Nesta semana o Brasil fortaleceu as relações de Defesa com as Forças Armadas do Chile. Depois de uma série de reuniões entre militares dos dois países, além de um encontro entre o ministro da Defesa, Raul Jungmann, e o chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas do Chile, general Arturo Merino Nunes, na abertura da 4ª Mostra da Base Industrial de Defesa (BID-Brasil). Na oportunidade, o general Merino conheceu os mais diversos produtos da indústria brasileira dedicada ao setor.
Coube ao chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas (EMCFA), almirante-de-esquadra Ademir Sobrinho, a interlocução com os militares do Chile. Na sede do Ministério da Defesa aconteceu XI Reunião entre os Estados-Maiores Conjuntos dos dois países, que teve como objetivo manter o diálogo regular sobre questões bilaterais e multilaterais de interesse mútuo no âmbito da defesa.
O general Merino considerou a oportunidade ideal para confirmar a relação de cooperação com as Forças Armadas brasileiras, tendo os dois países participado de uma primeira reunião em outubro de 2002 em Santiago (Chile). “Procuramos encontrar a melhor forma de cooperação, na confiança e na concepção, em matéria de segurança, que sejam subsequentes para ambas as nações”, afirmou o oficial.
Durante discurso, o chefe do EMCFA ressaltou a importância do fórum de discussão para que os projetos de interesse mútuo contribuam para o fortalecimento da capacidade operacional das Forças. Segundo ele, alinhado à Política de Defesa Nacional, à Estratégia Nacional de Defesa e ao Livro Branco de Defesa Nacional, o Brasil atua sob uma nova concepção de defesa, assentada na interoperabilidade, no planejamento interagências, na cooperação e na preparação por capacidades.
Nove entendimentos entre os Estados-Maiores Conjuntos do Brasil e do Chile foram acordados durante a reunião, cujos temas foram: período de realização das reuniões bilaterais; troca de experiências sobre planejamento estratégico militar; participação das forças chilenas em cursos de catalogação; discussão sobre aspectos doutrinários; intercâmbio de experiências em temas Antárticos e em temas de catástrofes naturais; intercâmbio em matéria de Defesa Cibernética; e participação do Brasil, como observador, no Exercício Conjunto Combinado de Operações Especiais “Estrela Austral”, no Chile, em 2018.
As reuniões bilaterais entre Brasil passarão a acontecer de dois em dois anos, e caberá ao Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas do Chile a organização do próximo evento. “No âmbito da defesa, as ações militares em prol das relações exteriores visam promover o intercâmbio e entendimentos entre os países”, comentou o almirante Ademir.
Ivan Plavetz