Sob coordenação do Comando Naval de Operações Especiais (CoNavOpEsp), ocorreu, entre os dias 27 de março e 07 de abril, o “Adestramento Conjunto Específico de Salto Livre Operacional 2022” na região da Base Aérea Naval de São Pedro da Aldeia (BAeNSPA) – RJ. Tal atividade visou a manutenção e o aperfeiçoamento operacional das tropas brasileiras que empregam o Salto Livre Operacional como método de infiltração, assim como sua integração e interoperabilidade.
Contando com a participação de destacamentos da Marinha(Batalhão de Operações Especiais de Fuzileiros Navais – Batalhão “TONELERO” e Grupamento de Mergulhadores de Combate – GRUMEC), do Exército(1º Batalhão de Forças Especiais – 1º BFEsp, 1º Batalhão de Ações de Comandos – 1º BAC, 3ª Companhia de Forças Especiais – 3ª Cia FEsp e Companhia de Precursores Paraquedista – Cia Prec Pqdt)e da Força Aérea (Esquadrão Aeroterrestre de Salvamento – EAS/PARA-SAR), além de outras organizamções militares das três Forças Singulares como apoio, aproximadamente 200 militares estiveram diretamente envolvidos no adestramento.
A atividade foi dividida em duas fases, sendo a primeira um seminário sobre a atividade de SLOp e a segunda a prática de SLOp utilizando aeronaves de asa fixa e de asa rotativa.Durante a primeira fase, no dia 28 de março, foram realizadas apresentações por parte de representantes dos destacamentos operacionais. Ao longo desse dia foi possível nivelar conhecimento sobre as capacidades, possibilidades e limitações atuais neste tipo de atividade.
Durante a segunda fase, entre os dias 29 de março e 06 de abril, utilizando aeronave C-130 “Hércules”, da Força Aérea, e helicópteros UH-15 “Super Cougar” do 2º Esquadrão de Helicópteros de Emprego Geral (Esqd HU-2), da Marinha, foram executadas diversas técnicas, táticas e procedimentos específicos de SLOp, decolando a partir de terra e do mar, incluindo saltos em condições de visibilidade reduzida (salto noturno), realização de Infiltrações com Velame Aberto (IVA) e SLOp a Grande Altitude.
O SLOp a Grande Altitude, em especial, exige elevada capacitação técnica dos saltadores, configuração específica da aeronave e equipamentos especiais de suprimento de oxigênio, além de aspectos táticos, logísticos e de Comando e Controle diferenciados para sua execução. No exercício, o salto foi realizado à altura de 24.000 pés (cerca de 7,3 km), seguido de navegação com velame aberto e pouso em zona de lançamento não balizada.
No dia 06 de abril, em coordenação com a Operação Poseidon, todos os destacamentos embarcaram no Navio Doca Multipropósito G40 Bahia, de forma a simular uma infiltração de tropas utilizando helicópteros UH-15 “Super Cougar”, da Marinha, e HM-4 “Jaguar”, do Exército,a partir de navios da Esquadra brasileira, com a missão de neutralizar alvos em terra.Esse tipo de ação permite explorar as características intrínsecas do Poder Naval (mobilidade, permanência, versatilidade e flexibilidade) em um amplo espectro de atividades, incluindo as operações de guerra, foco do exercício em lide.
Por ocasião do encerramento das atividades, o comandante Naval de Operações Especiais, contra-almirante (FN) Claudio Eduardo Silva Dias, diretor do Exercício, enalteceu o empenho de todos os participantes, desde as fases de planejamento e preparação, e destacou a importância dos ensinamentos obtidos durante sua execução para o processo de melhoria contínua deste tipo de adestramento conjunto.
Promovido e supervisionado pelo Ministério da Defesa, esse adestramento faz parte de uma série de atividades voltadas para o nivelamento e a padronização de procedimentos nas Forças Armadas, além da divulgação e a assimilação de boas práticas e lições aprendidas, viabilizando e aprimorando o emprego conjunto e a interoperabilidade.
Fonte: Comando Naval de Operações Especiais (CoNavOpEsp)
Uma resposta
Vocês poderiam fazer uma matéria sobre a Companhia de Precursores Pára-quedista, que em breve se tornará Batalhão, ou sobre o Curso de Precursor Paraquedista? Não vemos muita coisa sobre esses operadores especiais na mídia, mas sei que eles são muito especializados, fora que o curso é o mais difícil e longo entre os operacionais do EB.