Os governos da Rússia e da Índia assinaram um acordo para acelerar programas militares conjuntos, principalmente o atrasado projeto FGFA (Fifth Generation Fighter Aircraft – Avião de Combate de Quinta Geração).
Manohar Parrikar, ministro da Defesa da Índia, disse que já foram discutidas inúmeras questões sobre o assunto, sendo que alguns projetos serão acelerados em função da preocupação que as duas partes possuem com relação ao ritmo lento como estão sendo desenvolvidos. Parrikar disse que os dois lados estão promovendo interação regulares com o objetivo de manter os prazos dos programas conjuntos.
Fontes locais afirmam que persistem algumas diferenças associadas às especificações do FGFA, entretanto, os russos divulgaram no início deste mês que ambos países já estão se alinhando para fazer deslanchar o arrastado projeto, cujo atraso é de quatro anos. Entre as diferenças reveladas, figuram as características do motor AL-41F1 capacidade furtiva (stealth) e capacidade de armamentos.
A Índia também insiste em determinados aspectos financeiros do projeto. A Rússia ficou responsável pelo investimento inicial de 25% dos US$ 10,5 bilhões correspondentes aos custos de desenvolvimento do programa, mas reduziu recentemente essa cota para 13% sem consultar o governo de Nova Delhi. Ao mesmo tempo, a Índia espera ter mais acesso aos detalhes de design do projeto que, segundo fontes locais, está sendo negado.
O russo Andrev Marshankin, diretor do projeto FGFA, disse para a imprensa local que Rússia e Índia chegaram a um entendimento sobre as especificações: um avião de combate de 30 toneladas baseado no Sukhoi T-50 PAK-FA.
A Força Aérea da Índia planeja adquirir em torno de cento e trinta FGFA, bem menos do que o plano inicial de 220 unidades.
Paralelamente a isso, os ministros da Defesa assinaram um acordo para compartilhar informações relativas à segurança de voo para aeronaves militares, especialmente para aqueles modelos de aviões de combate operados simultaneamente pelos dois países. Esse pacto era esperado há muito tempo pelas autoridades indianas, levando em consideração que para cada acidente ocorrido com aeronave de origem russa, os procedimentos burocráticos eram complexos no que diz respeito ao acesso às informações de consultoria junto aos fabricantes. Um caso recente de queda de avião de combate Sukhoi Su-30MKI da Força Aérea da Índia demandou a total paralização da frota pelo mesmo motivo.
Ivan Plavetz