China convida investidores estrangeiros para programas espaciais

A China pretende atrair investidores privados, incluindo estrangeiros, para seu programa espacial. A ideia é complementar os recursos públicos para lançamento de satélites comerciais.

Investimentos serão bem-vindos para desenvolvimento de foguetes comerciais, pesquisa de satélites, manufatura e aplicação de tecnologias aeroespaciais para o bem comum, afirmou o vice-ministro da Agência Nacional Espacial da China, Wu Yanhua, durante entrevista concedida à imprensa em Pequim. Segundo Wu, a China quer ficar entre as três maiores potências aeroespaciais até 2030.

“Após seis décadas de desenvolvimento, o investimento do governo sozinho não é suficiente para permitir que o programa aeroespacial da China avance [na direção] do progresso tecnológico e do benefício para a economia e a sociedade”, afirmou Wu.

De acordo com ele, foram reduzidas as restrições para agentes não estatais, inclusive de capital estrangeiro, para  investirem em pesquisa, manufatura e serviços aeroespaciais no país. A China pretende comercializar seus sistemas de comunicação e transmissão por satélite, segundo estudo divulgado na última terça-feira pelo Escritório de Informação do Conselho Estatal.

O sistema de navegação por satélite Beidou-2 deve entrar em funcionamento em 2018, servindo a região conhecida como “Cinturão e Estrada”, dentro do plano do presidente Xi Jinping de melhorar a infraestrutura de conectividade em toda a Eurásia. O estudo não incluiu metas ou cronogramas para investimento privado.

O governo chinês ainda avalia a viabilidade de enviar uma missão com tripulantes à Lua, informou Wu. O programa espacial chinês havia informado a intenção de enviar o satélite Chang’e 4 à Lua em 2018, o que seria o primeiro pouso suave no lado oposto da Lua.

O plano de enviar uma missão a Marte em 2020 também seria um marco inicial para o país, segundo o estudo aeroespacial.

Ivan Plavetz
Fonte: Exame

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