A Itaguaí Construções Navais (ICN), empresa com participação da Organização Odebrecht, inovou o seu sistema de gestão para fabricação e montagem de quatro submarinos convencionais movidos à propulsão diesel-elétrica, e de um dotado de propulsão nuclear para a Marinha do Brasil. Realizada no primeiro semestre deste ano, a modernização contemplou a implantação da metodologia Build Information Modeling (BIM) ao SisEPC-Manufatura, sistema de gestão desenvolvido pela Odebrecht.
O BIM permite que o planejamento visual seja incorporado às atividades do sistema de gestão, refletindo os resultados da programação e execução de serviços de forma visual na maquete 3D dos submarinos, além de agregar novos conceitos de 4D (tempo) e 5D (custos). A nova funcionalidade amplia e torna mais tangível o status de todos os itens de engenharia, suprimentos e da programação e sequenciamento das atividades de fabricação e montagem, elevando significativamente a produtividade e eficiência operacional.
O Build Information Modeling apoia na parte de programação de serviços, realizando a corrida de insumos, materiais e equipamentos a serem fabricados/montados, e também na identificação de interferências construtivas.
A nova funcionalidade também foi disponibilizada para as obras e outros negócios da empresa que utilizam as demais versões do software SisEPC-Civil e Industrial.
A construção dos cinco submarinos está prevista no Programa de Desenvolvimento de Submarinos da Marinha do Brasil (PROSUB), firmado no final de 2008, como parte do Acordo Estratégico Brasil-França.
A produção do SBR1, primeiro dos quatro submarinos convencionais, começou em 2010, ainda na França, com a montagem do casco resistente da proa, por meio do programa de transferência de tecnologia. Já no Brasil, a fabricação e montagem das demais seções foram iniciadas no segundo semestre de 2012. O SBR1, é o que se encontra em fase mais adiantada, com avanço físico de cerca de 47%. O estágio atual é de conclusão da fabricação do casco resistente, pré-acabamento e início do acabamento. O SBR2 está sendo totalmente construído no Brasil e passa pela fase de fabricação de estruturas resistentes e não resistentes, com avanço físico de cerca de 28% do total do submarino.
O terceiro submarino, SBR3, teve seu marco inaugural em janeiro de 2015, com o corte de sua primeira chapa do casco. Assim como nos dois primeiros, as chapas que irão compor o casco do SBR3 são provenientes da França. Seu avanço físico é de cerca de 12%. Já o SBR4 foi iniciado em fevereiro de 2016 e está na fase da fabricação de cavernas para o casco resistente. Seu avanço físico é de cerca de 3% do total.
Ivan Plavetz