A Marinha do Brasil, através da Diretoria Geral do Material da Marinha (DGMM-MB), enviou a Toulon (França), no final de 2014, uma equipe se seis militares e um engenheiro civil, encarregados de avaliar e gerar um relatório sobre as condições gerais em que se encontra o TCD (Transport de Chalands de Débarquement) Siroco (L9012) da Classe Foudre. A Marinha manifestou a intenção de adquirir o navio, uma compra avaliada em 80 milhões de euros, incluindo aí um período de manutenção feito pela empresa francesa DCNS (fabricante da belonave), e acompanhado de perto por uma tripulação brasileira que será treinada nos sistemas e procedimentos de bordo. Segundo fontes ligadas ao Alto Comando da Esquadra, o parecer do relatório foi favorável à compra de oportunidade da embarcação.
Fuzileiros Navais
Um navio como o Siroco trará grande alento as necessidades de transporte logístico de tropas e equipamentos do Corpo de Fuzileiros Navais da Marinha do Brasil. Sendo um LPD com doca alagável, permite a saída de lanchas de desembarque, transportes de pessoal, viaturas e suprimentos. O Siroco e relativamente novo, entrou em serviço há apenas 17 anos. Mede 168 metros de comprimento por vinte três e meio de largura, deslocando 12.400 toneladas quando completamente carregado. O convoo possui dois pontos de aterrissagem para helicópteros, e oferece um hangar capaz de abrigar dois desses aparelhos de médio porte, facilitando enormemente a operação de qualquer um dos vetores de asas rotativas da Aviação Naval. O tipo foi projetado para transportar um batalhão de Fuzileiros e seus equipamentos, e pelo menos 70 veículos de tipos diferentes, incluindo carros de combate, blindados sobre rodas, caminhões, material logístico, etc. O LPD francês possui alojamentos a bordo para acomodar com relativo conforto as tropas e o Destacamento Aéreo Embarcado (DAE), um moderno hospital com centro cirúrgico, e equipamentos logísticos como câmaras frigoríficas, depósitos de materiais, cozinhas, etc.
Roberto Caiafa