Brasil treina militares do SGDC na Europa

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Militares que compõem o Núcleo do Centro de Operações Espaciais Principal (NUCOPE-P), sediado em Brasília (DF), conheceram centros de monitoramento de satélites europeus. Os onze militares das Forças Armadas estiveram na França e na Itália entre os dias 30 de junho e 03 de julho para um intercâmbio de informações técnicas. O objetivo é estudar a experiência de outros países para estabelecer o modelo brasileiro de controle do Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações Estratégicas (SGDC) a ser lançado em 2016.

“Estamos conhecendo as estações de monitoramento com realidades próximas das nossas necessidades”, explicou o comandante do NUCOPE-P, coronel Hélcio Vieira Junior. O SGDC atenderá ao Plano Nacional de Banda Larga, gerenciado pela Telebras, e a comunicações estratégicas do Ministério da Defesa.

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Na França, o grupo esteve no Comando Conjunto Espacial Francês, que gerencia os sistemas espaciais franceses, dentre os quais satélites óticos, um dos equipamentos previstos no Programa Estratégico de Sistemas Espaciais (PESE), coordenado pelo Comando da Aeronáutica. O grupo também conheceu o Centro Militar de Observação Espacial, responsável pelos satélites de observação da terra, e o Conselho Internacional de Defesa, organização responsável por treinamentos para o Ministério de Defesa Francês. Na Itália, o roteiro incluiu centros espaciais e o órgão responsável pelos projetos na área.

O Centro Espacial de Fucino (Centro Spaziale “Piero Fanti” del Fucino) é o maior centro de operações espaciais multimissão do mundo, e de lá se controla a constelação Galileu (sistema europeu similar ao GPS americano de órbita média), o TLC/TV (satélites geoestacionários para difusão de comunicações estratégicas na Itália a cabo/satélite) e satélites científicos de órbita baixa. O grupo também esteve no Centro Espacial da Agência Espacial Italiana Giuseppe Colombo, responsável pela operação dos satélites de comunicação estratégicas do Sistema Italiano de Comunicações Reservadas e Alarme.

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De acordo com o comandante do NUCOPE-P, este é o centro que mais se aproxima da operação inicial do monitoramento do SGDC. “Observamos a quantidade de pessoal militar utilizado em cada função. Lá também foi possível ver como eles fazem o Conhecimento da Situação no Espaço (SSA – Space Situation Awareness) utilizando as informações fornecidas pela Força Aérea Norte-Americana e por um telescópio de propriedade deles”, detalhou.

Os militares brasileiros ainda conheceram a “Projetos Especiais Italianos”, organização de estudos estratégicos e projetos espaciais que presta serviços ao Ministério de Defesa Italiano. “Fomos apresentados a várias possibilidades de parcerias na área espacial”, finaliza. Além dos centros europeus, o grupo já conheceu os métodos de trabalho de centros de monitoramento nos Estados Unidos, no Canadá e no Chile.

Com informações da Agência Força Aérea e imagens por Roberto Caiafa.

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