Chegou o primeiro sistema SeaSnake para as Tamandaré

No dia 24 de agosto, o Consórcio Águas Azuis, formado pela thyssenkrupp Marine Systems, Embraer Defesa & Segurança e Atech, recebeu o primeiro sistema de defesa SeaSnake 30, para ser instalado na fragata Tamandaré (F200).

Desenvolvido pela Rheinmetall, o SeaSnake 30 é uma moderna estação de armas remotamente controlada, naval, para defesa de curto alcance (“close-in weapon system” – CIWS), equipada com modernos sensores optrônicos, totalmente integrados ao sistema de comando e controle do navio, capazes de engajar múltiplos alvos, e armada com um canhão revolver KCE-30/ABM, de calibre 30x173mm, cadência de 1.100 tiros por minuto e capacidade de disparar munição de fragmentação programável (“air burst munition” – ABM), garantindo uma significativa vantagem tática na defesa contra ameaças aéreas e assimétricas contra o navio.

A Marinha do Brasil adquiriu quatro desses sistemas, um para cada Fragata Classe Tamandaré, e a instalação deste primeiro deverá começar ainda este mês.

A Tamandaré, que passou pelos primeiros testes de mar neste mês, deverá ter o SeaSnake 30 instalado em breve (Foto: Águas Azuis)

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Respostas de 20

  1. Boa notícia do programa Fragatas Classe Tamandaré. Boa tarde Paulo Bastos. Uma dúvida, são apenas essas 4 unidades? Não há sobressalentes para troca em caso de defeito ou de uma avaria?

    1. Cê tá sonhando alto, amigo kkkkkkk. Só o fato da MB ter adquirido a Sea Snake já é algo a ser comemorado, e muito, pois a ideia original era usa o Bofors 40 Mk4 como defesa de ponto.

      1. Cidadão, mas o Bofors é muito superior ao SeaSnake. O negócio é que os alemães quiseram vender pacote da indústria alemã e pressionaram a Marinha, que cedeu por causa da necessidade de novas fragatas aprestadas o quanto antes. Isso está em entrevista de oficial da própria Marinha.

        1. Não é o mais adequado para a defesa de ponto neste sentido. Ele é superior sendo usado como um canhão principal, para tiros diretos. O Sea Snake consegue fazer concentração massiva de disparos, coisa que o Bofors não faz, porque não foi projetado para tal.

      2. Eu comissionei essa embarcação. existem 3 pontos específicos que não aguentam 10 tiros de calibre 50.
        ela precisa mesmo ter armamento para destruir o inimigo antes dele atacar. Pois se sofrer um ataque a embarcação vai pro fundo do mar. Ainda mais devido ao problema das bombas de drenagem.

        1. Amigo, embarcação nenhuma aguenta disparo de calibre .50. A era dos couraçados já passou, ficou lá na segunda guerra! Não faz mais sentido hoje em dia você blindar esse tipo de embarcação, porque vai ser algo completamente inútil. Hoje, a proteção não é mais obtida com blindagem pesada, mas sim com defesa ativa, mobilidade e tecnologia eletrônica. Você vai aumentar o peso, o consumo de combustível, e no primeiro impacto de míssil vai tudo por água abaixo.

  2. Acredito que se o EB tivesse insistido na TORC30, com seu canhão e munições A M, hoje poderíamos até ter uma versão naval desse sistema.
    Dotando a MB com mais do que uma unidade por navio.

  3. Uma dúvida off-topic sobre as fragatas Tamandaré. Alguém saberia dizer se elas ficaram com esse convés em aço aparente pintado com essa base vermelha ou ainda vão receber algum tipo de revestimento anti-derrapante?

    1. ola, o convés de voo, tem uma tinta especialmente misturada para esse fim (pouso de aeronave), o restante, com certeza será pintado, só não deve ter sido ainda, pq não há a necessidade nesse momento. o vermelho eh a base para pintura final(zarcão).

    2. Não, ela será totalmente pintada de cinza. Está em vermelho ainda, porque ali provavelmente ainda irão mexer. Vale lembrar que a “construção” dela ainda não acabou, ela foi para mar simplesmente para fazer as provas de mais. Depois que tudo estive concluído, aí sim eles finalizam a pintura.

    1. Boa pergunta. A razão é menos técnica e mais pragmática. Os alemães pressionaram a Marinha a escolher sistemas alemães (os 2 são) e mais baratos, visando maior lucratividade (caso do SeaSnake, em relação ao Oerlikon). Ocorreu o mesmo com o radar (Hensoldt invés do desejado Artisan), sonar (ATLAS invés do já nacionalizado OMNISYS) e CIWS (SeaSnake invés de Bofors 40mm).

  4. Desculpem se pareço leigo em assuntos marítimos (o sou!)…mas, UM único sistema para cada fragata, em uma época de múltiplas ameaças (enxame de drones)?
    Não teriam que ser pelo menos dois, um a BB e outro a BE?
    Economia? Pensamento ainda pré II GM? ¿Qué pasa?

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