No inicio da tarde de hoje, 12 de abril, foi assinado o acordo de atualização tecnológica de oito sistemas de armas remotamente controlados (SARC) UT30BR para a versão UT30BR2, entre a empresa brasileira ARES Aeroespacial e Defesa e a Diretoria de Fabricação (DF) do Exército Brasileiro (EB). O contrato se refere a dois protótipos e seis de série, acompanhamento técnico nos testes, treinamento de operação e manutenção e garantia técnica por dois anos.
O SARC UT30BR, que foi recentemente adotada pelo EB, é uma “torreta não tripulada” (“unmanned turret”), desenvolvida pela empresa israelense Elbit Systems e equipada com um canhão automático Mk44 Bushmaster II, de 30×173 mm, uma metralhadora coaxial 7,62×51 mm e lançador de granadas fumígenas de 76 mm. O canhão possui funcionamento elétrico, tipo “chain gun”, no qual o conjunto ferrolho movimenta-se ciclicamente, sem a necessidade da utilização dos gases oriundos dos disparos, o que proporciona um índice muito baixo de incidentes de tiro, além de fácil manutenção e é utilizada por Eslováquia, Bélgica e Portugal. No Brasil, equipa as viaturas blindadas de transporte de pessoal (VBTP) 6X6 Guarani e tem a função de garantir o apoio de fogo para a tropa.
A versão UT30BR2 é a atualização de seus sistemas mecânicos e modernização dos seus optrônicos, colocando-a no mesmo patamar das versões mais modernas. Por se tratar de um sistema entregue a cerca de dez anos, e principalmente nas rápidas evoluções nas áreas de eletrônica embarcada e sistemas computacionais, principalmente na aplicação de “inteligência artificial”, a logística para mantê-los fica muito mais complexa (e onerosa), justificando as substituições destes componentes, e isso ainda resulta em um enorme ganho operacional devido à modernidade e evolução tecnológica destes.
O contrato foi assinado pelo general de divisão Tales Eduardo Areco Villela, diretor de fabricação do Exército, e Frederico Medella, diretor comercial e marketing da ARES, no estande da empresa ARES na LAAD 2023.
O general Tales Villela disse que “Como temos trabalhado intensamente e de forma sistêmica, nós, EB e a empresa Ares, esperamos o sucesso desse programa e que ele atenda totalmente aos requisitos da Força Terrestre”.
O EB adquiriu 13 SARC UT30BR em dois contratos (em 2008 e 2012), dos quais cinco já foram revitalizadas pelo Arsenal de Guerra do Rio (AGR) e, além das oito contratas hoje, espera-se a aquisição de mais um lote de 26 unidades para completar a demanda inicial de 39 sistemas integrados as VBTP 6X6 Guarani. Também existe a expectativa que o contrato de desenvolvimento do chamado “Kit antidrone” seja assinado ainda este ano.
Veja mais informações da LAAD 2023 no Daily Show News:
- Em português: https://online.fliphtml5.com/gokgl/fzot/
- Em inglês: https://online.fliphtml5.com/gokgl/hpyp/
- Em espanhol: https://online.fliphtml5.com/gokgl/rzpt/
Veja também
UT30BR renova seu valor no Exército
O SARC UT30BR NÃO FOI REPROVADO PELO EB, veja o que de fato ocorreu
Respostas de 6
A conta gotas! assim fica difícil
Essa UT30BR2 é a UT30MK2 ?
Não, é a atualização da UT30BR.
Os trabalhos realizados pelo AGR nas 5 primeiras unidades é o mesmo que foi contratado agora com a ARES para as 8 restantes? As 13 unidades ficarão idênticas?
Paulo, como é (ou será) a distribuição dessas 13 Vtr nos batalhões mecanizados? Está sendo num pelotão de apoio de fogo com 4 Vtr cada para cada companhia do Btl? E a 13° viatura? Nesse caso 39 vtr seria para mobiliar os 3 BIMec da 15a brigada, correto? Obrigado desde já.
Não consigo entender a opção por essa torre Frankstein, tendo a UT30 MK2 pronta no mercado e da mesma fabricante, já com ABM sem gambi de kit, com um perfil muito mais baixo que permite aerotransporte e testada em combate, e que a mesma ARES fabrica, tanto que entregou 26 fabricadas aqui lá pra Indonésia… O lance pelo visto é complicar.