
No dia de hoje, 09 de outubro, unidades da Força Terrestre Componente (FTC) “Pedro Teixeira” participaram de um intenso exercício de tiro real com armas coletivas na Serra do Tucano, em Boa Vista (RR). A atividade integrou a Operação ATLAS e demonstrou, na prática, a prontidão operacional e o alto poder de dissuasão das tropas brasileiras em ambiente de selva.
O adestramento reuniu meios de apoio de fogo de sete organizações militares do Exército Brasileiro (EB), além da Força Aérea Brasileira (FAB), com o objetivo de capacitar a FTC em ações defensivas e ofensivas na região amazônica. A simulação teve como cenário a contenção de uma ameaça simulada e serviu para integrar os diferentes vetores de combate, em um esforço coordenado de grande envergadura.
A demonstração começou com o apoio aéreo aproximado, realizado por uma aeronave A-29 Super Tucano da FAB, que forneceu cobertura necessária à tropa em solo. Em seguida, viaturas blindadas Guarani, Guaicurus e Cascavel, pertencentes ao 18º Regimento de Cavalaria Mecanizado (18º RC Mec), abriram fogo com metralhadoras calibre 7,62mm, .50 BMG e canhão 90mm, neutralizando alvos em terreno hostil.



A Artilharia de campanha teve protagonismo com o 29° Grupo de Artilharia de Campanha Autopropulsado (29º GAC AP), o “Grupo Humaitá”, de Cruz Alta (RS), operando os obuseiros autopropulsados M109A5+BR, de 15 mm, capazes de alcançar até 30 km com munição assistida. Já o 1° Grupo de Artilharia de Campanha de Selva (1º GAC Sl), o “Regimento Floriano”, de Marabá (PA), e o 10° Grupo de Artilharia de Campanha de Selva (10º GAC Sl), o “Grupo General Manoel Theophilo Neto”, de Boa Vista (RR), empregaram obuseiros autorebocados OTO-Melara M56, de 105mm, para anular posições inimigas simuladas.
O 3º Regimento de Carros de Combate (3º RCC), de Ponta Grossa (PR), realizou o contra-ataque com os carros de combate Leopard 1A5BR, dotados de sistemas avançados de estabilização e imagem termal, capazes de engajar alvos a até 4 km, mesmo em movimento e com grande precisão.
Encerrando a ação, o 6º Grupo de Mísseis e Foguetes (6º GMF), de Formosa (GO), lançou uma barragem de foguetes do Sistema ASTROS contra um alvo estratégico. Com alcance de até 90,2 km por foguetes e 300 km com o Míssil Tático de Cruzeiro, o Sistema ASTROS reafirma a capacidade estratégica do Brasil de responder com vigor a ameaças em profundidade.


SINERGIA E PODER DE DISSUASÃO
O exercício foi um marco na preparação da Força Terrestre, ao agregar simultaneamente os vetores de maior poder de fogo e choque do EB em uma única operação. A sincronização entre meios aéreos e terrestres permitiu o emprego coordenado de capacidades letais em todos os níveis da manobra.
O exercício de tiro real representou o ápice das atividades desenvolvidas pela Força Terrestre no terreno durante a Operação ATLAS 2025, consolidando os esforços de adestramento conduzidos ao longo da operação. Ao integrar distintos meios de combate em um ambiente operacional desafiador, a atividade reafirmou a capacidade da Força Terrestre de atuar com efetividade, precisão e alto grau de coordenação, elevando o nível de prontidão das tropas e confirmando a robustez do preparo militar para o emprego do Exército Brasileiro em missões reais de combate.


Fonte: Centro de Comunicação Social do Exército
Fotos: ST Sionir