Cascavel – Um novo ciclo de vida

No dia de hoje, 18 de dezembro, foi publicado no Boletim do Exército a Portaria EME/C Ex Nº 274, de 11 de dezembro de 2020, que aprova a diretriz de iniciação do projeto de modernização das Viaturas Blindadas de Reconhecimento (VBR) EE-9 Cascavel.

Esse veículo é originário de um projeto do Exército Brasileiro (EB) dos anos 60, que depois foi repassado para a extinta ENGESA, que o fabricou nos anos 70 e 80. Ele é a espinha dorsal da Cavalaria Mecanizada do EB, foi utilizado pelo Corpo de Fuzileiros Navais da Marinha do Brasil e considerado um sucesso de exportação, com vendas para 14 países, sendo repassado para vários outros, e participando de diversos conflitos.

No início dos anos 2000, o Arsenal de Guerra de São Paulo (AGSP) criou o Projeto FÊNIX, que foi um grande trabalho de recuperação e padronização logística das diversas versões operadas no EB, ocorrendo sua manutenção de 5º Escalão,  juntamente como as VBPT EE-11 Urutu, substituição de diversos componentes, o que os deixou em estado de novos. O objetivos era mantê-los operacionais por cerca mais 15/20 anos, quando deveriam ser substituídos pelos veículos da Nova Família de Blindados sobre Rodas (NFBR), que mais tarde se transformou no VBTP-MSR 6×6 Guarani.

O Programa Guarani previa o desenvolvimento de veículos especializados, dentre eles uma VBR 6×6, equipada com canhão de 90 ou 105 mm, para substituir os EE-9 Cascavel, e uma VBC 8×8, com um canhão de 105 ou 120 mm, mas infelizmente isso não se concretizou até o momento, que esta obrigando a sobrevida dos Cascavel.

A proposta de modernização atual tem como meta a modernização de até 201 veículos, dos atuais 409 em carga no EB, para ficarem em uso operacional até o ano de 2037, conforme o planejamento do Programa Estratégico do Exército (Prg EE) Obtenção da Capacidade Operacional Plena (OCOP), dentro do Subprograma Forças Blindadas (S Prg EE F Bld).

O EB possui 409 VBR EE-9 Cascavel em carga e a proposta é para modernizar até 201 (Foto: 12º Esqd CMec)

O que está sendo proposto

  • Instalação de um novo sistema de controle de tiro, com computador balístico e telêmetro laser;
  • Instalação de um sistema de giro da torre elétrico, com punho de prioridade para o comandante;
  • Inclusão de sistema de comando e controle (C2) interoperável com o sistema adotado nas versões das viaturas do Programa Guarani;
  • Modernização dos optrônicos da guarnição;
  • Revitalização da motorização e da suspensão;
  • Em princípio esse programa não deve contemplar alteração no nível de proteção balística da viatura.

Várias empresas já demonstraram interesse em participar desse programa, como a israelense Elbit Systems e a alemã Rheinmettal. Anteriormente, duas empresas brasileiras apresentaram propostas para modernização desses carros, são elas a Equitron Automação Eletrônico Mecânica Ltda, de São Carlos (SP), que desenvolveu a viatura conceito EQ-12, e a  Columbus Comercial Importadora e Exportadora Ltda, de São Paulo (SP), que já participou de diversos programas de recuperação e revitalização de viaturas da ENGESA no Brasil e exterior.

Caso esse programa avance, exemplares como esse EE-9 M7S9, pertencente ao 3º Esqd CMec, um dos ultimos entregues ao EB, em meados dos anos 80, ficarão aptos a operar até 2037 (Foto de Hélio Higuchi, em 2007)

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Respostas de 39

  1. Será que futuramente o exercito brasileiro não poderia nacionalizar o super AV 8×8 com canhão 105 ou 120 em acordo com a Iveco para substituição do cascavel.? Apesar que se a compras dos Centauro for em frente não seria mau negocio. Sobre a revitalização do cascavel acho bom visto que estamos em tempos de vacas magras.

  2. Os pontos fracos do EE-9 Cascavel após décadas do seu projeto original não serão abordados nessa revitalização : blindagem e canhão.

    A impressão que dá é que o EB nem considera a possibilidade do EE-9 Cascavel entrar em combate em teatro de operações com armas “modernas” (dos últimos 20 anos), pois se isso aconteceu a chance de sobrevivência da tripulação seria muito baixa.

  3. Pra compreender a utilidade desta modernização é preciso conhecer a missão da cavalaria e o emprego do carro. Engajamento é a ultima alternativa.
    E a compra do lote de centauros? Chafurdou a missão? Temos 165 pelotões que operam este veiculo gerando demanda de 330 carros.

    1. É justamente isso que está se propondo embora o mesmo não vai ser alterado… os sistemas e subsistema atrelado a seu controle serão modernizado

  4. Achei que o programa já contemplava a modernização da Equitron?
    Espero que ao menos desta vez a empresa nacional seja contemplada, pois além de gerar empregos nacionais dará a empresa know-how para continuar evoluindo nessa área.
    Outro ponto que seria primordial, seria um programa de modernização e evolução do sistema de armas deste veículo, pois sabe-se que o canhão de 90 mm foi nacionalizado e era fabricado localmente.
    Sendo assim, uma evolução do conceito deste canhão e quem sabe com os conhecimentos da fabricação dos morteiros de 120mm, geraria um canhão embarcado nacional de 120mm.
    A única observação quanto ao protótipo EQ12 da Equitron, é que se caso a empresa seja contemplada, devem refinar mais o projeto, minimizando os sensores externos, ou até mesmo incluindo os mesmos na carroceria do veículo.
    E quanto aos lançadores de MSS, arrumar uma melhor ergonomia e estética dos mesmos.

    1. De fato FOXTROT, o canhão do Cascavel não só foi produzido em grande parte no Brasil como até a fabricação do cano foi objeto de patente mundial por ter sido desenvolvido aqui mesmo. De uma forma geral,o cano de um canhão possui a alma em material mais ductil possibilitanto com que a guiagem do projetil seja realizada de forma mais bem adaptada, enquanto que o perímetro externo é constituido por um aço com maior resitência. No caso do Cascavel, a ELETROMETAL (cidade de Sumaré) utilizou esse processo patenteado, que constitue-se em empregar um tubo mecânico (que é o perímetroo externo) e no seu interior é realizado um depósito utilizando-se um processo baseado na soldagem por eletro-escória (pode procurar por “electroslag” também).
      Quando você instala um canhão em um blindado, um dos problemas que tem que ser enfrentado são os esforços transmitidos ao veículo devidos à reação oposta ao sentido de trajetória do projetil. Por isso a gente vê tantos canhões dotados de freio de boca (cujo objetivo é utilizar os gazes provenientes da queima do propelente com um efeito aerodinâmico que tende a “puxar” o cano no mesmo sentido do projetil); há um número de variantes relativamente grande, inclusive para fuzis. Por exemplo, algumas das torres de canhão que a propria ENGESA testou para o Osório (sim havia algumas…) as porradas recebidas pela engrenagem de giro do conjunto eram tão intensas que danificava os dentes e perdia-se precisão de posicionamento, quando não travava mesmo o movimento.

      No caso do CRR – Carro de Reconhecimento sobre Rodas, o qual, alguns, sem pedir permissão (rsrsrssr) , denominam como EE-9 Cascavel – a versão mais empregada era até chamada de “Gordo”, porque foi necessário aumentar a largura da bitola para conferir melhor estabilidade no caso de tiro com o canhão apontado ortogonalmente à linha longitudinal do veículo. Interessante notar que no caso do Urutú, voce seria (é…) obrigado a posicionar o canhão mais para o alto (até para não prejudicar a função transporte de tropa) resultando em um arranjo tão cheio de entraves e prejuísos em diversos parâmetros a ponto de que o maior calibre (pelo menos até onde eu saiba) de algumas versões com canhões instalados era inferior a 30mm (se tanto).
      Quanto aos sensores externos contemplados no EQ12 da Equitron concordo contigo que ficam muito espostos. Mas aí solucionar este “problema” resulta na necessidade de conciliar uma série de outras questões. Por exemplo, reposiciona-los no interior de um Cascavel existente – mantendo alguns dos emissores/receptores de laser do lado externos – é extremamente difícil ajustar considerando o arranjo original implicando em quase revisar todo o projeto (posição e geometria da torre e do motor, criar aberturas na blindagem). Pode reparar que nos MBT atuais estes sensores em geral são posicionados no interior das torres do canhão o que, no Cascavel, significa trocar todo o conjunto e ter que reprojetar tudo para que se tenha um arranjo funcionalmente adequado.

      1. Resumindo tudo o que escreveu caro Rommel, sempre tivemos a tecnologia e conhecimento para se fabricar um sistema de armas embarcado em viaturas e até mesmos as próprias viaturas, o que falta e vontade para isso ( nem é verbas, pois as mesmas tem e estão sendo gastas, vide exemplo Guarani e LMV).
        Outro ponto é sobre o sensores, concordo que daria muito trabalho, mas que eles precisam de um pequeno rearranjo , precisam.
        Nada muito brusco, uma cobertura ou menor dimensão aqui, um corte na blindagem e encaixe alí etc.
        Obrigado pela aula (acredito que seja ex engenheiro Engesa, devido aos dados técnicos que passou e que nunca li em lugar algum até hoje).

        1. Prezado FOXTROT: voce nem imagina quantos protótipos experimentais a ENGESA desenvolveu. Havia por exemplo um caminhão com tração em oito rodas e de uso civil. Havia também uma máquina compactadora/vibratória para preparar leitos de estradas, bem como inúmeros outros veículos fora de estrada …. Mas aí é outra história….

          Em 1975, os donos da ENGESA subsidiaram integralmente algo em torno de 200 computadores pessoais (UNITRON-Apple, acho) que o pessoal tinha que levar para CASA. A única retribuição pedida pela ENGESA consistia com que quem julgassem oportuno, trazer programas que tivessem desenvolvido. Foi uma forma espetacular de treinar um contigente enorme de profissionais, não é mesmo? E deu certo, concorda? É só ver o que os produtos dela ainda trazem como referencia até hoje… Veja o caso dos Marruá: embora já tenham sido no decorrer dos anos muito bem desenvolvidos pela excelente AGRALE, a sua origem foi baseada nos EE-16 e EE-25 criados em meados dos anos 70.

          Muitos falam que os donos pecaram em questões administrativas, mas não tenho elementos para analisar este ponto. O que eu sei é que os irmãos Whitaker Ribeiro, José Luiz e José Guilherme, foram os criadores e excepcionais engenheiros. Parabéns a eles, tão esquecidos em nossos blogs.

  5. Mais uma vez à gente está vendo o mesmo papo de sempre ou seja a “falta de verba”.
    Se vc vai investir $$$ em um equipamento ultrapassado e precisa que ele fica atualizado, tem que ser feito com o que a de melhor e com as últimas evoluções técnica, se ñ é jogar $$$$ fora.
    A não ser que o exército vai usá-los nos morros do RJ, e mesmo assim os tripulantes correm risco de vida por suas proteções pela blindagem ultrapassada.
    Está na hora dos homens que comandão as nossas F.A. acordarem e lutarem pelo interece de todos (nação) e ñ ficarem tapando o buraco c/ a peneira.

    1. João, a TORC30 é uma SARC, ou seja, uma torre sem ocupantes, e o chassi do Cascavel só permite um ocupante.
      Pergunta: onde ficariam os comandante e atirador do sistema de armas??? 😉
      Para se utilizar o canhão de 30 mm no Cascavel deverá se desenvolver uma nova torre, e o EB não quer (e não pode) gastar dinheiro com isso, sem contar que o canhão ATK BushMaster MK44 e seus optrônicos são muto caros.

      1. Entendi Bastos, mas e o guarani+torc, ele não faria a mesma função no campo de batalha que esse cascavel modernizado? Visto que a função do cascavel não é caçar tanques. E como o guarani+torc30(vbr) teria menos soldados que a vbtp poderia receber uma blindagem melhor.

      2. Mas o EB não desistiu da TORC-30mm pelo sistema Israelense (UT-30 BR)?
        Outra coisa, o canhar da Torc não é o Bushmaster e sim o Sul Africano.
        Apenas uma observação.

  6. Muito bom, eles ficarão em operação até 2037.

    Enquanto isso, o EB já deveria estar desenvolvendo um Guarani 8×8 com canhão de 120mm e metralhadora .762 secundária, para futuramente em 2035 começarem a substituir os Cascavel.

    1. E vc acha que o EB não sabe disso? Mas, se vc disser de onde sairia o dinheiro para isso, todos agradeceria muito. E não Vale dizer para tirar dinheiro do pagamento de pessoal….isso até deve ser feito, mas não terá efeitos antes de uns 20 ou 30 anos. Então, para agora, tira dinheiro de onde?

  7. Acredito que será um programa onde o EB gastará o mínimo possível, visto a idade do equipamento e a sua vida útil residual, o que faz todo sentido. Gastar mais do que isso seria queimar vela boa com defunto ruim.

  8. Prezados: não esquecer de que os projetos do Urutu e do Guarani obedeceram a quesitos similares e que os sucessores do Cascavél também requerem uma repaginação adequada.

    Para início de análise, notar que o Urutu e o Guarani além de serem anfibios são concebidos para transporte de tropas; vejam que só estes dois pontos básicos ja induzem à necessidade de prever bombas de drenagem, sistemas diferenciados de arrefecimento do motor, sistemas de propulsão na água (que são distintos se considerarmos o uso marítimo ou fluvial), sistemas de anti-incêndio, escotilhas e portas de acesso adequados, posição do motorista, paineis defletores tipo corta ondas, flutuadores adicionais (sim para algumas versões do Guarani até isso é necessário, coisa que em qualquer umas das versões operacionais do Urutu não o foi – mas ai já sou meio suspeito….), e assim por diante.

    Agora, mirando um novo veículo que seja sucessor “puro ofídico” (“puro sangue peçonhento” se preferirem…) do Cascavel, a otimização de desempenho e custo tem que partir de raciocínio distinto àquele representado por uma simples “adaptação” do Guarani.

    Já de primeira análise pode-se preconizar a utilização do mesmo sistema de suspensão e transmissão do Guarani – digamos que essa seja eventuamente a solução escolhida de modo a facilitar algo na logística. Nessa ótica, a necessária otimização da blindagem, se dá pela simples e pura eliminação dos quesitos de flutuabilidade e navegação; só de sistemas especiais de arrefecimento do motor (quando navegando o Urutu, por exemplo, possui um trocador de calor água externa/água em circuito fechado do motor) já ha um certo ganho no peso, facilidade em reposicionar o motor e outros sistemas internos, o que não apenas possibilita incrementar a massa da blindagem como também eliminar até um ponto fragil na proteção balística dos citados anfíbios; notar que, tanto no Guarani quanto no Urutu, há um recesso lateral onde aparecem os tubos de troca de calor o qual por não possuir uma superfície inclinada até constitui uma referencia para tiro do inimigo. Mas a principal consequencia de eliminar o requisito de ser anfíbio e transporte de tropa: toda a geometria externa pode e deve ser refeita, espessada etc. Isto aponta também para um dos problemas caracterísiticos dos navegantes: o centro de gravidade é diferente do centro de empuxo de flutuação o que torna mais complicado instalar um canhão de maior calibre….

    Enfim a modernização dos Cascavél é muito benvinda pois o desenvolvimento dos XAVANTE (considero o nome mais apropriado para designar a nova viatura…) ainda vai requerer, imagino, um bom tempo e discussão.

    Como disse o Paulo Bastos no texto deste artigo: “…substituir os EE-9 Cascavel … isso não se concretizou até o momento, o que esta obrigando a sobrevida dos Cascavel.”

    So mais um comentário: dentre as empresas brasileiras citadas ambas possuem engenheiros que, quando na ENGESA, projetaram o Cascavel…e de lá para cá não pararam…

  9. Dinheiro jogado fora!
    O EB deveria estudar a adoção do LMV equipado com REMAX para a função de reconhecimento. A REMAX possibilita uma plataforma de engajamento estabilizada, que pode ser empregada a noite. E se você acrescenta um ATGM a esse blindado, você tem muito mais do que o Cascavel jamais foi nessa função. E isso sendo acrescido da capacidade de cobrir o terreno e resistir a IEDs em vias contestadas, que é uma requisito de fundamental importância nos conflitos atuais.
    .
    O que vão gastar recauchutando Cascavel com meios eletrônicos que ele nunca teve, pode acabar por bater os custos de aquisição de um LMV. E o 4×4 duraria muito mais do que 15 anos…
    .
    Só como adendo, no conflito recente o Azerbaijão teve de utilizar seus SandCat e Marauder operando na frente dos T-72-90 e BMPs, para absorver as explosões de eventuais IEDs que se encontravam nos eixos de deslocamento.
    .
    A única utilidade do Cascavel nos dias de hoje, é servir como apoio de fogo para infantaria. Só isso.

  10. Paulo Bastos, você que entende da arma da cavalaria, o gasto com a sobrevida do Cascavel vale apena? Resposa que vale uma materia!

    Eu não tenho capacidade técnica para comentar se vale a pena ou não , é um veículo que está a mais de 40 anos em operação, é certo que escolheram as 201 com melhores condições para a sobrevida.

    1. Bueno, o que eu posso dizer (opinião pessoal): não é o melhor dos mundos, mas diante da atual situação, é a melhor escolha.
      Apesar da plataforma ENGESA EE-9 Cascavel vir de um projeto dos anos 60, ele se mostrou fácil e barato de se manter e, uma atualização de optrônicos, dando condições de identificação de alvo nos mesmos patamares do SARC REMAX, porem com um canhão de 90 mm, vai o manter válido em nosso Teatro de Operações.
      Vejo que muita das criticas a esse programa, que ainda esta em suas fases embrionárias, vem de pessoas que não conhecem bem nossa realidade 😉

      1. Obrigado Paulo Bastos.
        Os responsáveis pelos projetos e material do EB não são criança, procuram manter operacional dentro da nossa realidade.
        Eu apoio toda a iniciativa das Forças Armadas Brasileira, os tomadores de decisão são responsáveis tanto pela atividade fim da força quanto a integridade física da tropa.

  11. Boa tarde amigo Paulo Bastos o EB vai modernizar 201 veiculos cascavel,
    mas a frota é de 400 te pergunto o EB vai continuar operando os cascaveis
    que não serão modernizados??

    1. Souto, não sei te responder, mas o numero de 409 viaturas é o numero “em carga” no EB, e não necessariamente operacionais.

      1. Caro Paulo Bastos, não respondeu meu questionamento.
        O EB não descontinuou a TORC-30 em detrimento da UT-30?
        por fim uma retificação, a TORC-30 utiliza um canhão sul Africano (não me lembro o nome).
        Outra observação, em sua coluna sobre armas remotamente controladas, gostaria muito de ver uma reportagem sobre o projeto TORC-30 mm.
        Obrigado!

        1. Foxtrot, são dois programas que, apesar de parecidos, são diferentes 😉
          Na concepção original, a UT30BR seria a torre destinada a garantir maior apoio de fogo as tropas de Infantaria Mecanizada e seria utilizada nas VBTP-MSR 6×6 Guarani, pois manteria as capacidades de transporte da viatura e tem custo mais baixo.
          Já a TORC30, uma torre realmente sensacional e com armamento com bem maior capacidade, era a proposta para uma das versões da VBR 6×6 ou 8×8 Guarani, que deveria substituir os Cascavel, e foi essa viatura que, pelo menos até o momento, o EB decidiu que deverá ser equipada com um canhão de, no minimo, 90 mm.
          Apesar de ambas as torres utilizarem canhões de 30 mm, são para funções (e custos) diferentes.

          1. Obrigado pelas respostas Bastos, mas ainda ficaram dúvidas.
            1- Então até o momento o EB não pretende mais fabricar o Guaraní 8×8, desistiu da TORC-30 mm (já que segundo você essa torre seria destinada a esse veículo )?
            E sim, o canhão da Torc-30 mm é da Raimmetall (acho que é assim que se escreve).
            2- Quando leremos em seu bloco uma matéria exclusiva sobre a Torc-30 mm?
            3- Porquê o EB após investir uma boa grana no projeto, desistiu do mesmo?
            Não seria o caso de usar a torre nacional em alguma modernização como as do Cascavel, M-113 etc (Já que nossos veículos estão “pelados ” de armamentos)?
            4- A UT-30 é mais barata do que a Torc?

  12. Por enquanto é Estudo de Viabilidade….pode até não sair….lembrem que os ROP da nova VBR tem canhão 105mm como padrão e 90mm até a aquisição da nova VBR….se o EB verificar que a modernização é custosa demais nada será feito …ainda é cedo demais para especulações…

    1. Sim, qualquer programa no EB nesse período pode não sair, até mesmo em estágios mais avançados podem ser paralisados, suspensos ou cancelados, seja por mudanças operacionais ou restrições financeiras.
      Em um “mundo ideal”, também apresentado pelo EB, os Cascavel já estariam sendo substituídos pelas novas VBR 6×6 ou 8×8 da família Guarani, como apresento no texto, mas como isso não ocorreu, apela-se para um plano “B”, e se não der certo, busca-se um plano “C” e assim por diante.
      Porem fiquem tranquilos, quaisquer modificação que ocorra será apresentada em T&D 😉

  13. Li todos os comentários, e ainda acredito nos Centauros I que poderiam ser atualizados no Brasil nas instalações da Iveco, que ao meu ver, apesar de mais caro, acredito eu, seria um carro mais capaz, e talvez com maior tempo de utilização onde poderia servir de know how para atualizacoes do Guarani.
    Volto a dizer, seria mais caro, mas acredito ser uma solução mais equilibrada a médio e longo prazo, os FN poderiam até utilizador o mesmo modelo como caça tanques e apoio a infantaria.

  14. Não consigo entender a lógica de despejar milhões de reais na modernização do cascavel e não aplicar essa verba em DESENVOLVIMENTO de uma nova versão do Guarani 6×6 com canhão de 105mm. Onde está a lógica disso ??

  15. Essa atualização é mais uma aberração típica das nossas forças armadas, gastam milhões para modernizar sucatas, fazem previsão de centenas, quando ao final, depois de longos e tortuosos anos, só algumas dezenas serão entregues, e quando o forem, já terão outro equipamento mais moderno sendo adquirido que poderia ter sido comprado desde o início, economizando essas atualizações meia-boca de sucatas. Sinceramente, deve rolar muitos intere$$e$ nessas atualizações meia-boca, não é possível, gastem logo comprando equipamento que já vem modernos de fábrica, se não tiver dinheiro, usem o FMS, tem tanta coisa boa nos EUA à venda, mas não, preferem perder tempo (muito) e os parcos recursos do orçamento atualizando equipamentos obsoletos, 100% ultrapassados, que pelo que sei nem tem canhão estabilizado, meu Deus, é jogar dinheiro fora!

  16. Oi Paulo Perdoe minha ignorância mas qual é o uso do cascavel no campo de batalha
    atual com um canhão de 90mm?

    Por último, moro na Inglaterra e acho que não dá para comprar as coisas da loja aí e ajudar a página. Há alguma outra maneira de ajudar a página?
    Um abraço.

    1. Olá Paulo, a função do Cascavel no Campo de Batalha é de veículo de reconhecimento e apoio de fogo para as tropas mecanizada e seu canhão de 90 mm é muito válido para isso.
      Sobre ajudar a página, basta acompanhar e divulgar nosso trabalho, isso já é de grande ajuda 😉
      Abraços.

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