Gripen entra em operação na Força Aérea Brasileira

Caças F-39 Gripen são incorporados ao Primeiro Grupo de Defesa Aérea na Base Aérea de Anápolis

A Força Aérea Brasileira (FAB) realizou nesta segunda-feira (19/12), na Base Aérea de Anápolis (BAAN), uma cerimônia que marca o início das atividades operacionais dos caças F-39 Gripen (também conhecidos como Gripen E) pelo Primeiro Grupo de Defesa Aérea (1º GDA).

“O início das atividades operacionais do Gripen pela Força Aérea Brasileira (FAB) é um dia extremamente importante, não só porque marca o início de uma nova era operacional para a FAB, mas também porque é o resultado de anos de muito trabalho em conjunto com a Força Aérea e com nossos parceiros industriais brasileiros Embraer, AEL Sistemas, Akaer, Atech e nossas próprias subsidiárias no Brasil” disse Micael Johansson, o presidente e CEO da Saab.

No evento, dois caças Gripen fizeram um voo de apresentação conduzidos pelos pilotos da FAB Tenente Coronel Gustavo Pascotto, comandante do 1º GDA, e Tenente Coronel Ramon Lincoln Santos Fórneas. Os pilotos brasileiros realizaram o treinamento do Gripen E na Suécia e contaram com dois simuladores de voo, que estão instalados na Base Aérea de Anápolis, para a preparação do voo de hoje.

Pouso F-39 Gripen FAB 4103

A entrada em operação ocorre após a fase de ensaios em voo no Brasil, conduzidas no Centro de Ensaios em Voo do Gripen (GFTC), localizada na planta da Embraer, em Gavião Peixoto, desde setembro de 2020, com a chegada da aeronave de testes no país.

Em novembro, a Saab obteve a certificação necessária para o uso militar do Gripen E, que atesta que a aeronave cumpriu todos os requisitos de aeronavegabilidade e segurança de voo estabelecidos pelas autoridades militares suecas e brasileiras, representadas pela Inspetoria de Segurança da Aviação Militar Sueca (FLYGI) e pelo Instituto de Fomento e Coordenação Industrial (IFI) no Brasil. A certificação conjunta reflete a sinergia obtida através da cooperação técnica entre as duas autoridades, sendo um passo importante antes que o Gripen iniciasse suas atividades operacionais na FAB.

“O Brasil tem agora um dos caças mais avançados do mundo. Além disso, o Programa Gripen traz consigo o mais extenso programa de transferência de tecnologia em andamento no Brasil e é, definitivamente, o maior já feito por qualquer empresa sueca. Ele traz para a indústria de defesa brasileira o conhecimento para desenvolver, produzir, testar e manter um avançado caça supersônico. Estamos muito orgulhosos em sermos um parceiro estratégico do Brasil”, concluiu Johansson.

Pilotos operacionais da FAB pousam em Anápolis

O Programa Gripen  

A parceria entre a Saab e o Brasil começou em 2014, com um contrato para o desenvolvimento e produção de 36 aeronaves Gripen E/F para a Força Aérea Brasileira, incluindo sistemas, suporte e equipamentos. Um amplo programa de transferência de tecnologia, que está sendo executado em um período de dez anos, está impulsionando o desenvolvimento da indústria aeronáutica local por meio das empresas parceiras que participam do programa Gripen brasileiro.

No decorrer desse período, mais de 350 técnicos e engenheiros brasileiros estão participando de treinamentos teóricos e práticos, na Suécia, para adquirirem o conhecimento necessário para a execução das mesmas tarefas no Brasil.

Entrega da declaração Tática do F-39 Gripen

Fonte: Saab do Brasil

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Respostas de 11

    1. O 4102 já está em Anápolis. Estava em exposição estática dentro do hangar, ontem. O 4101 está na Embraer, mas irá para Anápolis em breve.

  1. Boa tarde!
    Esses caças estão homologados para usar qual tipo de armamento?
    Acredito que apenas a arena ar-ar está operacional.
    Agradeceria se alguém pudesse completar meu comentário se souber de algo mais.
    Abraço a todos!

  2. O rastreador de infravermelho na frente do cockipt, está auxente nestas aeronaves ou vão ser instaladas depois…
    Eu sou meio leigo, mas “mais de 350 engenheiros e tecnicos”, e as grandes empresas aeronáuticas do país, pergunto “porque se demora tanto p produzir, construir esses caças”…
    A Fab precisa também de caças médios e pesados no seu acervo, p estar preparadas p quaisquer desafios aéreos.
    Pergunto também, porque os países do Brics não se ajuntam e fabricam em parcerias caças furtivos e também helicopteros de vários tamanhos e funções, qual é o maior enigma p ser construir um helicóptero no Brasil, já q tem muitos engenheiros, “na praça ou mercado de trabalho”…, abraços.

  3. “…qual é o maior enigma p ser construir um helicóptero no Brasil…”

    O maior “enigma” é ter vontade política, dinheiro e demanda. Construir uma nova aeronave exige grande aporte de dinheiro. Esse custo precisa ser diluído na quantidade produzida. O Brasil tem demanda para um helicóptero de uso militar que torne seu custo/benefício viável? E sua manutenção por toda vida útil?

  4. Bom dia!
    Ontem assisti uma live de um comentarista de assuntos de defesa sobre o sensor de infravermelho do Gripen.Ele ouviu de oficiais da fab ligados a implantação do Gripen:
    “ o sensor é uma lente cara que não precisa estar instalada na aeronave sempre..”
    Então a palavra final acho que é da nossa força aérea.
    O cuidado do espaço aéreo é uma soma de sensores embarcados e terrestres.
    O Gripen seria a bala de prata a ser usado para ameaças maiores que papas tango que um super tucano da conta como mostram os posts de aeronaves abatidas.
    Os amigos fiquem a vontade para melhorar meus comentários.
    Abraço a todos!

  5. Boa tarde:
    Se entrarmos na internet e pesquisar sobre o Gripen,a maioria das imagens o sensor não aparece nos caças, numa fotografia que a Suécia participou da Red Flag o sensor de num primeiro momento não estava nas aeronaves participantes, não sei se foram instalados durante a manobra.
    Então não é um equipamento organico a aeronave.
    Se alguém souber de mais algum detalhe peço para complementar meu post.
    Obrigado!

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