Brasil e Estados Unidos discutem oportunidades de cooperação

O secretário-geral do Ministério da Defesa (MD), Joaquim Silva e Luna, se reuniu na última semana com a subsecretária de Estado para Controle de Armas e Assuntos de Segurança Internacional dos Estados Unidos, Rose Gottemoeller, para tratar de assuntos de cooperação na área de defesa.

Rose Gottemoeller afirmou que os Estados Unidos têm interesse em avançar com a agenda setorial e ressaltou que o valor de negócios em produtos de defesa girou em torno de US$ 1 bilhão, entre 2013 e 2014. “O Brasil é o nosso maior parceiro na América Latina”, declarou.

De acordo com a subsecretária norte-americana, os Estados Unidos desejam ampliar a parceria com a Embraer Defesa e Segurança(EDS) no desenvolvimento do Super Tucano. “É um ótimo avião, se encaixa em vários tipos de missões, e queremos expandir os mercados”. A subsecretária demonstrou interesse também em conhecer o cargueiro KC-390 e o Sistema de Monitoramento de Fronteiras (SISFRON).

O secretário Silva e Luna explicou que o Ministério da Defesa busca incentivar a base industrial de defesa por meio de legislações específicas como a Estratégia Nacional de Defesa (END) e outros documentos. “Criamos leis para que as empresas do setor se fortaleçam e possam integrar os grandes projetos de defesa”, ressaltou Silva e Luna.

O vice-chefe de Assuntos Internacionais do Ministério da Defesa, general-de-divisão Fernando Rodrigues Goulart, detalhou o SISFRON para a subsecretária norte-americana, explicando que a sua atuação vai além da defesa do território nacional, em um trabalho interagências de combate a crimes transfronteiriços e ambientais.

Silva e Luna afirmou que o Brasil tem intenção de colaborar em outras missões de manutenção de paz. (Imagem: Tereza Sobreira/MD)

A secretária de Produtos de Defesa, Perpétua Almeida, destacou na reunião que o País procura alternativas de financiamento para os projetos estratégicos de defesa. Perpétua disse que existe uma proposta, defendida pelo ministro Aldo Rebelo e em tramitação na Câmara dos Deputados, que estabelece para o setor de Defesa a aplicação de, no mínimo, 2% do Produto Interno Bruto (PIB).

Para Rose Gottemoeller, o papel do Brasil em missões de paz goza de grande reputação. Ela disse que gostaria de ampliar a conversa entre os dois países sobre como estender essa cooperação. A respeito deste tema, Silva e Luna afirmou que o Brasil tem intenção de colaborar em outras missões de manutenção de paz e convidou a representante do governo americano para conhecer o Centro Conjunto de Operações de Paz (CCOPAB), que possui cursos e exercícios regulares para o desempenho de militares em diversas atividades em operações de paz da ONU. A subsecretária estava acompanhada da embaixadora americana no Brasil, Liliana Ayalde, e demais membros do governo americano.

Ivan Plavetz

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