No último dia 30 de junho, a AEL Sistemas, empresa brasileira da Base Industrial de Defesa
(BID), entregou dois Protótipos veiculares da Versão BETA (PVB) do Projeto Rádio Definido por Software do Ministério da Defesa (RDS-Defesa) ao Centro Tecnológico do Exército (CTEx).
Os equipamentos entregues foram desenvolvidos pela AEL Sistemas, Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicações (CPqD), Kryptus e Sigma Delta, integrantes de um arranjo produtivo nacional sustentável de rádios criado pelo Projeto RDS-Defesa, do qual também participa a IMBEL. Nesse desenvolvimento, foram superados diversos desafios tecnológicos, reduzindo-se significativamente o peso e volume do equipamento, bem como o adequando aos rigorosos requisitos ambientais para uma operação em blindados.
No mês de julho na AEL Sistemas, uma força tarefa liderada pelo CTEx finalizou a integração das formas de onda e realizou com sucesso testes de transmissão de voz e dados nas bandas HF e V/UHF.
Dentro das comemorações da semana do Quadro de Engenheiros Militares do Exército, em 5 de agosto, os engenheiros do CTEx e da AEL fizeram uma demonstração do PVB integrado ao sistema de comando e controle (C2) Gerenciador do Campo de Batalha (GCB) desenvolvido pelo Centro de Desenvolvimento de Sistemas, do Exército Brasileiro, na sede do CTEX, no Rio de Janeiro. O GCB utilizou o RDS-Defesa como meio de transmissão de dados, evidenciando a sua viabilidade para emprego operacional nas plataformas blindadas do Exército.
O projeto
O Projeto RDS-Defesa faz parte de um Projeto de Interoperabilidade Técnica de Comando e Controle do Ministério da Defesa, e é coordenado pelo CTEx, com o objetivo de desenvolver um rádio 100% nacional, tendo completo domínio tecnológico do hardware, da forma de onda (software) e da criptografia, e que cumpra os Requisitos Operacionais Conjuntos (ROC) das três Forças. O RDS-Defesa proporciona diversas aplicações no contexto da Interoperabilidade técnica de comando e controle podendo ser utilizado em programas estratégicos como SISFRON, SisGAAz, Guarani, 8×8, entre outros.
Entre as vantagens de um RDS incluem-se a independência tecnológica de hardware e
o software; a capacidade de interoperabilidade, de portabilidade de Formas de Onda e de
agregação de novos serviços, sem necessidade de substituição do hardware; e a possibilidade de acompanhar os avanços tecnológicos no setor de comunicações por rádio.
O Projeto conta com apoio financeiro do Ministério da Ciência e Tecnologia e Inovação (MCTI), por intermédio de convênios estabelecidos com a Financiadora de Estudos e
Projetos (FINEP).
Fonte: AEL Sistemas
Respostas de 5
Excelente iniciativa, projeto extremamente importante.
Bastos existe a possibilidade de usar o RDS-defesa no guarani em vez do Harris? Ou o RDS-defesa é para escalões superiores?
Engraçado, este assunto aqui é 10x vezes mais importante e significativo do que a materia sobre o novo 4×4 blindado ou sobre o Guarani mas a quantidade de atenção que ganha é apenas uma fração.
Detalhe que muito do pessoal que passou direto aqui eventualmente dá uma de “inspeçialista” nos comentarios.
Esse sistema permite saltos de frequência, não? E se sim, quantos saltos? Quanto maior esse número, menor a probabilidade de interceptação. E o Comando Logístico? É imperativo termos uma grande Comando voltado para tal necessidade…
Projeto realmente importante, vai nos tornar livres de sermos interceptados em caso de conflito com os países fabricantes de rádios que utilizamos.