No dia 17 de agosto, o Comando de Operações Terrestres (COTER) realizou, no estande de tiro General Darcy Lázaro, localizado no setor militar urbano de Brasília (DF), testes do sistema de controle de tiro SMASH 3000, da empresa israelense Smart Shooter, acoplado ao fuzil IA2 5,56×45 mm, com a presença de oficiais do Estado-Maior do Exército (EME) e integrantes do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República (GSI).
O sistema SMASH é um sistema de controle de tiro e disparo automático para armas de pequeno calibre, equipado com um computador “dual-core”, com processamento balístico sofisticado, que pode reconhecer, rastrear e engajar alvos terrestres e aéreos (Drone/UAV) com grande precisão, minimizando baixas amigas e danos colaterais.
Antes desta apresentação, mais precisamente nos dias 22 e 23 dezembro de 2021, o protótipo do SMASH 3000 foi testado em carabinas IA2, nos calibres 5,56 e 7,62×51 mm, onde coletados os dados de tiro para ajustar as configurações do computador balístico à arma, mas já ficando clara a facilidade de sua instalação por meio de trilhos Picatynni.
O “core” do sistema de tiro inteligente reside em seu aparelho de pontaria, cuja composição traz funções presentes em computadores e integra sistemas e equipamentos diversos, tais como: lentes e filmadora infravermelha, filtro que permite executar o tiro sob condições de baixa visibilidade e à noite, sendo todas as informações processadas por um computar interno, além de outros. Além disso, o SMASH 3000 é dotado de alta conectividade e conta com a capacidade de filmar e armazenar os tiros realizados por períodos de até 30 dias, além de realizar cálculos balísticos de forma ágil e confiável.
Para a realização do tiro, basta que o atirador faça a visada no alvo para marcá-lo e deixar que o sistema faça todo o trabalho de cálculo. Em seguida, o atirador, com o gatilho pressionado, leva o ponto de pontaria secundário exibido no display até uma elipse que aparece sobre o alvo selecionado. Assim que esses dois elementos se encontram, a arma dispara de forma autônoma, resultando num tiro extremamente preciso.
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A harmonização do fuzil com o SMASH 3000 é realizada uma única vez e o sistema calcula a precessão para os alvos em movimento, bem como avalia a distância com base na imagem do objeto que o atirador selecionou. Caso ocorra alguma mudança na imagem registrada, o sistema é desarmado a fim de prevenir danos colaterais. O tiro noturno é baseado, unicamente, na luz residual, não havendo emissão de nenhum sinal.
O fuzil IA2 é produzido pela Indústria de Material Bélico do Brasil (IMBEL), de Itajubá (MG), e sua versão 5,56mm foi adotada pelo Exército Brasileiro como armamento padrão em 2013 e já recebeu cerca de 35 mil unidades.
A parceria entre a IMBEL e a Smart Shooter aumentará significativamente a precisão e a letalidade dos IA2 no engajamento de alvos estáticos e em movimento, no solo e no ar, dia e noite, potencializando a eficácia de atuação operacional das Forças Armadas e órgãos de segurança pública.
Com informações e imagens da IMBEL
Respostas de 5
Caramba Paulo, essa mira dá ao infante a mesma capacidade de atirar em um alvo em movimento a uma grande distância que um carro de combate tem.
Sem dúvidas um produto que vai agregar muito a capacidade do infante.
A questão é: Vão adquirir em número satisfatório ou será a conta gotas?
vale lembrar que poucas unidades do EB que possuem miras, do tipo red dot por exemplo em seus fuzis.
A maioria é no “ferro”.
Se o Smash é quem libera o disparo quer dizer que desconector da armadilha do percutor nao esta ligada ao gatilho ou que o Smash tem um segundo desconector próprio? Será que se acabar a bateria ou for “hackeado”/danificado a arma fica inútil? Ou tem alguma forma de “bypass” mecânico através do seletor de tiro ou coisa assim?
Eu não havia me atentado a isso, realmente interessante.
Se eu entendi direito, essa mira não é um red dot comum, e sim faz cálculos para tiros a longa distância compensando ângulos?