As novas lanchas táticas da DGS Defense

Aproveitando toda sua experiência adquirida com as lanchas RAPTOR e STARK, a empresa brasileira DGS Defense está lançando duas novas embarcações táticas destinadas a atender as demandas das forças militares e de segurança do Brasil e exterior: a DGS 888 EPF (Embarcação de Patrulha Fluvial) e a DGS 11 EPI (Embarcação de Patrulha e Interceptação). Os projetos já estão prontos e a empresa agora deve partir para a sua construção.

Patrulhamento e combate

A DGS 888 EPF foi concebida para atender os restritos requisitos operacionais e logísticos para emprego em ambiente fluvial, no cumprimento de missões com a finalidade de reconhecer, conquistar ou manter o controle sobre uma área ribeirinha. Já a DGS 11 EPI destina-se ao atendimento das necessidades operacionais e logísticas visando o cumprimento de missões de patrulha e interceptação.

Segundo Fuad Gatti Kouri, Diretor Executivo da DGS Defense, o Brasil possui dimensões continentais, com milhares de quilômetros de rios navegáveis, muitos desses constituindo os limites fronteiriços de nosso território, tornando inquestionável a necessidade de nossas Forças Armadas e Órgãos de Segurança disporem de embarcações especialmente desenhadas para o ambiente ribeirinho. É com foco nesse tema que a DGS está lançando em seu portfólio a Embarcação de Patrulha Fluvial DGS 888 EPF.

Com relação a Embarcação de Patrulha e Interceptação, o Diretor da DGS declarou que vem observando uma crescente procura por parte das forças armadas e órgãos de segurança de embarcações especialmente desenvolvidas para ações de patrulha e interceptação, tanto em ambiente marítimo quanto ribeirinho. A fim de oferecer um produto que atenda tais demandas, considerando o que há de mais moderno em tecnologia de casco, propulsão, elétrica e eletrônica, desenvolveu-se a DGS 11 EPI.

Ambos os novos modelos herdam importantes lições aprendidas pela empresa ao longo de quase 14 anos de dedicação no projeto e construção de embarcações especiais para os setores de Defesa e de Segurança, sobretudo a recente experiência no projeto da família de embarcações RAPTOR.

Características

Embarcação de Patrulha Fluvial – DGS 888 EPF (Imagem: DGS)

Alguns fatores que serviram de orientação para a concepção desses modelos: simplicidade de operação; alto nível de desempenho e manobrabilidade; casco com elevada resistência a impactos e abrasão; ser projetada para receber um sistema de proteção balística; ser projetada para receber suportes para armamento, provendo grande volume de fogo; longo ciclo de vida; e baixo custo de manutenção.

Sendo Embarcações Tubulares Rígidas Híbridas (ETRH®), tecnologia exclusiva da empresa, as embarcações possuem as seguintes características básicas:

  • DGS 888 EPF – comprimento total de 9,2 m, boca de 2,85 m, capacidade de carga de 1.500 kg e tripulação de 06 militares;
  • DGS 11 EPI – comprimento total de 11 m, boca de 3,30 m, capacidade de carga de 3.000 kg e tripulação de 12 militares.

De forma a atender uma ampla gama de diferentes requisitos operacionais, respeitando a especificidade de cada operador, as DGS 888 EPF e DGS 11 EPI podem ser fornecidas segundo três opções de motorização:

  • DGS 888 EPF – dois motores de popa; dois motores de centro e duas rabetas; ou um motor de centro e hidrojatos;
  • DGS 11 EPI – três motores de popa; dois motores de centro e duas rabetas; ou dois motores de centro e dois hidrojatos.

Ambas possuem blindagem nível III (de acordo com as normas técnicas ABNT NBR 15000-1 e NIJ Standards 0108.01), provendo proteção balística para o piloto, copiloto e demais militares embarcados contra disparo de armas com munição até o calibre 7,52×51 mm FMJ. As embarcações podem ser armadas com uma, duas, três ou quatro estações de tiro distribuídas entre proa e popa. Todas as estações de tiro são dotadas de escudo com proteção balística com o mesmo nível de proteção.

O sistema de blindagem das embarcações também consideram uma proteção nível III para os motores, em soluções específicas e adequadas para cada opção de motorização.

Ainda em respeito às diferenças no perfil operacional de cada Força, as embarcações podem ser fornecidas em suas versões básicas, dotadas apenas de itens de iluminação, comunicação, sinalização visual e sonora, marinharia e salvatagem, ou em versões avançadas dotadas de radar, holofote de busca, câmera termal e drone orgânico.

As DGS 888 EPF e DGS 11 EPI são lanchas com muita tecnologia, robustas, com baixo custo de manutenção, adaptáveis a diversas necessidades específicas e que atendem e superam os requisitos operacionais que o ambiente operacional impõe, porém com um grande diferencial: 100% projetadas e produzidas no Brasil, por brasileiros!

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Comentários

14 respostas

  1. Há um vídeo na internet de uma embarcação da DGS abalroando um enrocamento propositalmente, apenas para demonstrar a resistência excepcional do casco feito de material composto. É tão impressionante, que a fabricante deveria estudar seriamente uma versão (bem) maior para ser usada como varredor anti-minas pela MB, pois o material deve ser amagnético (quem sabe até catamarã).

    1. Prezado, obrigado por seu comentário. A DGS já apresentou para a Marinha do Brasil conceitos de embarcações, inclusive remotamente pilotadas, para emprego na Guerra de Minas. De fato, o material do casco é 100% não magnético.

  2. É isso mesmo, precisamos aproveitar essa tecnologia adquirida e ampliar a sua capacidade como até um navio de patrulha (pequeno) más bem armado.
    O que ñ podemos é ficar parado e esperar acontecer um milagre e importar material velho.

    1. Seria essa a versão semelhante a CB-90 que a DGS disse que estava desenvolvendo?
      Precisamos para ontem de um comando conjunto de transporte e logística.
      Para padronizar as aquisições e operação de meios nas FAAs nacionais.
      Hoje na Amazônia por exemplo é uma “Babel” de embarcações do EB e MB.
      Deveria padronizar todas as embarcações com a DGS 888, LPR-40 e terminar o “Patrulheiro da Amazônia” que estava em desenvolvimento com a Colômbia.
      E testar e adquirir essa nova DGS.

        1. Prezado, de fato a DGS trabalhou num conceito similar à CB-90, chegando a fazer um projeto preliminar. Mas isso tudo foi deixado de lado pois não fomos demandados pelas Forças. Fica difícil para as empresas, diante dos custos Brasil e da inconsistência das demandas governamentais, de arcar com recursos próprios um projeto é construção de um protótipo desse porte.

      1. Esses dois projetos são para lanchas leves, da classe das Guardian 25, mas a DGS tem embarcações bem maiores, como as RAPTOR 999, e outros projetos que deverão ser apresentados quando a demanda do mercado o solicitar.
        Lembrando que essas embarcações são para atender a concorrência da PF, que busca embarcações no mercado internacional, alegando que não existe esse tipo de produto aqui.

    2. Prezado, obrigado por seu comentário. Estamos trabalhando no sentido de apresentarmos, em futuro bem próximo, soluções DGS para embarcações de maior porte como, por exemplo, Avisos de Instrução, Embarcações de Busca e Resgate (SAR) oceânicas, dentre outras.

  3. Paulo, me corriga se eu estiver errado. Me parece que a PF adquiriu esse equipamento.

    Essas lanchas seriam interessantíssimas em operações ribeirinhas pelo EB.

    1. O Núcleo Especial de Polícia Marítima (NEPOM), da Policia Federal, adquiriu, e utiliza no sul do Brasil, lanchas blindadas DGS 888 Pegasus, e atualmente esta buscando, no mercado externo, lanchas interceptadoras do mesmo tipo da DGS 11 EPI.
      Sou da opinião que se deve buscar o melhor equipamento possível para que o nosso agente de segurança possam cumprir seu dever, porem acredito que se deva também tentar apoiar a indústria nacional.

      1. Prezado Paulo, obrigado. Certamente que a indústria nacional não deixa nada a desejar em relação ao que existe lá fora. Se considerada nossa tecnologia, podemos atender e superar os modelos importados. E isso sem os riscos de ficar sem um suporte de pós venda local.
        Lembro que a indústria de um país é tão mais forte e avançada quanto o uso que seu mercado interno faz dos produtos dessa indústria.
        Essa é uma máxima “pétrea”.

  4. Bastos.
    Concordo que deve-se apoiar a indústria nacional.
    Acredito que esta compra deva estar garantida por uma licitação (se não está, deveria).
    Assim, junto a todos os requisitos do termo de referência, itens como fábrica e produção nacional poderia estar presentes, contando com pontuação relevante.
    Desta maneira, a especificação faria a diferença no caso de embarcações nacionais ou estrangeiras, com requisito similar ou com pouco vantagem para a segunda, garantindo assim a contratação da primeira e de forma justa, não comprometendo os usuários (seja PF ou EB) para o caso de a diferença ser grande.

  5. Oi Paulo. Se não me engano a Marinha do Irã tende usar lanchas pequenas e rápidas em suas ações no mar. Essas embarcações da DGS poderiam ser usadas dessa forma? Poderia a Marinha do Brasilia opera-las dessa forma também, por exemplo no combate à pesca ilegal ou nosso imenso território maritimo vai além das capacidades dessas embarcações?
    Parabéns à DGS Defense pelo excelente trabalho. É sempre uma alegria ver esse tipo de notícia sobre os avanços de nossa indústria de defesa. Espero que Nossas Forças possam valorizar vocês adquirindo essas formidáveis formas de dissuasão..

  6. Realmente as colocações aqui feitas, fazem jus a Essa empresa DGS Defense. Afinal são brasileiros, trabalhando com brasileiros e para os brasileiros. Oferecendo garantias de design, materiais e eficácia. E projetos pensados aqui, para as necessidades nossas com desenvolvimento tecnológico de ponta. Acredito que seus modelos são tremendamente funcionais, protegidos e de alta segurança. Não vejo o por que a MB não está encomendando-as em quantidades significativas às suas operações. Estamos tão desfalcados de unidade marítimas, e estas poderiam suprir muitas dessas lacunas operacionais defensivas, enquanto não há verbas suficientes para novas corvetas e fragatas e submarinos, para poderem patrulhar adequadamente nossos mares da nossa Amazônia Azul. Espero que a estratégia do comando da Marinha se reposicione quanto a sua forma de planejar seus efetivos de controle e patrulhamento das nossas águas territoriais. Acho que a DGS Defense tem essa solução pronta e operacional. Não há o que esperar mais…..

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