O Esquadrão Puma (3°/8° GAv), unidade da Força Aérea Brasileira (FAB) localizada no Rio de Janeiro (RJ), se despediu na última sexta-feira (27) dos seus helicópteros H-34 Super Puma.
Com capacidade para 27 tripulantes e cerca de quatro toneladas de carga útil, o H-34 ficou por 29 anos em operação nessa unidade aérea, onde cumpriu mais de 48 mil horas de voo em diversas missões. Entre elas, o transporte dos papas Bento XVI e Francisco, de comitivas presidenciais, de pessoas desabrigadas e evacuações aeromédicas. Mais recentemente, no último mês de novembro, a aeronave ajudou a combater o incêndio que assolou a região da Chapada Diamantina, na Bahia.
“O H-34 é um helicóptero de porte médio, o que possibilita grande capacidade de transporte de carga e de pessoas. E isso facilita o emprego do helicóptero em um País grande como é o nosso. Isso é um diferencial que a aeronave tem” destacou o major Cursi, piloto que possui mais de 2.500 horas de voo no H-34.
Nova aeronave
O esquadrão está substituindo a antiga aeronave pelo helicóptero H-36 Caracal. Mais moderno, o H-36 Caracal tem o diferencial de cumprir também à noite as mesmas missões do H-34. O helicóptero possui, ainda, um sistema automático de controle de voo, o que confere mais possibilidades para a aeronave, como facilidade de navegação durante mau tempo.
Segundo o comandante do Esquadrão, tenente-coronel Eduardo Barrios, a periodicidade de manutenção da nova aeronave é mais espaçada, o que permite maior disponibilidade do H-36. “Com isso, o H-36 está mais tempo disponível para atender a nossa sociedade em qualquer momento de calamidade pública ou de um acidente aéreo. Então, nós temos mais capacidade de oferecer pronta-resposta”, ressaltou o militar.
Treinamento
Pilotos e mantenedores vêm passando por treinamentos nos último dois anos para realizar transição para a nova aeronave. Os exercícios ocorrem em Belém (PA), onde está localizado o Esquadrão Falcão (que também opera o H-36 Caracal), na sede da Helibrás (fabricante da aeronave) localizada em Itajubá (MG), em Brasília (DF) e também no Rio de Janeiro.
No curso, o tenente Ramatis Garcia aprendeu a parte teórica e prática do novo helicóptero. “Assim nós temos uma noção maior do que vai acontecer nessa nova fase. E em pouco tempo, todo o esquadrão vai estar operacional para conseguir fazer, por exemplo, uma missão noturna de resgate em alto mar”, destacou o oficial-aviador.
Ivan Plavetz