A Força Aérea em treinamento

O Esquadrão Onça (1º/15º GAv), unidade que emprega a aeronaves de transporte C-105 Amazonas, e o Batalhão de Infantaria de Aeronáutica de Campo Grande (BINFA-34), ambos sediados na Base Aérea de Campo Grande (BACG), treinaram embarque e desembarque de tropas e não-combatentes em terreno hostil. O exercício conjunto é considerado um fato inédito para a aviação de transporte da Força Aérea Brasileira (FAB).

“Mesmo sendo um país pacífico, as Forças Armadas do Brasil devem estar em condições de prover o apoio necessário quando for preciso e também atuar em qualquer parte diferente do território nacional, onde nem sempre a paz está presente, utilizando-se de todo o seu poder combativo baseado em uma doutrina de emprego moderna e compatível com ameaças atuais”, explicou o comandante do Esquadrão Onça, tenente-coronel Cláudio Faria.

Armados, os militares de infantaria e a tripulação devem atuar na proteção da aeronave, movimento da tropa e dos passageiros enquanto em solo, desde o taxiamento até a parada no local selecionado e seu retorno à base de operações.

A ação testou as coordenações entre as equipes para posicionamento de atiradores, por exemplo. A ação pode ser usada para embarque e desembarque de carga, tropas ou não-combatentes, tanto em casos de calamidades, catástrofes e em áreas de conflitos, assim como o apoio do Brasil à operações da Organização das Nações Unidas (ONU).

Ação será usada para subsidiar a produção de manual para incorporar doutrina da ONU (Imagem: 1º/15º GAv)

O exercício vai subsidiar conhecimentos para editar uma proposta de manual de emprego que permita a incorporação dessa doutrina, já utilizada por algumas Forças Aéreas do mundo que atuam, inclusive, em missões sob coordenação da ONU, como a Força Aérea Portuguesa em ação no Mali.

“A FAB possui aeronaves capazes de serem empregadas em qualquer localidade do mundo. Na eventualidade de missões nas quais é necessário o embarque/desembarque de tropas, a retirada de pessoal não combatente, ou ainda, o transporte de equipes de apoio humanitário para áreas conflagradas, as tripulações devem estar em condições de prover sua própria segurança contra possíveis investidas de um adversário que se utiliza de armas portáteis até mesmo aquelas improvisadas sobre veículos”, detalhou o oficial.

Ivan Plavetz

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