Com foco em treinar as antiaéreas do país em cenário de guerra simulada, diversas frações de artilharia antiaérea foram empregadas no treinamento, em terrenos das cidades de Santana da Boa Vista e Caçapava do Sul, no Rio Grande do Sul (RS).
Por Agência Força Aérea
Durante a realização do Exercício Conjunto (EXCON) Escudo-Tínia 2022, que a Força Aérea Brasileira (FAB) realiza no Rio Grande do Sul (RS) desde o dia 7 de novembro, aconteceu o treinamento da missão de Defesa Antiaérea. O adestramento envolve aeronaves e mísseis para defesa de pontos e zonas sensíveis de superfície, de forças terrestres ou navais, interdição de um espaço aéreo condicionado ou em zona de combate. A Defesa Antiaérea também é importante na estratégia de defesa de um país. Tal sistema exige total integração com variados sistemas de comando e controle e o adestramento constante devido às suas peculiaridades e complexidade.
Sua operação deve ser possível durante o dia ou a noite, em atmosfera limpa ou nublada. Nesse cenário criado pela FAB, em que atuam em conjunto a Marinha do Brasil (MB) e o Exército Brasileiro (EB), foram coordenadas as Ações de Defesa Antiaérea, Supressão de Defesa Antiaérea Inimiga e Vigilância e Controle do Espaço Aéreo.
Com o foco em treinar as antiaéreas do país em cenário de guerra simulada, diversas frações de artilharia antiaérea foram empregadas no treinamento, em terrenos das cidades de Santana da Boa Vista e Caçapava do Sul (RS).
Atuação estratégica
O Comandante do Primeiro Grupo de Defesa Antiaérea (1º GDAAE) da FAB, tenente-coronel de Infantaria Leonardo Schiller Cechin, contou como ocorreu a atuação das Forças Armadas. “A participação das Forças em Santana da Boa Vista ocorreu em conjunto entre Marinha e Força Aérea. Então, há uma grande interoperabilidade entre os militares da MB e FAB que foram treinados nessa fase do exercício para poder colher bons frutos em relação à atividade de Defesa Antiaérea contra aeronaves que realizaram incursões na região. Com isso, foi possível fazer uma troca doutrinária entre as Forças, além de troca com as nossas Unidades Aéreas que estão empregando e recolhendo frutos para uma próxima missão”, concluiu.
O comandante do Terceiro Grupo de Defesa Antiaérea (3° GDAAE), tenente-coronel de Infantaria Leonardo dos Santos Vieira falou sobre a missão de defesa na guerra simulada. “Durante o exercício, pudemos simular todo o emprego que seria feito na guerra real, com exceção do lançamento do míssil antiaéreo, desde a detecção da ameaça por nossos sensores, sejam radares ou pontos de vigilância com militares do nosso efetivo. Passamos por toda a cadeia de comando e controle, a começar pela designação se o engajamento será pela Defesa Aérea ou Antiaérea. Uma vez que a ameaça é definida para a Defesa Antiaérea é designada uma unidade de tiro na posição, na ponta da linha, onde o Comandante e um atirador executam o procedimento para realizar o lançamento do míssil e neutralizar aquela ameaça”, explicou.
Apoio necessário
Nos céus, as aeronaves com suas operacionalidades; em solo, as Unidades de Intendência organizam e preparam o terreno, como o fornecimento e a instalação de energia elétrica, saneamento básico, água e manutenção de equipamentos. Essas são algumas das atividades de apoio necessárias para que os militares possam estar em condições de realizar suas atividades com conforto e qualidade.
O comandante do Escalão Móvel de Apoio (EMA), major Intendente Rafael Freitas de Lima, da Primeira Brigada de Defesa Antiaérea (1ª BDAAE), fala sobre as funções logísticas e o bem-estar da tropa. “Acreditamos que um apoio de qualidade, baseado em conforto, assim como uma alimentação diferenciada, resultará em uma maior produtividade do apoiado, minimizando estresse em combate e, consequentemente, aumentando seu desempenho”, concluiu.
Texto: tenente Wanessa Liz / Agência Força Aérea
Fotos: sargento Müller Marin/ CECOMSAER e Exército Brasileiro (EB)
Vídeo: sargento Neris / CECOMSAER