Exército aprova o inicio do projeto de fabricação do obuseiro de 105mm nacional

Foi publicada no Boletim do Exército de hoje, 13 de junho, a portaria nº 1.549-EME/C Ex, que aprova a diretriz de iniciação do projeto de fabricação nacional do obuseiro autorrebocado de 105mm.

Essa aprovação vai regular as medidas necessárias para a iniciação do projeto, a ser inserido no escopo do Subprograma Sistema de Artilharia de Campanha (SPrg SAC), visando à elaboração do estudo de viabilidade e dos documentos preparatórios para a reunião decisória, para a obtenção de novos obuseiros, de fabricação nacional, que deverão substituir os atualmente empregados nas brigadas de Infantaria motorizada, leve e de selva, com uma produção inicial de 100 unidades.

Os trabalhos de elaboração da documentação pela equipe deverão ser concluídos em 90 dias, contados após a data de entrada em vigor da portaria, podendo ser prorrogados por mais 30, mediante solicitação fundamentada do chefe da equipe.

Atualmente o Exército Brasileiro (EB), através da Diretoria de Fabricação (DF), discute a produção nacional, sob licença, do obuseiro autorebocavel de 105mm L119 Light Gun, da BAE Systems, porem outras empresas já demonstraram interesse em participar do projeto, como a francesa KNDS, com o LG1; a turca MKE, com o ATLTH Boran; e a chinesa NORINCO, com o AH2.

O projeto busca a transferência de tecnologia plena, pois as peças serão produzidas nos arsenais de guerra, com apoio da base industrial de defesa, desenvolvendo a autonomia tecnológica no segmento de sistemas de artilharia de campanha, dominando os processos críticos de engenharia, fabricação, montagem, testes e certificação.

COMPARTILHE

Respostas de 16

  1. ótima notícia. Melhor seria esquecer os modelos alto-rebocados e desse total preferência aos modelos sobre rodas de fácil acionamento e melhor condições de ” atira e desloca”, fins impedir detecção de posição e fogos de contra-baterias.

  2. muito boa notícia, os heroicos M101 veterano da 2 GM , guerra da Coreia, e Vietnã, cumpriram bem o seu dever, os obus L119, são perfeitos para está nova fase da artilharia leve, espero que eles não demorem para inserir um novo para os 155m que estão absurdamente obsoletos e o famoso M777 seria o substituto ideal.

  3. o obuseiro AR 105mm deve ter um custo bem menor que o AP, e com a tecnologia que existe hoje acredito ser possível melhorar alguns itens e estrutura do armamento como por exemplo peso, lunetas, recuo e distância. vejo o Brasil investindo em armamento bélico como caça gripen, que diante dos drones não sei até a onde vale a pena…

  4. servi no 31 GAC na vila militar no Rio de janeiro são armas de muita precisão e robustez atirei em exercícios porém estão defasados para combates modernos com armas com computadores muitos guerreiros da arma de artilharia vão ser perdidos

  5. Haroldo, só se sustenta o fogo com obuses e morteiros. Mísseis e foguetes são armas caras. Obuses (recebendo as devidas proteções anti-aéreas), são armas infalíveis!

    1. Não é mérito NENHUM do Governo “atual”, e sim SIMPLES COINCIDÊNCIA resultante de mais de 4 anos de levantamentos, avaliações e visitas técnicas do EB junto à Tropa, OMs de Artilharia, Comissões Internas e Fabricantes Internacionais.

  6. Desculpe a ignorância, mas o obuseiro não seria destinado às tropas de artilharia? Pergunto porque no texto se afirma que seria destinado à infantaria motorizada leve e de selva.

    1. Álvaro, no texto está escrito “brigadas de Infantaria motorizada, leve e de selva”, e não “tropas de infantaria motorizada leve e de selva”.
      Cada uma dessas brigadas tem um Grupo de Artilharia de Campanha (GAC).

  7. Isso é um passo pra fabricação de Torres de blindados, aprender a forjar ligas especiais pra produzir internamente diminuindo a dependência externa.
    Próximo passo criação de uma torre 105 mm para o Guarani 6×6

  8. a rtilheiro, fogo tá vindo do céus,?mísseis caçadores instalados e lançados docobertura dos prédios que frente,traseira,meio,lados,todos conectados com estradas da aviação militar e surpresas,tá bom,existem mais.

    1. Por dois motivos, operacionais e de capacidade de produção.
      Para algumas tropas do EB, como PQD, Aeromóvel e Selva, devido a nossa limitação de meios aéreos, é preferível um obuseiro mais leve.
      E, no caso da produção, optou-se por usar a mesma estratégia dos morteiros, ou seja, começa com o de 60mm, que é mais simples de produzir, e evolui depois para o 81 e 120mm. No caso dos obuseiros, a ideía é começar pelo 105mm para criar as capacidades de produção e, futuramente, partir para o desenvolvimento e produção de peças maiores.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *