Irã envia sistemas ASTROS II iraquianos para a Rússia

Por Redação INFODEFENSA (*)

Segundo o jornal inglês The Guardian, a Rússia recebeu uma variedade de armas do Irã para uso na Guerra da Ucrânia (a maior parte contrabandeado do Iraque) e, dentre eles, a destacam-se dois sistemas de artilharia ASTROS II, projetados e fabricados no Brasil pela Avibras Aeroespacial.

As armas, explica a mídia britânica, estavam originalmente (e legalmente) em posse das Forças de Mobilização Popular do Iraque (Ḥashd al-Shaabi), milícias paramilitares xiitas apoiadas pelo Irã, em cujas mãos as armas que chegaram ao país nas últimas décadas, marcada pela presença de tropas ocidentais em território iraquiano.

Os paramilitares desmantelaram dois sistemas de lançamento de foguetes Astros II, conhecidos no Iraque como “Sajil-60”, e depois os enviaram ao Irã através da fronteira, na  região de Salamja, em 1º de abril, segundo o relatório do The Guardian.

Por fim, as armas foram transportadas de navio pelo Mar Cáspio até a cidade russa de Astrakhan, localizada no delta do rio Volga. Ao lado dos sistemas brasileiros, a Rússia recebeu mísseis Bavar 373, de fabricação iraniana.

Matéria publicada em INFODEFENSA em 13/04/2022
traduzida e adaptada por Paulo Bastos

(*) INFODEFENSA é um portal de informações publicado pela IDS (Information & Design Solutions, S.L.), empresa fundada em 1999, com o objetivo de ser uma referência profissional em Espanha e na América Latina em comunicação e informação especializada para os mercados de Defesa, Segurança e Aeroespacial, e mídia parceira de Tecnologia & Defesa.

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Respostas de 12

  1. Noticia que vem a calhar, fortalece a importância do projeto Astro 2020 para a defesa do Brasil e o nome da Avibras neste momento critico que esta passando

    1. Difícil ver o mercado de artilharia de saturação se manter a curto prazo.
      A tendência, que já é uma realidade, é a expansão do mercado para misseis de precisão.
      A AVIBRÁS já sabe disso e tem redirecionado seus (escassos) recursos para novos projeto.

      1. Então fale isso para as guerras dos últimos 2 anos no mundo todo que usaram massivamente MLRS. Essa tese é totalmente infundada e não guarda justificativa na realidade dos conflitos recentes.

        1. EXATO….barato e eficiente, no começo de uma guerra até pode haver certo gasto para alvos de grande valor, mas apos 15 dias….custos e eficiencia, alem do terror psicológico, sao levados em conta,

  2. E precisa disso? não seria mais dor de cabeça logístico? eles tem tantos outros meios com padrão, munição, doutrina etc. Só se for para uso dos mercenários e voluntários deles, parece que iriam da síria para lá e pode ser que irão operar seu próprio equipamento já que a Rússia já está sobrecarregada com logística e apoio de suas próprias tropas. Quem sabe…

  3. Totalmente ilógico e inverossimil. Quantos anos nao vai munição pro Iraque? Qual sentido de pegar um lançdor para o qual não há suprimento? A Russia tem dezenas de lançadores com mesma capacidade.

  4. Boa tarde! Tem cara de matéria comprada pelos Americanos. Aproveitam que a Avibrás está em recuperação judicial e mancham sua imagem vinculando-a a um genocídio na Ucrânia; de quebra fecham-na e a tiram do mercado.
    Vejamos: Os Astros estão sem manutenção por quantos anos? E a validade das munições? Por que a Rússia estaria interessada em algo como esse se ela já tem poderio de sobra? Por que o Irã entregaria algo que ela mesma teria interesse? Quem irá operar? E quantas são as viaturas necessárias pra operação (meteorológica, comando e controle, municiadora, etc)?
    Não duvido jogarem misséis da avibrás e bombas cluster (sim, as clusters que mostraram no Iêmen, pra dizer que fabricamos equipamentos genocidas, sem precisão, que não detonam 100% e matam civis inocentes).

    1. Quero saber como que mancha o nome da empresa sendo que ele não participa do conflito? Pela lógica a Toyota já estaria em ruínas…

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