Exército homologa o radar SENTIR M20

Foi publicada no Boletim do Exército de hoje, 30 de abril, a homologação do relatório de teste e avaliação nº 58/24, do protótipo do Radar SENTIR M20, desenvolvido pelo Centro Tecnológico do Exército (CTEx) e fabricado pela Embraer.

O SENTIR M20 é um radar de vigilância terrestre (RVT), portátil, capaz de detectar e acompanhar o deslocamento de alvos terrestres, como um homem rastejando até 1 km,  caminhando até 10 km e veículos a mais de 30 km, realizando a classificação automática e o rastreamento de até 100 alvos simultâneos em terra ou baixa altitude. Foi implementado para o Programa Estratégico do Exército (Prg EE) SISFRON, ele permite o acesso e controle remoto dos dados através dos centros de comando e controle.

O sistema é composto por um sensor radar SAR (“synthetic aperture radar”), bidimensional, de busca e vigilância de superfície, banda X, e seu console de operação, com aplicação fixa (torres ou mastros), móvel e transportável (portátil). Permite a criação de imagens de objetos e funciona através de ondas eletromagnéticas, sendo que ele mesmo gera e irradia energia para o ambiente externo quando capta uma parcela do que é retratado pelo alvo, sendo assim, classificado como um sensor ativo.

Atua em qualquer condição climática, pois, o comprimento da onda que gera é capaz de ultrapassar as nuvens, sendo assim, promissor em climas tropicais, características importantes se comparadas aos outros métodos de sensoriamento. Além disso, o radar possui um sistema para guerra eletrônica, onde consegue evitar ataques a sua programação.

O Radar SENTIR M20 como sentinela avançado. O sistema, desenvolvido com tecnologia nacional, é capaz de executar operações de vigilância, aquisição, classificação, localização, rastreamento e exibição gráfica automática de alvos em terra e água, tais como: indivíduos em solo, tropas, blindados, caminhões, helicópteros e embarcações (Foto: Embraer)

CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS

  • Modo de operação: Banda X;
  • Peso: 60 kg;
  • Alcance máximo: > 30 km para viatura pesada ou carro de combate, 20 km para viatura leve e helicóptero a baixa altura e 10 km para tropa a pé;
  • Rotação de varredura: 15 rpm;
  • Resolução de alcance: 3 a 48 m; e
  • Resolução de azimute: 4,8°.
Testes no CAEX (Foto: EB)

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Respostas de 7

  1. Ótima notícia! Tecnologia brasileira a serviço do Brasil
    Talvez seja cedo para perguntar, mas tem/terá produção seriada? Caso sim (tomara), alguma informação de como vão distribuir pelo país?

  2. Boa tarde. Paulo Bastos, qual será a doutrina de emprego desse radar? Ele poderá ser usado instalado em veículos da infantaria?

  3. Quando visitei a SAVIS , subsidiaria da Embraer Defesa e Segurança, em Campinas, vi este radar em testes de bancada, em 2013. A primeira fase do Sisfron estava licitada e a SAVIS era a main contractor

  4. Muito interessante! Nunca ouvi falar sobre nada do tipo, até hoje. Outros exércitos do mundo usam algo similar? Se sim, quais são os modelos existentes no mercado?

  5. Nossa!
    Depois de anos já em uso, algumas unidades compradas, porquê só agora?
    Acho que o EB, deveria investir numa versão móvel deste radar.
    Quem sabe sob a plataforma LMV ou Guará 4WS, Guarani etc.
    Com o link BR2 integrado, o radar pode fornecer informações para outras plataformas.
    Uma Guerra centrada em redes nacional.

  6. É um radar de vigilância, conforme discrição, desta feita as Unidades que tem a missão de realizar as operações de vigilância devem ser as mais aptas.

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