Sete meses após a assinatura do contrato de compra referente a 24 aviões de combate Rafale da Dassault Aviation, o governo do Catar cumpriu o primeiro evento financeiro pagando a parcela inicial correspondente à parte do montante financeiro total do negócio, avaliado em US$ 7 bilhões. O repasse da parcela confirma o compromisso de compra e venda.
Eric Trapier, presidente da Dassault Aviation, disse que, considerando as demandas geradas pelo contexto geopolítico no qual o Catar está inserido, o país do Golfo Pérsico optou em se beneficiar das qualidades do Rafale da mesma forma como aconteceu nos últimos 40 anos através da aquisição de jatos Alpha Jet, Mirage F1 e Mirage 2000.
Após longo período formulando ofertas e desenvolvendo intensas negociações junto a potenciais clientes internacionais, em fevereiro deste ano o Egito tornou-se o primeiro cliente de exportação da Dassault para o caça francês, também adquirindo 24 unidades. Os três primeiros foram entregues em julho, a tempo de participarem das comemorações referentes à inauguração das obras de expansão do Canal de Suez.
As negociações com a Índia para fornecimento de 36 unidades passam por impasses notadamente em termos de offset (contrapartidas) comerciais e industriais. Vale lembrar que o Rafale foi declarado vencedor da bilionária concorrência MMRCA (Medium Multi-Role Combat Aircraft), que tinha por objetivo adquirir 126 novos aviões de combate para a Força Aérea da Índia. Porém, o governo de Nova Delhi cancelou a competição em julho.
Já extensivamente provado em combate, Rafales da Armée de L’Air (Força Aérea da França) participam ativamente das operações militares contra o grupo terrorista Estado Islâmico bombardeando posições dessa facção estabelecidas na Síria. Na última terça-feira (15), o Ministério da Defesa da França anunciou que, pela primeira vez, caças Rafale lançaram mísseis de cruzeiro Scalp da MBDA durante operações reais. A missão foi realizada contra posições terroristas no Iraque.
Ivan Plavetz