Alemanha embarga exportação do Guarani para as Filipinas

O Escritório Governamental de Controle de Exportação da Alemanha (Bundesamt für Wirtschaft und Ausfuhrkontrolle – BAFA) confirmou o embargo à exportação de 28 viaturas blindadas de transporte de pessoal média sobre rodas (VBTP-MSR) 6X6 Guarani para as Filipinas. A alegação é que as viaturas possuem componentes militares de origem alemã, portanto, sujeitas ao seu controle de exportação.

O projeto do blindado (pacote de dados técnicos) é de propriedade intelectual do Exército Brasileiro (que recebe royaties sobre cada exportação), é produzido pela empresa IDV, em Sete Lagoas (MG), e foram vendidos para o Exército das Filipinas pela empresa israelense Elbit Systems em um grande pacote militar (do tipo “Governo-a-Governo”), via a Diretoria de Cooperação em Defesa Internacional do Ministério da Defesa de Israel (SIBAT), envolvendo diversos outros sistemas de armas, e que poderiam chegar até a 114 Guarani. A IDV já produziu (e oficialmente entregou) cinco viaturas, mas estas ainda se encontram no pátio da empresa, onde aguardam seu destino.

Atualmente a Diretoria de Fabricação (DF) do Exército e a IDV trabalham no chamado Projeto “Guarani 2.0”, que visam à implementação de melhorias na viatura, e dentre estas está a substituição dos componentes de origem alemã, pois ela também foi exportada para Gana, nas mesmas condições, cuja produção inicia este ano e que corre o risco de sofrer do mesmo embargo. Lembrando que o Guarani já foi exportado para o Líbano (16 unidades) e está em negociação com a Argentina, Malásia e outros países.

Foto da cerimônia de recebimento das cinco primeiras VBTP-MSR 6X6 Guarani pelo Exército das Filipinas, na sede da IDV, em 28 de junho de 2022 (Fotos: Elbit Systems)

 

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Respostas de 55

      1. Sim, claro que deve ser eletrônicos, mas o aço não sendo nacional é mais o empecilho, visto que a parte mais elementar. inicialmente a Usiminas tinha ficado de fornecer o aço blindado, mas foi veiculado uma notícia que dizia que em virtude da baixa cadência de produção dos blindados, a Usiminas preferiu não abrir a produção do aço, por motivos e viabilidade econômica, então optou-se por importar aço alemão,

    1. Se for só o aço, é fácil de resolver, pois, além do Brasil ter plena capacidade de produzi-lo e um par de empresas para fazê-lo, sendo inclusive, uma famosa quem ia fazer, mas, desistiu. Provavelmente, na verdade é o recheio eletrônico/software, porque ai o buraco é mais embaixo.

  1. Pois bem Senhores camaradas do Tecnodefesa!

    Independencia verdadeira vem somente e através da independência tecnológica!
    Pior ainda que esta situação que nos é imposta, é a falta de visão estratégica de nossos líderes políticos e de uma parcela significativa dos comandantes militares ( vide por exemplo o CFN que não tem um equipamento em quantidade significativa em suas forças, querem ser uma réplica barata dos USMC).
    Em certo sentido, bem faz a China que desde os tempos do Mig21 vem utilizando-se da engenharia reversa para obter independência verdadeira.

    Sgt Moreno
    (CM)

    1. Pois é , sargento Moreno, mas tem o outro lado, essa reportagem é boa e oportuna para nos lembrar da falácia de que transferência de tecnologia é a solução pra tudo, pagamos muito mais caro por um determinado equipamento com a desculpa que será tudo feito aqui, fábricas(ou galpões montadores) são construídas, empregos gerados, tudo muito legal, mas na hora de vender sempre tem algum componente importado que o país de origem pode brecar, vc não acha que vai acontecer a mesma coisa com o Gripen? Claro que sim, pagamos pelo caça o preço de ouro, sem nenhuma necessidade, até o Japão compra de prateleira sem se preocupar em fazer tudo em casa, hoje em dia ninguém fabrica 100% de nada, até o F-35 tem peças chinesas.

  2. Conversa fiada !! Componente alemão ? Da onde que nosso Guarani tem componente alemão !! Os especialistas nunca citaram que nosso Guarani possuísse algum componente desse país. Na real os caras querem melar o Guarani para quem sabe vender um produto alemão lá.

  3. Só mostra mais uma vez o quão traiçoeiros são os membros da OTAN. Deveriam começar a trocar os equipamentos que dependem desses países a qual não podemos depositar confiança, e passar a negociar com os que realmente não tem rabo preso com ngm, a exemplo da Índia, que tem ótima base industrial e tecnológica, Israel tbm sendo boa opção

      1. Aliados dos EUA p@rr4 nenhuma, eles já embargaram várias vendas de aviões da Embraer para outros países… não existe aliados na geopolítica, existe interesses…

        1. Eu disse que Aliado extra-Otan significa que é um aliado dos EUA e não da Alemanha (não é aliado da Otan). Isso é um fato. Fatos não ligam para sua opinião.
          Esse título de aliado foi concedido pelo Trump. Não lembro de embargos posteriores a essa concessão. Outrossim, ser aliado não quer dizer que não pode embargar. O Reino Unido embarga vendas de aliados e até de países da Otan para a Argentina, por exemplo.

  4. A Alemanha algum tempo fez consulta sobre as munições do Guepard para repassar a Ucrânia foi negado agora veio o troco pois se não me engano a caixa de marcha do Guarani é da ZF alemã.

      1. nao era a própria Alemanha que ate “ontem” comprava gás russo?
        nao foi o próprio presidente ucraniano que foi irônico com a Alemanha, perguntando se mandaria almofadas para lutar contra a Russia devido a negação alemã de mandar armas?

  5. Boa noite!
    o componente alemão é a caixa de transmissão, creio que a IDV possa sair desta situação sem maiores problemas,agora o governo brasileiro deve tratar a Alemanha na mesma moeda.

  6. Podemos cancelar a compra das fragatas Tamandare que são da TKMS alemã e fechar com outro país, aproveitar e já selecionar uma fragata pesada como a FREMM italiana.

    1. Concordo com vc, Alemanha tem as fragatas e futuros m bts provavelmente, além do que teria repercussão nas Filipinas e Israel que são aliados deles. Parece notícia plantada com interesses escussos. Aço especial Itália produz, caixa transmissão também. Tem uns 2000 guaranis a serem produzidos, será que a troca destes componentes não afetaria mais Alemanha do que Brasil?. A nao ser que tenha algo com Filipinas que é parceira EUA de carteirinha.

  7. boa percentagem do minério para siderúrgicas alemã e fornecida pelo Brasil isso a China absorve.deixaria 45 mil desempregado na Alemanha.

  8. e o mais lógico! se quer ser um exportador de maneira independente,a nacionalização do máximo dos componentes e fundamental para não passarmos mais por isso!

  9. A Alemanha já tinha feito algo semelhante contra as exportações da Avibrás, que acabou trocando o chassi Unimog pelo Tatra.
    Agora faz com a Iveco.
    O KC-390 também possui componentes alemães. Ou seja, podemos ter novos embargos à frente.
    As empresas brasileiras de Defesa tem que pensar 200 vezes antes de contratar um fornecedor alemão e o governo brasileiro deve interceder a respeito ou deixar de comprar produtos de Defesa alemães.

  10. É fundamental o Brasil pensar grande e realmente começar a se libertar dessas falsas parcerias que nas entrelinhas tiram nossa autonomia e soberania.
    Esta mais do que na hora de repensarmos nossas capacidades de realmente andarmos com nossas próprias pernas e dependermos o mínimo possível de fornecedores externos.
    Parcerias internacionais devem existir, porém defendo que neste caso o Brasil também deve sancionar na mesma proporção esse tipo de interferência que a Alemanha impôs.
    Não se trata de queda de braço, mas de respeito a soberania e seriedade nas relações comerciais.

  11. Qd fiz curso de automação industrial, o professor gostou tanto da turma q era muito aplicada e fomos visitar a industrial q fazia componentes no Brasil na época, e lá ficamos sabendo q o alumínio brasileiro ia p Alemanha, e através da siderurgia e metarlugia o aluminio voltava na forma de tubos ou cilindros p fabricacao dos pistoes hid/pneumaticos, pq o Brasil nao tinha tecnologia p fabricar aqui…, a caixa de transmicao como alguns dizem, pode ser substituida pois a Iveco produz “veiculos”…, o Brasil produz muitas coisas de origem alemã, como Tb exporta p eles muitas “comods”…
    Isto está com cara de Leis de Taliao- “dente por dente olho por olho”, retaliação pq o Brasil não apoia a Otam na destruição e guerra na Ucrânia q só interessa os EUA e Europa p usar como testa de ferro a Ucrania p destruir a Rússia, já q os EUA e Europa não gostam de Ucranianos e nem russos, puro interesse…
    Grave pq tem equipamentos e armas alemã nas forças armadas do Brasil, mas o Brasil tem fábrica de munição na Alemanha, como Cbc, está história tem muito pano p manga…, se fosse a “Angela Merkil”, a estória seria outra…
    O q surpreende foi q a empresa israelence q fez as negociações de vendas, interessante…., abraços.

    1. A BYD esta comprando a fábrica da Ford Bahia. Vão beneficiar silício e fosfato e exportar pra China. Daí compramos a bateria de lítio da China. E complicado, está na hora de fomentar indústria nacional. Eu compro café cápsula Lor que é israelense, iisrsel nao produz cafe. No caso armamentos temos que aproveitar nossa necessidade enorme de equipamentos e colocar fora contratos esta brecha esdrúxula.

  12. OU FAZER CONTRATOS JURIDICAMENTE MAIS BEM ESTRUTURADOS, do tipo: se embargarmos qualquer projeto ou tivermos nossos projetos embargados por política, a parte embargante assuma o LUCRO CESSANTE!

  13. Geeennte, antes destes desvairios e comentário tipo a Alemanha é má e etc, temos que saber o por que? O problema é lá nas Filipinas. Lembram que o Governo Filipino começou a namorar com a China? Então? Deve ter algum caroço nesse angu. Não é nada entre Alemanha e Brasil , até porque a Alemanha é nosso terceiro ou quarto parceiro comercial. Outro comentário esdrúxulo é cancelar o Contrato com a TKMS , onde as Fragatas já estão em processo de montagem, e fechar com a Fincantieri, como fosse Lego, tira a peça daqui e poe ali!! Pelo amor de Deus!!!! Existe vida inteligente no blog?

    1. Marcelo , não adianta nem tentar explicar. A maioria dos brasileiros quer sempre colocar a culpa das nossas incapacidades, dos nossos problemas e deficiências, nos outros. O problema sempre é…O outro! Nunca é culpa da nossa falta de visão e e investimento em P&D próprios, em educação. A Alemanha boicotou as Filipinas, não o Brasil…mas, ninguém enxerga isso…enxergam sempre a “perseguição ao coitadinho do Brasil”…

      1. Por isso que generalizar é absolutamente errado. Eu sou brasileira menina-mulher, totalmente por fora desses assuntos e, descobri esse site, pesquisando o tal embargo, que eu quero entender. Daê, voce bem podia fazer o favor de explicar melhor o motivo ou qual o problema da Alemanha com as Filipinas, né, pra pessoinhas como eu. Ou dar uma dicazinha de onde a gente encontra mais info sobre essa briga da Alemanha com as Filipinas, por favor, claro!

    2. Marcelo.
      Esse namoro não existe.
      A China não reconhece a Filipinas como país independente.
      Invade constantemente sua ZEE.
      Não a toa, este país está fechando uma parceria militar com os EUA.

  14. Vai lá atras de fundo amozonia da Alemanhã e toma essa. A grande verdade é que a industria alemã e a brasileirão são complementares, nossa ABNT n inicio foi uma copia da DIN. Compramos remédios e produtos de alta tecnológia e por ai vai, assim como temos muita coisa aqui como por exemplo as Tamandares, como ficam esse contratos militares depois disso. Acredito que o escritório da Thyssenkrupp devem estar bem loucos com a noticia e logo logo vão resolver isso. Isso foi uma medida totalmente equivocada por parte do governo alemão que logo irão rever. Pois se não rever tem muita coisa a ser revista aqui também. Abraço a todos.

  15. A questão nada tem a ver(mas nos ferra mesmo assim) com o Brasil e sim Alemanha e Filipinas, ao que parece, tirando esta venda específica, tudo “normal”.
    Pra mim temos que chutar a adoção de produtos alemães da questão de equipamentos pra nossas forças armadas e arrumar outros fornecedores até termos autonomia.

    1. Tomcat, é possível que existam questões políticas envolvendo os dois países, mas numa pesquisa breve não encontrei nada recente. Mas acho difícil ser esse o caso, principalmente porque recentemente os EUA fecharam um acordo de acesso e uso de algumas de suas bases militares. Acordo esse que visa limitar a influência da China sobre o país. A China considera a Filipinas uma de suas províncias.

      Pode ser que a restrição possa ter sido imposta para limitar o acesso do blindado na região, influênciada até mesmo pelos EUA. Mas acredito mesmo que foi uma decisão com base na negativa do Brasil não ter fornecido as munições para a Ucrânia. Estava no nosso direito assim como está no direito deles barrar o negócio dos blindados. Deve estar em alguma cláusula contratual no fornecimento dos equipamentos alemães.

      Dito isto, independente do motivo, fica o alerta para outras sanções. Temos vários projetos de estado, não só militares, com envolvimento de empresas alemães. Umas das principais são as usinas Angra 2 e 3 que contam com tecnologia alemã.

  16. O Brasil já está errado em deixar que seus meios blindados sejam produzidos por empresas estrangeiras – no caso atual a Iveco. Será que a Imbel não teria capacidade de reestruturação para construir os meios blindados do Brasil? Se formos contar isso, daria um número bem grande de vetores: caminhões, jipes, dragas, veículos de transporte, veículos de reconhecimento, veículos anfíbios etc. talvez até um novo MBT.

    A Iveco basicamente instalou a planta no Brasil e em consonância com o Exército criou o Guarani, mas basicamente eles importam praticamente todos os insumos para sua produção. O Brasil exporta, mas a marca é Italiana, os dividendos são italianos, o Produto Nacional Bruto vai também para a Europa (Itália), inclusive o motor para o Guarani está sendo produzido em uma fábrica na Argentina.

    Fica a questão: uma Reestruturação da Imbel para também produzir Blindados projetados em consonância com as instituições de P&D do Exército, montaria os carros localmente, com preferência a produtos produzidos localmente, em um cluster produtivo com empresas privadas, mas também por questões práticas teria que importar alguns insumos, normal. O ponto é que seria um carro de marca genuinamente brasileira. Mesmo sendo mais “pró-mercado”, eu veria com bons olhos uma Empresa Estatal na Área de Defesa para as Forças Terrestres. Já que temos escala e demanda para isso, seja para a construção e manutenção.

  17. O que sairia mais caro?

    Um embargo do Guarani ou a suspenção da construção de 04 Fragatas?

    Pega o dinheiro e compra de Governo a Governo 02 FREMM da Itália que está louca para fazer negócios com o Brasil.

    1. Amigo aposto que freem devem ter dezenas de componentes alemães,vai dar no msm equipamento europeu é tudo assim os centauros do EB devem estar cheios de peças alemães assim como os gripens da FAB,o Brasil tem que diversificar com fornecedores fora do eixo EUA,Europa

  18. E ainda, só para lembrar:
    O canhão do Gripen é um Mauser, Alemão, o trem de pouso e parte dos sistemas hidráulicos são fabricados pela Liebherr Alemã, e o Iris T também é Alemão.
    Só para pontuar.

  19. infelizmente não somos independentes,mas cada vez mais estamos sendo. Temos que investir em tecnologia. Mas para dar o troco,poderíamos não vender algumas coisas essenciais a eles e vender a outros.

  20. Esse embargo escancara uma vulnerabilidade estratégica de nossas FFAA. A meu ver, deveríamos comprar produtos também do BRICS, principalmente equipamentos estratégicos. Todos os membros dos BRICS possuem expertise em várias áreas… até porque acredito que após o imbróglio da Rússia, se não houver a terceira guerra, a OTAN irá se virar contra nós ou a China. Ou ambos… principalmente se os Democratas se mantiverem no poder nos EUA.

  21. Fácil dar o troco!!! Adivinhem quem é o maior exportador de Café industrializado do mundo? A Alemanha!!! Adivinhem quantos pés de Café eles plantam? Nenhum!!! Adivinhem de quem os Alemães importam a maior parte deste café? Brazil!!! Tudo vai ser resolvido o mais rápido possível…

  22. é mais fácil procura novos fornecedores de fertilizantes assim diversificando e produzindo no próprio país do que dá um cavalo de pau na cadeia industrial do país que tá integrada com países membros da otan. Porque nunca vi brasileiros comprando carro,micro-ondas,tv,geladeira,tênis, escova de dente de fabricação Russa. o que é mais fácil desfazer equipamentos militar russo ou os de membros da otan? Sem falar que a Rússia fica onde o judas perdeu as botas ,ide. o que é de interesse brasileiro??

  23. O problema está em querer diversificar fornecedores para baratear a produção e por consequência a venda do produto, mas em defesa, tá mais que provado que não pode ser assim, existem interesses geopolíticos por trás de cada negócio, não interessa se os chucrutes, não se entendem com os filipinos, isso é problema deles, mas melaram nosso negócio e acabou, agora tem que procurar fornecedores ou produção nacional, se possível, para outros produtos “exportáveis”.
    Já sancionarão o Brasil no caso dos AMX para a Venezuela, os USA, e por aí vai…
    Se tentar vender qualquer coisa na área de defesa com tecnologia embarcada dos outros tá sujeito a isso.

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