Com duas novas aeronaves-laboratório, o Grupo Especial de Inspeção em Voo (GEIV) da Força Aérea Brasileira (FAB) completa seis meses desde a chegada do primeiro Legacy 500, denominado na FAB como IU-50.
Durante esse período já foram mais de 450 horas de voo e 50 inspeções de auxílio à navegação. Entre as inspeções, quatro delas correspondem a procedimentos que o GEIV não conseguia realizar antes da chegada do Legacy 500: os aeroportos de Maringá (PR), Londrina (PR), Navegantes (SC) e Caxias do Sul (RS) foram certificados para realização do procedimento RNP AR APCH, para navegação baseada em performance, o que possibilita o pouso mesmo quando as condições meteorológicas estão desfavoráveis.
Segundo o oficial de operações do GEIV, major Bruno Michel Marcondes Alves, além do novo procedimento, a tripulação já percebeu outros ganhos para as missões de inspeção com a chegada do Legacy 500.
Reaparelhamento
O processo de renovação dos aviões-laboratório faz parte do projeto I-X. O primeiro dos seis Legacy 500 adquiridos da Embraer chegou ao GEIV em 23 de setembro de 2016. Até então, a frota de aeronaves que faziam inspeções em voo era composta por quatro Bandeirantes e quatro Hawker 800XP.
O que é inspeção em voo?
O GEIV testa, na prática, se os dados fornecidos pelos equipamentos de auxílios à navegação instalados dentro e fora dos aeroportos são confiáveis. Esses equipamentos enviam informações às aeronaves, indicando o caminho que deve ser seguido. Eles balizam os pilotos para pousos e decolagens não apenas em condições normais, mas especialmente quando a meteorologia está desfavorável.
Ivan Plavetz