A Thales confirmou que a francesa DCNS foi selecionada como a parceira internacional do Ministério da Defesa da Austrália para a renovação da sua frota de submarinos no âmbito do Programa SEA 1000, também conhecido como Programa de Submarino do Futuro.
O programa SEA 1000 é o maior projeto de aquisição na história do setor de defesa da Austrália, representando um investimento de cerca de € 34 bilhões.
Os novos submarinos substituirão os da Classe Collins em serviço na Real Marinha da Austrália, frota que deve começar a deixar o serviço ativo a partir de 2025. Os planos para substituir esses submarinos emergiram em 2007, sendo que os primeiros passos para definir o projeto foram dados em 2009. Após um longo processo internacional de avaliações no último dia 26 de abril o governo australiano divulgou sua decisão em favor da proposta francesa para construção de 12 unidades da versão convencional do submarino nuclear da Classe Barracuda, designada Shortfin Barracuda Block 1A.
O Shortfin Barracuda Block 1A mede 97 metros de comprimento e desloca 4.500 toneladas quando navegando na superfície. Sua propulsão convencional é diesel-elétrica.
Parte dos trabalhos de construção serão executados no estaleiro estatal australiano ASC Pty Ltd, anteriormente denominado Australian Submarine Corporation, cujas instalações estão localizadas em Osborne, Adelaide, sul da Austrália.
A Thales, principal acionista da DCNS (35%), junto com o Estado francês, além de ser a principal contratante de assuntos relacionados à defesa na Austrália, com uma força de trabalho local de mais de 3.200 funcionários, a empresa já fornece sensores acústicos (sonares) tanto para a DCNS quanto para a Marinha Real Australiana.
De submarinos até porta-aviões, as frotas de mais de 40 forças navais contam atualmente com soluções produzidas pela Thales. De acordo com a empresa, ela equipa mais de 140 submarinos convencionais e nucleares, em serviço, com 23 marinhas de guerra, incluindo a Marinha da França e a Marinha Real do Reino Unido.
Ivan Plavetz