Entre os dias 2 e 27 de julho, o Centro de Lançamento da Barreira do Inferno (CLBI), localizado em Parnamirim, região metropolitana de Natal (RN), realiza capacitação de militares que atuam na manutenção e operação do DIANA, alvo aéreo caracterizado por uma Aeronave Remotamente Pilotada (ARP) de alta velocidade, utilizado no treinamento de armamento de emprego militar.
Nesta etapa, os operadores são treinados a realizar a preparação para uso do alvo, o planejamento do voo e da missão, a operação, o recondicionamento e a manutenção do segmento aéreo de forma autônoma.
A formação consiste em fases teórica-prática e prática com operação assistida.
O know-how do CLBI, somado à disponibilidade de meios e recursos humanos voltados a ensaios e a estrutura operacional para lançamento e recuperação de sistemas aeroespaciais, credenciaram a organização como cenário operacional próprio para realização das atividades previstas em diretriz e Plano do Comando da Aeronáutica.
A coordenação operacional do CLBI com a Marinha do Brasil e com o Terceiro Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle do Tráfego Aéreo garantem a delimitação de um polígono de segurança sobre o mar e a interdição do espaço aéreo.
A coordenação logística com a Ala 10 e com o Grupamento de Apoio de Natal (GAP-NT) também é essencial para a execução da atividade operacional.
sa etapa operacional envolve militares do Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE), da Ala 4 com o Primeiro Esquadrão do Décimo Grupo de Aviação (1º/12° GAV) e do Parque de Material Bélico de Aeronáutica do Rio de Janeiro (PAMB-RJ), além de representantes do Instituto Nacional de Técnica Aeroespacial (INTA), órgão da Espanha responsável pelo desenvolvimento do alvo.
O Diretor do CLBI, Tenente-Coronel Engenheiro Fabio Andrade de Almeida, destaca a relevância para o Centro em sediar operacionalmente uma missão voltada à atividade de emprego da força. “Num cenário de crescente utilização de sistemas autônomos para emprego em missões espaciais e de voo atmosférico, o CLBI, mais uma vez, colabora como campo de testes, provendo, em área segura, serviços de preparação, lançamento e rastreio”, aponta.
DIANA – É a designação atribuída pela Força Aérea Brasileira ao sistema de alvo aéreo e voo autônomo, que é uma Aeronave Remotamente Pilotada (ARP), de alta velocidade, com navegação realizada por meio do Sistema de Posicionamento Global (GPS), utilizado no treinamento de armamento de alta sofisticação de emprego militar.
É composto por dois segmentos principais: um aéreo e outro terrestre.
Fazem parte do segmento aéreo: a aeronave, seus subsistemas embarcados e as cargas necessárias, de acordo com o tipo de missão desejada.
O segmento terrestre, por sua vez, é composto por estação de controle em solo, sistema por lançamento de catapulta pneumática e equipamentos de apoio.
Fotos: Soldado Artur / Roberto Caiafa