Exército recupera protótipo do Osório

No início de fevereiro, o Parque Regional de Manutenção/5 (Pq R Mnt/5), localizado em Curitiba (PR),  recebeu a visita dos engenheiros Luiz Carlos Miglorancia e Riccardo Furlan, ex-funcionários da extinta ENGESA, empresa responsável pelo desenvolvimento do carro de combate EE-T1 Osório, com objetivo da troca de experiências com os militares envolvidos no projeto de manutenção da viatura histórica.

Os engenheiros foram recebidos pelo diretor do Parque 5, tenente-coronel Carlos Adriano Alves de Toledo, que os informou sobre o andamento do projeto de manutenção do protótipo, um dos dois únicos disponíveis no Brasil. Na sequência, participaram de uma videoconferência com o PqRMnt/3.

A previsão para a conclusão do projeto é abril de 2024.

 

EE-T1 Osório

O blindado EE-T1 Osório foi um tanque principal de bataha  (“main battle tank” – MBT) desenvolvido nos anos 80 pela extinta empresa brasileira Engenheiros Especializados S.A. (ENGESA).

Este protótipo, o P.1, está equipado com um canhão raiado L7A3, de 105mm e 52 calibres, e um sofisticado sistema de mira, com sua blindagem sendo capaz de resistir a projéteis de artilharia de diversos calibres. Além disso, era ágil e possuía uma boa relação peso potência, o que lhe conferia alta mobilidade em terrenos difíceis. Tudo isso, contribuindo para que esse veículo se destacar entre os melhores do mundo no período em que foi desenvolvido.

 

Fonte: Comando da 5ª Região Militar
Fotos: soldados Biron e Garcia

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Respostas de 16

  1. Excelente existir um exemplar desta máquina com preservação impecável para nossa memória…por acaso existe algum modelo do Tamoio , preservado ou não, para exposição?
    Forte abraço a redação.

    1. Pelo que me consta, o primeiro protótipo está preservado no CTEx, no Rio de Janeiro (RJ), o Segundo no Centro de Instrução de Blindados, de Santa Maria (RS), e o terceiro, feito para exportação e equipado com um canhão de 105mm, está nas mão e um colecionador particular, em Jundiaí (SP), mantido em condições de rodagem e participando de encontros de viaturas militares.

      1. Se o Estado Brasileiro tivesse atuado junto ao Projeto da Engesa, sendo Acionista e feito Captação de Recursos. Parte pelo Estado e parte pela Iniciativa Privada, o Projeto iria adiante. Nos Municípios de Jandira ( ex-Sede Administração Municipal ), funcionava uma Unidade da Engesa; assim como no Município de Barueri ( Bairro Tamboré ) havia uma outra Unidade ( Projetos. Acredito eu. ). Mas o desinteresse e o Lobby Internacional falou + Alto.

    2. Uma pena que nossa indústria de defesa siga o modelo do lucro e não da sua importância para defesa de nossas riquezas e nossa soberania. Este é um assunto que não pode ficar nas mãos do mercado e sim do Estado. Não temos mais produção naval, não temos mais a Engesa, compramos material de segunda mão de quem nos olha com interesse predatório.

  2. Eu trabalhei na Engesa, vi este projeto ser feito de madeira participei deste projeto, pra mim vai ser uns do maior orgulho ver este tanque ser fabricado, na época já era o melhor tanque do mundo foi uma pena o governo não apoiar, trabalhei na Engesa nos anos 80.

      1. ele nunca foi pensado para o EB foi projetado pra concorrência saudita. o grande erro foi achar que a escolha levaria em consideração apenas critérios técnicos , quando sabemos que o faltor político é o mais importante, não deu outra os EUA ganharam

        1. Pois é, se não era para o EB não havia muito prq o governo apoiar…

          Eu duvido que qualquer um da equipe da alta gerência da Engesa acreditava que seriam considerados apenas critérios técnicos. Isso nunca aconteceu em nenhuma compra militar no mundo e eles não seriam ingênuos a este ponto.

          A invasão iraquiana do Kuwait em agosto de 1990 e a proximidade brasileira com o regime iraquiano foram a última pá de cal. Em novembro de 1990 os sauditas anunciaram a compra do M1A2 – já mais avançado que o M1A1 que participou dos testes contra o Osório.

  3. O Osório foi uma iniciativa particular da Engesa.
    Ao contrário, o Tamoyo foi desenvolvido pela Bernardini em parceria com o EB, que inclusive bancou parte dos gastos.
    Havia a perspectiva da produção inicial de 50 unidades, de uma produção final de 500 blindados.
    Como se sabe, tudo ficou somente nos protótipos. Mas o estranho é que na época (1984) o Ministério do Exército vetou a exportação de 48 carros para o exército do Equador, apesar do Ministério das Relações Exteriores ter aprovado.

    1. aí tava certo né. na época toda América latinha era instável politicamente. aí mandar um projeto desse no estado da arte para um ” possível adversário ” é demais.

  4. já diregi um determinado carro igual a este também sobre lagarta que era o cclm41 quer dizer. carro de combate leve modelo 1941. porque eu tenho orgulho deste carro. eu servi no terceiro regimento de carro de combate por 6 anos e meio e pedi meu desligamento do exército brasileiro. conheço ele au fundo , canhão 76 ml e o peso dele era de 24 toneladas, bebia de gasolina azul 572litros e oléo do motor 20 litros de óleo 20 e mais 18 litros de óleo 10 do gerador de de partida do motor e tn mais 4 baterias de 24 wolti cada uma velocidade máxima 60 RPM quer dizer rotação por minuto e fora a fantasma. acima de 60 RPM não tinha embreagem só freio e embreagem não tinha volante era macho e ainda ten mais coisa para falar visão noturna quando está en combate e aí vai. agradeço a vocês por ter me dado esta oportunidade de falar sobre este carro tão potente e forte supera qualquer inimigo que estiver a frente.

  5. O maior erro do Tanque Osório foi a tecnologia que era de 5 países. Tecnologia bélica tem que ser 100% nacional ou um contrato de transferência de tecnologia que o autor(fabricante) pode exportar. Na época o Iraque e Árabe Saudita queriam comprar uma frota mas os americanos disseram que tinha tecnologia americano. Tinha tecnologia da Alemanha, França, Inglaterra, Espanha e Itália. Esse foi o problema. Sou inventor e ofereci um projeto Bélico Blindado 8X8., mas o Ministério da Defesa só queriam saber do segredo. No Brasil você tem que agradar um e outro. Moral da história. Não temos força naval, área e terrestre.

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