Por Santiago Rivas (*)
“Queremos fechar o quanto antes” foi a frase com a qual ontem o secretário de Assuntos Internacionais de Defesa, Francisco Cafiero, se dirigiu a integrantes da IDV durante o Exercício de Arandú entre os Exércitos da Argentina e do Brasil, após ser confirmado por estes que os boatos de que o governo brasileiro havia parado de apoiar a venda de blindados Guarani para a Argentina não eram verdadeiros. O secretário foi enfático que o governo argentino quer avançar o quanto antes na conclusão da operação assim que forem avaliadas as opções existentes de garantias para o financiamento dos veículos.
Pela IDV, o Ministério da Defesa argentino foi informado de que o governo brasileiro continua apoiando a empresa e o governo argentino na busca de garantias para o financiamento da operação, na qual, conforme confirmou o ministro da Defesa, Jorge Taiana, durante a coletiva de imprensa no exercício, o trabalho continua e está sendo o principal freio da operação, devido à frágil situação financeira da Argentina. Este, porém, independe do governo brasileiro, pois trata do resseguro que a Argentina deve obter para que o financiamento seja concedido. No entanto, estão a ser avaliadas opções que permitam encontrar uma solução a curto prazo.
Em janeiro deste ano, os ministros da Defesa da Argentina e o chanceler da República Federativa do Brasil, Mauro Vieira, assinaram uma carta de intenções para a compra de 156 unidades do Veículo Blindado de Combate Roda (VCBR) Guaraní para o Exército Argentino.
Além da incorporação dos blindados, a carta de intenções incluiu a transferência de tecnologia para o aumento progressivo da fabricação de peças na Argentina, que já inclui peças que são fabricadas na República Argentina, mais precisamente na fábrica da Iveco na província de Córdoba, apoio logístico e treinamento de tripulações e pessoal técnico do Exército Argentino.
Das 156 unidades demandadas para o Exército, 120 são da versão de transporte de pessoal (VCBR-TP), equipados com SARC REMAX 4; 27 de combate de infantaria (VCBR-CI), com com UT30BR2; e nove posto de comando (VCBR-PC).
O Guaraní 6×6 já havia sido amplamente avaliado em junho de 2021, ocasião em que o Exército Argentino já havia indicado sua preferência pelo referido veículo em relação ao General Dynamics Stryker e ao Norinco VN-1, apesar de estes dois últimos cumprirem o requisito de serem 8X8, as condições comerciais, industriais, tecnológicas e políticas favoreceram o modelo brasileiro.
Durante o Exercício Arandu, os militares argentinos puderam avaliar minuciosamente o Guarani e também técnicos da força realizaram cursos para a operação e manutenção dos blindados.
(*) Santiago Rivas é jornalista e fotógrafo argentino, especializado em defesa, editor da revista Pucará Defensa e colaborador de Tecnologia & Defesa na Argentina.
Respostas de 4
Está fácil e só arrumar um financiamento internacional com amplas garantias.
Acho que isso é o difícil.
A verdade é que só esta dependendo dos Argentinos para concretizar a comprar,falta só as garantias para a assinatura do contrato .
A america latina falida dependente das países da Europa e principalmente USA qdo o Brasil tem tudo para se projetar neste cenário pois fabricamos aqui todo tipo de armamento, caças, blindados, submarinos e navios mas todos querem pegar o refugo das grandes potências o Brasil deve saber jogar o jogo e incentivar a indústria nacional o problema eh Que fizeram tanta trapaça com o BNDS que tomou vários canos que ficamos amarrados e de novo principalmente o USA se dá bem, qdo incomodamos perdemos venda para a Malásia agora vender para um país quebrado a Alemanha nem se importou qdo incomodamos ou embargam ou perdemos por lobby político vide o caso do KC 390 e lá trás do Osório, difícil esse jogo.