ABIMEX cria grupo de trabalho para rastrear produtos explosivos.

“A ABIMEXAssociação Brasileira dos Fabricantes de Materiais Explosivos  criou um grupo de trabalho dedicado ao rastreamento de produtos explosivos.

No dia 21 de agosto, foi implementado um grupo de trabalho que utilizará tecnologias inovadoras e avançadas para identificar a origem de explosivos mesmo após a detonação.

A instituição  e os fabricantes de  explosivos reconhecem  a necessidade e a importância do rastreamento de produtos explosivos, acompanhando todas as etapas dos processos de produção, armazenamento e distribuição, contribuindo, assim, para a redução da criminalidade.

Reuniões estão sendo realizadas com especialistas no assunto  e fabricantes de explosivos, para analisar as  soluções propostas que envolvam tecnologia, aplicabilidade e custo, sem aumentar o Custo Brasil e, consequentemente,  a desindustrialização.

Ao término das reuniões, será realizado um seminário para  emitir um termo final e conclusivo que será distribuído para as autoridades e órgãos responsáveis.

A ABIMEX está aberta para empresas que queiram apresentar seus produtos e tecnologias.

O Grupo de Trabalho Rastreabilidade de Produtos Explosivos da Abimex, conduzido pela Diretoria Operacional de Rastreabilidade, tem como objetivo avaliar possíveis soluções que venham a contribuir com o controle de descaminhos e má utilização dos produtos.

Na condução dos trabalhos deste grupo, diversos provedores de soluções foram e serão convidados a apresentar suas soluções para identificação de origem pós-detonação e controle da cadeia de suprimentos para produtos explosivos.

O resultado deste Grupo de Trabalho será uma proposta de solução, aprovada previamente pelos integrantes da Abimex (fabricantes, distribuidores e consumidores finais), que será sugerida às autoridades envolvidas nesse tema.

A Abimex e seus associados se comprometem de forma pró ativa, a prover controle mais efetivo dos produtos controlados, desde a fabricação até seu consumo final ou desde a identificação de resíduos pós-detonação, até a identificação do último elo da cadeia de suprimentos, responsável pela posse do produto.

Este Grupo de Trabalho está analisando os sistemas de Rastreabilidade atualmente propostos porque trazem custos adicionais para toda a cadeia, devido a suas complexidades e práticas, não levando em conta a experiência dos fabricantes de explosivos, no caso, os maiores interessados nessas tecnologias. Estas propostas vêm sendo comercialmente tratadas como a solução para os problemas que envolvem as detonações em caixas eletrônicos, o que não corresponde à verdade.

O Grupo de Trabalho de Rastreabilidade está aberto para as empresas que queiram apresentar seus processos de identificação pós-detonação (www.abimex.ind.br)

Nota do autor: Medidas positivas como essa tem o apoio incondicional da imprensa especializada, mas por que esse tipo de iniciativa não foi implementada há mais tempo é uma pergunta válida, já que ataques a bancos e caixas eletrônicos com emprego de explosivos desviados tornou-se uma ocorrência “comum” no dia a dia das Forças de Segurança nos últimos 15/20 anos, em praticamente todo o território nacional.

Outro aspecto importante, a questão da fiscalização sobre explosivos, que é de responsabilidade do Exército Brasileiro através do Serviço de Fiscalização de Produtos Controlados das Regiões Militares, merece um amplo debate.

As constantes Operações Dínamo desnudam um cenário alarmante, onde parece ser mais fácil o acesso a explosivos pela criminalidade do que o efetivo controle desse tipo de material altamente perigoso pelas autoridades e a indústria. “Aumento de Custos”, se traduzidos em maior controle e seriedade no trato da questão, e a responsabilização penal dos envolvidos, não deve ser usado como “motivo” para alegar “desindustrialização”. TODOS são responsáveis quando o assunto é o combate ao crime, sem exceções ou eufemismos como “Custo Brasil”.

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