A Organização de Pesquisa e Desenvolvimento para Defesa (DRDO – Defence Research and Development Organisation) da Índia entregou para a Força Aérea do país asiático a primeiro das três plataformas aéreas de alerta antecipado e controle (AEW&C – Airborne Early Warning and Control) baseado no jato regional ERJ-145 da Embraer.
O sistema desenvolvido na Índia, foi integrado pelo Centro de Sistemas Embarcados (CABS – Centre for Airborne Systems) pertencente à DRDO.
Denominado Netra AEW&C, o sistema proporciona cobertura de 240 graus e capacidade de detectar e rastrear objetivos a uma distância entre 250 e 375 quilômetros. De acordo com a DRDO, o Netra obteve a certificação operacional inicial, sendo capaz de detectar simultaneamente alvos múltiplos tais como misseis, aviões de combate e veículos aéreos não tripulados.
O sistema pode exercer também funções de centro de comando e controle com vistas a prestar suporte para operações de defesa aérea.
O Netra AEW&C compreende um radar AESA (varredura eletrônica por matriz ativa), um radar secundário de vigilância, um sistema de contra-medidas eletrônicas e de comunicações, datalinks, sistema de comunicação via satélite e avançada suíte para identificação amigo-inimigo.
Uma lança para recepção de combustível no ar instalada na plataforma aérea permite extensão do tempo de voo para além das cinco horas sem o reabastecimento ar-ar. A suíte de autodefesa da aeronave inclui sensores de alerta radar e de aproximação de mísseis.
Funcionários da DRDO disseram que a plataforma é capaz de fornecer uma “imagem de vigilância aérea legível” das ameaças aéreas através de modos de busca, engajamento enquanto executa varredura e priorização de alvos aéreos e terrestres computando sua localização exata para possível ação.
De acordo com a DRDO, o segundo Netra AEW&C está atualmente passando pelo processo de ensaios e certificação, sendo que a previsão é para entrega-lo nos próximos meses.
Lançado em 2004, o projeto avaliado em US$ 358 milhões para desenvolvimento do sistema sofreu atraso de seis anos devido à elevação de custos e problemas técnicos durante o desenvolvimento do radar AESA e outros sistemas.
Ivan Plavetz
Fonte: Jane’s Defence Weekly