Santiago Rivas (*)
Na manhã de hoje, 16 de abril, foi finalmente assinado o contrato de aquisição das 24 aeronaves Lockheed Martin F-16A/B MLU Fighting Falcon entre os governos da Argentina e Dinamarca.
O contrato, assinado pelo Ministro da Defesa da Argentina, Luis Petri, e pelo chefe do Estado-Maior General da Força Aérea Argentina (FAA), major-brigadeiro Fernando Mengo, e significa a maior recuperação das capacidades da força em mais de 50 anos, não apenas pelo tipo de material incluído, mas devido à mudança doutrinária e às capacidades que a incorporação do F-16 permite, como a possibilidade de combate aéreo além do alcance visual, o uso de armas guiadas ar-superfície e significativas capacidades de guerra eletrônica e reconhecimento.
O contrato inclui a compra de 24 exemplares Block 15, além de um Block 10 para treinamento de pessoal de terra, peças sobressalentes, sistemas associados, pods de reconhecimento e designação de alvos e armas para treinamento, incluindo mísseis AIM-9X Sidewinder e AIM-120D AMRAAM. A assinatura de um segundo contrato, desta vez com os Estados Unidos, está prevista para 2024, para um lote de armas ar-ar e ar-superfície.
Os aviões começarão a chegar à Argentina a partir de 2025 e equiparão inicialmente a VI Brigada Aérea de Tandil, enquanto no segundo semestre equiparão uma unidade ainda a ser definida, embora mais provavelmente a V Brigada Aérea, em substituição aos McDonnells Douglas A-4AR.
É importante destacar o enorme trabalho realizado por oficiais e suboficiais da FAA que durante anos realizaram um processo seletivo altamente profissional e eficiente, determinando finalmente que a oferta do F-16 dinamarquês era superior ao outros.
(*) Santiago Rivas é jornalista e fotógrafo argentino, especializado em defesa, editor da revista Pucará Defensa e colaborador de Tecnologia & Defesa na Argentina
Respostas de 8
Acredito que pode ter um erro na matéria.
Parece que o AIM 120 D não e compatível F 16 Alfa MLU.
Bom dia, Juarez.
O block 15 MLU 5.2R é compatível até com AIM-120 C7 e AIM-9X. Só resta saber mesmo se os caças dinamarqueses foram atualizados até esta sub variante.
Os F16 argentinos são os AB Block 15 MLU Tape 6.5, a última atualização européia, e podem portar o AIM120D, embora parrça estranho, já que o radar nao tem desempenho equivalente. Em termos de capacidades, são equivalentes ao F16 CD Block 50. Perde no radar e na estrutura. Porém, os F16 “AR” possuem pintura antiradar igual a do F35, o reduz o RCS e compensa.
Obrigado Luciano, não tinha ainda informação sobre o tape do MLU vendido aos Argies.
Acredito até para não melindrar os Ingleses, devem entregar o C 5.
Cara…eu acho que mesmo com o C7 os ingleses não se incomodam. Basta substituir os 4 Eurofighter T1 que estão nas Malvinas, por 6 Eurofighter T3 com o Meteor, e acaba o assunto. Não precisa um baita investimento. Os argentinos meteram “o loco” também, e exigiram algumas coisas. Os Yanks pesaram tudo, e acharam melhor entregar o que queriam, para os chineses não levarem.
o chefe do estado maior disse que os caças vão voar pela Dinamarca ainda até a entrega completa dos f35, resta saber se as entregas dos F35 vão atrasar ou não, por que se atrasarem sabe se lá quando começarão a chegar na Argentina.
Brow, os caras assinaram um contrato. Não tem essa de “não vamos entregar porque deu problema”, isso já foi amplamente discutido. Vão entregar 6 aviões por ano até 2028. Acho difícil que voem pela Dinamarca. Ficarão preservados, antes de serem enviados.
Bom se vc sabe mais que o chefe do estado maior da Argentina quem sou pra discordar.