As ações dos serviços de segurança pública em tragédias climáticas são marcadas pelo amplo uso de guinchos para resgatar pessoas ilhadas, em locais de difícil acesso ou em situações de emergência.
Indispensável para as unidades policiais e de bombeiros que utilizam helicópteros nessas missões, o guincho é considerado um acessório adicional à aeronave. Muitas vezes, o custo de aquisição, somado ao elevado preço e à dificuldade de manutenção — geralmente contratada fora do país — inviabiliza sua compra em larga escala.
Uma solução apresentada no Encontro Nacional de Aviação de Segurança Pública (ENAVSEG 2025) — a maior reunião do gênero no país, realizada de 28 de setembro a 3 de outubro em Florianópolis (SC) e organizada pelo site Piloto Policial— vem da empresa norte-americana Ronin, representada no Brasil pela Rescue Life Service.
Pesando apenas 8,6 kg, o Ronin Titan Lift é compacto, com 29,8 cm de altura, 34,3 cm de profundidade e 19,4 cm de largura, compatível até com os espaços reduzidos das cabines de helicópteros leves e médios.
Em comparação, um guincho convencional pesa cerca de 48 kg, exige instalação no suporte externo, fica exposto às intempéries e gera arrasto aerodinâmico, afetando o desempenho e o consumo de combustível. Já o Titan Lift é instalado de forma prática em uma corda presa ao suporte de rapel ou fast rope somente quando necessário. Por dispensar adaptações na aeronave, pode ser utilizado em qualquer helicóptero da frota de segurança pública.
O Titan Lift funciona com bateria recarregável, oferecendo até quatro horas de autonomia contínua de trabalho, e suporta a mesma carga dos guinchos convencionais — até 272 kg. A velocidade de descida chega a 2 m/s e a de subida a 0,46 m/s. Diferente dos modelos tradicionais, cujo cabo é limitado a 90 metros, o Ronin pode operar com cordas de qualquer extensão, permitindo alcançar áreas de difícil acesso.
“A Ronin tem ampla experiência no fornecimento de sistemas de resgate e proteção à vida, e a Rescue Life Services está trazendo toda essa tecnologia para o Brasil e para a segurança pública. Contamos com assistência técnica nacional, outro diferencial em relação aos sistemas convencionais que precisam ser enviados ao exterior para reparos. Por fim, o custo de aquisição é um dos principais atrativos: R$ 98 mil, tornando-o acessível a diversos serviços”, explicou André de Sousa, diretor da Rescue Life Services.
