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Brasil e Finlândia assinaram, na última semana, um Memorando de Entendimento nas áreas de pesquisa, apoio logístico e aquisição de produtos e serviços de defesa. O documento foi assinado durante encontro do ministro da Defesa, Aldo Rebelo com o vice-ministro da Finlândia, Arto Räty, acompanhados de suas delegações.
O ministro brasileiro ressaltou que as empresas finlandesas que atuam no Brasil geram tributos e mais de 60 mil empregos. “São empresas de referência e queremos que essa experiência seja ampliada na área de defesa”, disse o ministro.
Aldo Rebelo lembrou ainda que os países têm preocupações semelhantes por serem pacíficos, sem interesses hegemônicos no mundo, mas com interesse em um sistema de defesa capaz de proteger a soberania e os povos. “Não existe Política de Defesa sem indústria de defesa, sem pesquisa e sem tecnologia. Nós temos como encontrar uma forma de cooperação com desafios em comum. Podemos fazer parte disso conjuntamente”.
O vice-ministro da Finlândia disse que a diferença marcante entre os dois países é a extensão territorial, entretanto, são países com grandes sinergias. “A distância não importa mais. O que acontece na Ásia, na África, afeta todos nós”, comentou.
Memorando de Entendimento
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O chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas (EMCFA), general-de-exército José Carlos De Nardi, conduziu parte da reunião bilateral para a assinatura do Memorando de Entendimento entre os dois países. “O memorando é o primeiro passo para chegarmos a um acordo bilateral para entrada de produtos no Brasil e na Finlândia e que poderá ser complementado”, assegurou De Nardi.
O documento prevê que os participantes poderão promover a cooperação em assuntos relativos ao desenvolvimento de capacidades de defesa, com ênfase na área de pesquisa e desenvolvimento, de apoio logístico e de aquisição de produtos e serviços de defesa; compartilhar conhecimentos e habilidades nas áreas de ciência e tecnologia; colaborar em sistemas e equipamentos no campo da defesa; e cooperar em outras áreas no domínio do desenvolvimento de capacidades de defesa que possam ser de interesse para os países.
Com o memorando, Brasil e Finlândia também poderão explorar outras áreas, como educação e treinamento militar, e experiências adquiridas em operações das Forças Armadas, incluindo exercícios internacionais e operações de paz.
Ivan Plavetz