A Operação Ágata 10, que terminou na semana passada, destacou-se pelo número de madeira ilegal apreendida; o total alcançou 5.598,384 m³. Esta edição aconteceu simultaneamente nas áreas dos comandos militares da Amazônia e do Norte e contou com o emprego de mais de nove mil militares da Marinha, do Exército e da Aeronáutica. Em alguns momentos, o efetivo chegou a 10 mil pessoas. Além disso, participaram cerca de 420 profissionais de agências e demais órgãos governamentais.
Os dados finais da Ágata 10 foram apresentados em videoconferência realizada no Ministério da Defesa (MD), transmitida aos comandos envolvidos. Na ocasião, o chefe de Operações Conjuntas do MD, almirante-de-esquadra Ademir Sobrinho, parabenizou a todos pelo sucesso da atividade. “Percebo que a interoperabilidade é cada vez maior e já se tornou algo natural”, acrescentou.
O almirante ressaltou a importância das ações cívico-sociais (ACISOS) realizadas ao longo de oito dias de operação. “Nesta edição, pela primeira vez disponibilizamos diversas especialidades médicas e odontológicas às populações de locais isolados”, salientou.
De acordo com os dados consolidados, foram 5.456 atendimentos médicos, 3.748 odontológicos, 17.610 procedimentos variados de prevenção de saúde (como aferição de pressão, exame de diabetes, vacinação, entre outros) e 21.361 medicamentos distribuídos.
A população beneficiada contou com consultas nas áreas de ortopedia, otorrinolaringologia, dermatologia, oftalmologia, ginecologia, pediatria e clínica geral, além de exames laboratoriais, radiografia, ultrassonografia, mamografia e odontopediatria, dentística e periodontia.
Também houve a realização de 14.908 atividades sociais e culturais, entre elas, assistência jurídica e emissão de documentos, barbearia, corte de cabelo, recreação, brinquedoteca e palestras. “ACISOS servem para isso, para atender às comunidades mais carentes”, afirmou o almirante Ademir.
Mais resultados
No que diz respeito às aeronaves empregadas na missão, elas transportaram 792 passageiros e 54.602 quilos de carga. Foram destacadas a baixa quantidade de avarias e nenhum acidente de pessoal, o elevado emprego logístico dos meios militares brasileiros, ações realizadas de forma simultânea com as Forças da Guiana Francesa e a eficácia das inspeções.
Houve 5.189 inspeções de embarcações, que ocasionaram na notificação de 782 veículos dessa natureza e 173 embarcações apreendidas. Sobre vistorias, foram 5.605 em motos, 11.331 em veículos leves, 1.105 em caminhões, 297 em ônibus e vans e 11.995 pedestres e bicicletas revistados.
A Ágata 10 resultou, ainda, na apreensão de 11.344 Kg de pescado. As patrulhas terrestres totalizaram 553, as navais e fluviais 374 e as de reconhecimento aéreo 44. Foram apreendidos, também, 69,387 Kg de drogas como maconha, cocaína e outras.
Sobre a Operação
A Operação Ágata é de responsabilidade do Ministério da Defesa, sob coordenação do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas (EMCFA), junto com a Marinha, o Exército e a Aeronáutica. A Ágata foi instituída por decreto da presidente Dilma Rousseff, em 2011, no âmbito do Plano Estratégico de Fronteira (PEF).
Ivan Plavetz