Por Adriano Santiago Garcia (*)
A ofensiva lançada por Moscou nos últimos dias contra o Governo de Kiev testou diversas previsões de “Aspirantes à Futurologia” acerca do planejamento operacional, intensidade e equipamentos que seriam utilizados.
No tocante ao aspecto da manobra e mais especificamente das tropas blindadas, ponta de lança nas operações regulares russas, esperou-se pela nova “Blitzkrieg” que em poucas horas iria irromper as estepes ucranianas com as vastas formações de Tanks e Veículos de Combate de Infantaria, sigla russa BMP.
Após pouco menos de uma semana de operações vídeos de veículos, das mais variadas serventias, estão sendo abandonados após atolarem ou problemas mecânicos, possivelmente.
Outras imagens trazem carcaças flamejantes prezas de emboscadas de armas anticarro.
Quais as lições aprendidas, ou não, pelo Exército do Kremlin nas Campanhas da Chechênia, Ossétia que agora estão sendo reparadas ou repetidas.
Seguir-se-á uma breve analise do material disponível sobre de onde estariam as formações blindadas e qual a explicação para o quadro existente.
Introdução
O ano de 2022 teve seu inicio marcado por uma nova manobra de Moscou sob o pretexto da salvaguarda da ameaça do ocidente. A concentração de tropas nas proximidades da fronteira e o reconhecimento da independência dos territórios contestados de Donetsk e Luhansk foram seguidos de um ataque de várias frentes ao território ucraniano em 24 de fevereiro de 2022.
O próximo passo predicado seria o “rolo compressor blindado” russo devastando tudo em seu caminho com os Batalhões de Tank, modelos T -72 B, T-72 B3, T-80 e T -90, atacando os objetivos profundos, sob a proteção dos Infantes nos BMP e dos Batalhões Anticarro. Os citados elementos de manobra sob a proteção da defesa aérea e dos fogos indiretos da artilharia em levas quase infinitas de material e pessoal são a receita da vitória da Ordem de Batalha Russa.
As campanhas previamente lutadas na Chechênia, Ossétia, na própria Ucrânia além dos apoios prestados a governos na África e Síria consistiram em laboratórios que o ocidente pode avaliar os acertos e, principalmente, erros que, em principio, não se repetiriam.
Então como as defesas de Kiev ainda resistem a um inimigo superior em números e com maior bagagem de experiências de combate recente e onde estão as largas formações blindadas que a Rússia tem a sua disposição?
Desenvolvimento
Grosny, Chechênia
Em dezembro de 1994 o Exército Russo entrou nas ruas de Grozny engajando-se no combate urbano mais sangrento desde a ocupação de Berlim em 1945. A batalha se arrastou até fevereiro de 1995 sendo feita uma nova investida russa em dezembro de 1999 que seguiu até fevereiro de 2000.
Para fins de delimitação serão analisados aspectos inerentes apenas à primeira invasão a Chechênia em 1994/1995.
Na primeira investida os russos subestimaram o valor e a moral dos defensores chechenos apostando no efeito de dissuasão de suas forças blindadas, ocupando as ruas como uma demonstração de Força seria por suficientes para a capitulação da resistência.
Os chechenos estavam em 1994 muito motivados e organizados em pequenas unidades que conheciam e dominavam o terreno e se julgavam capazes de fazer frente ao invasor russo mesmo contanto com menos de 100 veículos blindados entre Tanks e BMP.
As Forças Russas, apesar de muito mais numerosas, enfrentavam sérios problemas no tocante a pessoal, instrução e logística. Tendo quase um terço de conscritos a moral dos militares estava em baixa dado o fim da União Soviética e os problemas socioeconômicos que o país enfrentava. Não houve instrução ou preparação para combates em áreas urbanas e a já citada problemática econômica privava as tropas de dotação completa de rações, munição e combustível.
Em 11 de dezembro o Comando Combinado Russo lançou uma força composta por três Corpos de Exército, num total de 40.000 militares, 238 Tanks, 353 BMP e 388 peças de artilharia de tubo ou foguetes sendo este o maior contingente já reunido desde as Operações no Afeganistão. O planejamento era um isolamento inicial de Grozny seguida de um ataque convergente de múltiplas direções sendo o objetivo final o centro da cidade.
Os chechenos evitaram entrar em combate decisivo franqueando a entrada na capital para posteriormente agir em ações de emboscada. Tais ações eram realizadas por grupos de sete ou oito militares que atacavam as viaturas blindadas com canhões sem recuo RPG a curta distância e depois atacavam a tripulação ainda atordoada a tiros de AK-47.
Atirar e sumir foram uma das táticas mais empregadas pelos defensores de Grozny utilizando-se de prédios para acertar a tampa do motor dos Tanks que poderia paralisar o veículo ou ainda, acionar por simpatia, a munição ejetando a torre dos chassis.
Constatou-se ainda que os Tanks russos não possuíam elevação do canhão suficiente para acertar alvos próximos em prédios, similar ao ocorrido nos combates do Yon Kipur em 1973, forçando a guarnição se expor para utilizar armas de defesa própria sendo muitas vezes alvejados nessa tática.
O treinamento de integração entre os Tanks e a Infantaria foi também extremamente deficiente podendo assim os defensores os dividir e lançar ataques isoladamente sendo este um dos fatores, que custou a destruição de 62 veículos blindados.
Ossétia do Sul e Abkhazia
Sob o pretexto do expansionismo da OTAN em sua área de influencia a Rússia novamente lançou mão de violar a soberania de um país sendo a vítima a da vez a Geórgia, mais especificamente a região daAbkhaziaOssétia do Sul, em agosto de 2008. A estratégia de Moscou foi à mesma do recente conflito da Ucrânia em que reconheceu a independência das duas regiões “ameaçadas” pelo governo de Tbilisi deslocando assim tropas para proteger os novos e “livres” governos.
Desta vez a iniciativa foi dos russos que deslocaram suas tropas para as localidades de Tskhinval e Goriem apoio aos separatistas prós Moscou fazendo com que as tropas da Geórgia adentrassem em emboscadas urbanas.
Um dos pontos a se ressaltar foi à eficácia dos módulos de blindagem reativa contra os RPG sendo esta uma das razões de tal implemento ser tão comum em veículos da era soviética.
Os mesmos veículos, em especial os Tanks e BMPs estavam presentes em ambas as Forças beligerantes tendo a Geórgia registrada cerca de 60 a 70% de baixas por problemas mecânicos evidenciando a baixa qualidade de produção desses equipamentos.
Em pouco mais de cinco dias as “regiões autônomas” apoiadas pelos russos expulsaram as Forças da Geórgia que a despeito do território hoje são parceiros da OTAN e buscam se tornar dentro de muito breve membro da Aliança.
Conclusões da invasão na Ucrânia
Após menos de uma semana de conflitos pouco se observou nas imagens que chegam de formações de Tanks T-72 (B ou B3), T – 80 ou T – 90 se deslocando pela pradaria Ucraniana ou engajando a Força Defensora em combates de campo aberto.
Observa-se Tanks e BMP abandonados por suas guarnições, por problemas possivelmente logísticos (suprimento ou manutenção) outros atolados com o assoalho encontrado na terra fofa que as lagartas escavaram e umas poucas carcaças possivelmente vítimas de armamento anticarro (Javelin, NLAW ou RPG).
Não se observou também o emprego da “joia da coroa” o prometido T – 14 Armata e sua família de blindados irmãos apresentados como prontos na Parada Militar do Dia da Vitória de 2015.
As impressões mostram que os problemas logísticos, de falta de combustível e manutenção observados em 1994 em Grozny ainda persistem com baixa confiabilidade dos equipamentos por parte das Guarnições que optam por abandona-lo.
Ambas as forças detém material similar diferindo apenas nos números e reservas disponíveis fator que pende a balança brutalmente para o lado dos russos.
Então qual seria o motivo da hesitação de Moscou de inicio de uma campanha de bombardeios e corte total das comunicações antes do lance da pesada mão de aço blindada?
A doutrina militar russa não tem por característica a utilização de tropas de reconhecimento antes de uso de força de Tanks. O combinado de Infantaria mais Tanks irrompe em direção a objetivos profundos para, ligar-se com unidades Aeromóveis ou Aerotransportadas, sendo reforçadas no percurso por unidades anticarro e de defesa aérea além de artilharia de tubo e foguetes, ou seja, uma ação bastante agressiva em termos de material e pessoal.
É inegável o denodo e espírito de combate dos ucranianos, contudo sem apoio de material militar e pessoal tal conflito pode escalar para ações de guerrilha similar a Grozny ou em uma retirada ou ação retardadora aos moldes da Ossétia.
Blindados russos destruídos na Ucrânia (fonte: internet)
REFERÊNCIAS
EUA. TRADOC. Threat Tactics Report: Russia. Fort Eustis, VA, 2015
EUA.MWI. Analyzing the Russian Way of War (Evidence from the 2008 Conflict with Georgia). West Point, NY, 2018.
BARTLES, Charles K; GRAU, Lester K.The Russian way of War. Foreign Military Studies Office, Ft Leavenworth, Ks, 2017.
JENKINSON, Brett C. Tactical Observations from the Grozny Combat Experience. Ft Leavenworth, Ks, 2002.
(*) Adriano Santiago Garcia é Capitão de Cavalaria, formado na AMAN turma de 2009, especialista com 10 anos de trabalho com os CC Leopard 1A1 e 1A5.
Fez curso de instrução do Leopard 1A5BR e Master Gunner sendo posteriormente instrutor desses cursos.
Respostas de 10
A Rússia está quardando o melhor para a Otan.
A considerar o pau que a Rússia vem tomando em guerras recentes a única coisa de melhor que os russos devem tem em seu arsenal são armas nucleares apenas e mais nada,até porque numa guerra direta entre Rússia contra a Otan não seriam meros tanques que iriam decidir o rumo da guerra
Poxa … Nem uma semana de conflito já estão fazendo análise e cavando uma imcopetencia da cavalaria Rússa.
Qual a quantidade é quais unidades entraram na Ucrânia nos 3 primeiros dias?
Qual estratégia usada pelo atacante e defensores?
No 5° a 6° dia mudaram a tática?
Aumentaram a quantidade é os meios usados ?
sou leigo ,mas não tá precipitado está avaliação?
Um Panorama OSINT, para tentar entender a situação:
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O consenso inicial é de que Rússia não iniciou essa invasão, com uma guerra de grande proporção em mente. Tanto é que ainda insistem em chamar essa agressão de “operação militar especial”. Existem relatos de soldados capturados, que não sabiam que iriam participar de uma guerra, o que leva a crer que não houve preparo prévio da tropa de baixo escalão. Uma tropa que não foi bem instruída em suas tarefas, funções e objetivos, está destinada ao fracasso.
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O que se cogita, é que o Kremlin fez uma leitura errônea da situação militar, política e do sentimento com relação a Rússia na Ucrânia. Podem ter tido o entendimento de que a Ucrânia de 2022 teria o mesmo desempenho medíocre de 2014, sendo que os russos adentrariam o território com velocidade e facilidade, advindo do temor da escalada do conflito e da destruição, devido a força massiva estacionada em seu entorno aliado a rendição de militares ucranianos, fuga do presidente e membros do governo. O que daria consequentemente a vitória aos russos e o peso para que as negociações ocorressem nos termos da Rússia, nunca aconteceu. Se foi isso, é um erro grotesco e demostra desconexão com a realidade.
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O desempenho dos ucranianos surpreendeu e elevou o moral, para uma luta em defesa de sua pátria. O desempenho dos russos, também surpreendeu. Só que de forma muito negativa, pois não estavam preparados para uma guerra… O planejamento, é horroroso.
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É de conhecimento que os ucranianos adquiriram muita experiência em combate, rotacionando seu pessoal na região do Donbass desde 2014. Desta forma, é possível que a Ucrânia tenha mais pessoal com alguma experiência em combate real, do que a Rússia. Isso tem peso importante nesse conflito.
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Sobre o desempenho do exército russo nos primeiros dias, é preciso ter cuidado nas conclusões iniciais.
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É preciso considerar que, o exército russo não foi inicialmente organizado para lutar conforme sua doutrina prega, fazendo uso das organizações chamadas “Battalion Tactical Groups” (BTG). Eles jogaram no lixo o seu princípio de armas combinadas e o emprego massivo de fogos, fracionando suas forças em unidades menores com características de tropa de reconhecimento e tocaram adiante um “Thunder Run” sem apoio. Eles não lutaram como lutariam contra a OTAN e isso é um ponto chave importantíssimo.
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Outro ponto é que a doutrina russa nesse tipo de operação relâmpago, prega o desenvolvimento no terreno em três escalões. O primeiro escalão penetra o máximo possível no terreno inimigo. O segundo e terceiro vem em seguida, sedimentando a conquista do terreno e guarnecendo os flancos, estabelecendo como consequência a linha logística de suprimentos. Em boa parte do avanço inicial russo, só existiu a progressão de um primeiro escalão. Depois deste avanço, as forças ficaram sem assistência logística básica. Resultado: faltou combustível, comida, suporte aos problemas mecânicos, etc.
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Os russos erraram e erram muito no básico. E o planejamento foi lastimável.
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Aí entra a questão logística de fato: é entendido que a logística de guerra da Rússia é extremamente dependente de seus trens. O avanço visto no sul, conta com o suprimentos vindos da Criméia.
No entanto, a maior parte dos problemas logísticos que afetam o desempenho de suas forças, ocorre nas outras partes da Ucrânia, longe de linhas de trens, onde comboios logísticos de caminhões tem de adentrar em profundidade no terreno ucraniano. Como os ganhos de terreno não foram sedimentados e se limitam em grande parte as estradas, estas linhas logísticas ficam suscetíveis as ações ucranianas.
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A linha de suprimento básico dos russos por meio de caminhões, é sofrível. E Talvez isso explique a falta de emprego massivo de fogos e o emprego de seus BTGs, como manda a doutrina. Para sustentar o fluxo logístico das unidades de artilharia (eles tem muita boca de fogo para sustentar), os russos teriam de desempenhar um fluxo logístico colossal e eles não estavam e ainda não parecem estar preparados para isso. Não era uma guerra, era uma “operação militar especial”… É preciso se adaptar para lutar uma guerra.
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Como citei inicialmente, a tropa de baixo escalão provavelmente não sabia que ia para uma guerra. Pensavam ser um treinamento e demonstração de força. E isso pode explicar também o grande fluxo de vídeos visto das concentrações de blindados no entorno da Ucrânia, antes da invasão. Não existiu OpSec. Para que impedir filmagens, se é só um treinamento/demonstração de força? Enfim, os blindados foram deslocados para o entorno da Ucrânia, dentro das condições em que se encontravam em suas unidades. E isso é revelador: tem muita coisa mal mantida dentro daquele exército! Logística porca…
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Novamente: os russos erram muito no básico.
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Pontos de atenção:
Os russos tem muitos meios Sobre Lagarta e eles estão rodando boa parte do tempo no pavimento, visando a velocidade de progressão nos eixos de rodagem. Além dos problemas mecânicos que já são observados em grande quantidade e do emprego de meios que estavam mal mantidos, como será o suporte logístico dos componentes que serão desgastados no decorrer das operações e qual será o impacto disso no conflito, onde a logística já está comprometida desde o começo? Quanto dura uma “lagarta” de T-72, rodando no asfalto?
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Existe muita informação de unidades russas progredindo no terreno com blindados leves, de blindagem semelhante aos nossos meios de reconhecimento. Esses blindados muitas das vezes, são neutralizados pela infantaria leve e suas armas. Até onde uma força de reconhecimento destas poderá ser considerada atual?
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Qual seria o impacto dos blindados equipados com sistemas de proteção ativa, como o Trophy ou Iron Fist, naqueles cenários de embate?
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Pontos extras, além dos blindados:
Existem relatos de que os russos estão operando em larga escala com rádios sem criptografia alguma e telefones.
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Supõe-se que não estão empregando seus meios EW, para não afetar suas próprias forças.
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A tropa regular não dispõe de meios materiais em quantidade e qualidade para realizar o combate noturno, como NGV.
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Uma explicação para a falta de apoio da aviação de combate, pode ser dada baixíssima quantidade de PODs de designação de alvos e a incapacidade da Força Aérea operar com tempo fechado.
Muito boa a matéria! eu acredito que a Rússia ainda ira conquistar a Ucrânia, digo isso porque se o Putin simplesmente sair daquelas terras com a impressão de “derrotado”, não será exagero que isso poderá significar o fim do atual regime da federação russa.
Mas tendo em vista a grande quantidade de armamento antitanque, que estão sendo fornecidos aos ucranianos, mas as técnicas de guerrilha que (pelas imagens que nós ocidentais estamos vendo) irão fazer com que a conquista da Ucrânia, pelo novo “czar”, seja extremamente custosa e desgastante.
Se a coisa ficou feia para a Rússia, imagina o Brasil com seus Leo 1a1 ,M 60 ,Leo1a5 e etc.
Os Russos desprezaram o “Deus” chamado logística de combate. Estão pagando caro por isto.
Simples assim !!! É o que sempre comento quando falam de invasão do Brasil, briga com vizinhos e bla bla bla. O negócio é a logística ,se tem tem e se não tem aí é só ladeira abaixo e baixas humanas e de material.
Pois é, Juarez. E o custo ($$$) dessa logística toda, mesmo que mal feita, vai ser bem alto. Muito alto!!
Qualquer veredicto agora é precipitado. Os otimistas podem argumentar que destruir boa parte da infraestrutura, ter significativo controle aéreo do país, já estar controlando quase todo o litoral, com um avanço significativo pelo SUL em direção as províncias rebeldes do DONBASS, estar sitiando as duas principais cidades e o controle de boa parte da rede viária da Ucrânia é um resultado e tanto para sete dias de combate em um pais um pouco maior do que o estado de MG, e que no inicio da guerra contava com uma força aérea com cerca de 150 caças e um exercito com quase 2000 tanks, diversos sistemas de artilharia AAer modernos e com a tradição defensiva adquirida pela sua doutrina militar RUSSA, sim a Ucrânia tem sua doutrina militar historicamente vinculada a Rússia, o seu exército é derivado do Exército Vermelho tanto quanto o atual exército da federação russa…. Por outro lado é inegável que se percebe certa excitação por parte do exército Russo… o emprego de material leve, veículos sobre rodas, paraquedistas e tropas aeromóveis não corresponde ao que se costuma ver nas campanhas militares dos russos. Desconfio que havia de início uma orientação para dosagem de força pelos militares russos, tendo em vista não gerar imagens de destruição das cidades, populações dizimadas, etc… a fim de provar que a Rússia poderia realizar operações complexas com perdas mínimas, por isso se viu tanta infantaria no terreno, sem a devida cobertura de artilharia e aviação, apenas misseis tácticos de precisão alcançando alvos selecionados… Não contava com a disposição quase irresponsável de resistência dos ucranianos e suas milícias paramilitares e da guerra de informação que se estabeleceria no ocidente de forma a neutralizar qualquer tentativa russa de vender a sua versão da guerra. Acredito que de agora em frente haverá correções e os russos passem a lutar como russos na busca de uma vitória e um fim rápido para esse conflito. Aposto que já na pascoa será um tempo de paz na ucrânia e na Rússia. Para tanto basta a Ucrânia não cair no canto da sereia da OTAN e a Rússia ter flexibilidade nas suas exigências se inspirando na sua própria história para perceber que maior parte das vezes a vitória não se conquista numa única batalha sobre mas ao longo do tempo….