, e na balança comercial.
    Cabe lembrar, que o sucesso dos vetores chineses está associado aos mísseis de fabricação de origem chinesa, e o que motiva que as futuras compras devam ser casada: caças-mísseis.
    Assim que vejo o rumo que deva ser tomado pelos países referidos.

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