AEL Sistemas participa da XV Conferência Naval Interamericana com foco em C4I multidomínio, guerra eletrônica e soluções antidrone

A AEL Sistemas, empresa de alta tecnologia que desenvolve e produz soluções inovadoras para diversas necessidades críticas de missão e plataformas, participou da XV Conferência Naval Interamericana Especializada em Telecomunicações e Tecnologia da Informação (XV CNIE-T&TI), organizada pela Marinha do Brasil, entre os dias 6 e 10 de outubro de 2025, no Rio de Janeiro (RJ).

O encontro reúne autoridades de telecomunicações e tecnologia da informação das Marinhas de países-membros da Rede Naval Interamericana de Telecomunicações (RNIT), além de representantes da Junta Interamericana de Defesa (JID) e da Secretaria da RNIT. A Conferência é considerada um dos fóruns técnicos mais relevantes do continente, responsável por debater desafios comuns, propor soluções conjuntas e recomendar diretrizes para a padronização e segurança em sistemas navais de comunicações, com atenção especial às crescentes ameaças cibernéticas.

Em um dos dias do evento, o diretor de negócios da AEL Sistemas, Jorgito Stocchero, fez uma apresentação técnica destacando o portfólio da empresa em sistemas C4I multidomínio, guerra eletrônica e soluções antidrone. O conteúdo abordou a evolução do comando e controle em ambientes complexos, o emprego do enlace de dados Link-BR2 em operações navais, a resiliência dos rádios táticos RDS e MARC em múltiplas plataformas e as capacidades de autoproteção contra ameaças emergentes no mar e no ar.

Link-BR2 e rádios táticos

O Link-BR2, projeto desenvolvido pela Força Aérea Brasileira em conjunto com a AEL Sistemas, foi apresentado como uma das soluções centrais para interoperabilidade e superioridade informacional em operações navais e conjuntas. Trata-se de um sistema de enlace de dados seguro, dotado de criptografia nacional, que permite a integração de múltiplas plataformas e sensores em tempo real. A tecnologia garante um mesmo entendimento operacional entre diferentes unidades navais, terrestres e aéreas, viabilizando a fusão de dados de radares, sensores eletro-ópticos e sistemas de alerta radar (RWR). Essa capacidade fortalece a consciência situacional compartilhada e acelera o ciclo de decisão, atributos indispensáveis em cenários multidomínio saturados por sensores, sistemas baseados em inteligência artificial e armamentos de alta precisão.

Outro ponto de destaque foi a apresentação da família de rádios táticos multidomínio, que inclui os modelos RDS Defesa e o MARC (Mission Airborne Radio Computer). O RDS Defesa, projeto do Ministério da Defesa brasileiro, coordenado pelo Centro Tecnológico do Exército (CTEx), é um rádio de desenvolvimento nacional capaz de operar em plataformas veiculares e navais, cobrindo faixas V/UHF e HF. Ele suporta múltiplas formas de onda, permite transmissão simultânea de voz, dados e vídeo, e adota criptografia brasileira com algoritmo de Estado. A versão Duo Channel amplia a flexibilidade de emprego, tornando-o ideal para missões que exigem interoperabilidade em tempo real e alta disponibilidade.

Já o MARC, concebido para aeronaves de asa fixa e rotativa, atua como elemento central do Link-BR2 em plataformas aéreas. Ele combina capacidade de rádio em V/UHF e Banda L com uma rede MANET que suporta até 64 membros, além de um sistema de missão computadorizado. Isso permite comunicações seguras e integradas em operações conjuntas, inclusive em ambientes degradados, negados, intermitentes e limitados em banda (DDIL).

Guerra eletrônica e soluções antidrone

A AEL também levou à Conferência suas soluções mais recentes em guerra eletrônica e autoproteção, que são fundamentais para ampliar a capacidade defensiva de plataformas aéreas e navais. Entre elas está o ReDrone, sistema projetado para enfrentar ameaças aéreas não tripuladas. Ele realiza detecção em longo alcance, classificação, rastreamento e neutralização de drones hostis, oferecendo alerta antecipado e resposta rápida contra ameaças desconhecidas.

No ambiente naval, foi apresentado o Aqua Marine, uma suíte modular integrada para navios de superfície e submarinos. Essa solução combina sensores de apoio eletrônico (ESM), medidas de autoproteção (SPS) e contramedidas eletrônicas (ECM) em uma abordagem sistêmica, cobrindo desde a detecção até a resposta contra ameaças avançadas, incluindo mísseis além do horizonte e sistemas aéreos não tripulados.

Segundo Jorgito Stocchero, participar da XV CNIE é uma oportunidade estratégica para a AEL Sistemas, pois a coloca em diálogo direto com as Marinhas do continente em um fórum técnico que define padrões e diretrizes para o futuro das comunicações navais. “Nossos sistemas foram concebidos para atender aos desafios de um campo de batalha multidomínio, garantindo interoperabilidade, resiliência e superioridade tecnológica em cenários complexos”, comenta.

Com mais de 460 colaboradores, sendo cerca de 190 engenheiros dedicados a desenvolvimento, a AEL Sistemas movimenta anualmente mais de 3 mil equipamentos e destina mais de 50% do seu faturamento às exportações. Esse perfil de inovação e internacionalização posiciona a empresa como parceira estratégica não apenas das Forças Armadas brasileiras, mas também de diversas forças no exterior.

A XV CNIE-T&TI tem como tema central “Os Desafios da Defesa Cibernética e dos Sistemas de Comunicações Navais em Ambientes Degradados, Negados, Intermitentes e Limitados em Banda (DDIL)”. “Para a AEL Sistemas, que há décadas contribui com soluções em comando e controle, guerra eletrônica, enlace de dados e proteção contra ameaças emergentes, o evento representa uma vitrine continental para consolidar sua posição como referência em tecnologia de defesa naval e multidomínio”, conclui Stocchero.


Fonte: FSB Holding

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