F-35A na Tailândia – Nenhuma negociação, mas o interesse existe

Por Giacomo Cavanna, Ares Osservatorio Difesa (*)

Em janeiro de 2022, a Tailândia alocou oficialmente US$ 413,67 milhões para a compra de quatro novos caças para o próximo ano fiscal. Anteriormente, o chefe do Estado-Maior da Real Força Aérea Tailandesa, general Napadej Phupatemiya, havia declarado o interesse de sua Força no caça-bombardeiro de quinta geração Lockheed F-35A Lighting II, para substituir sua atual frota de caças F-5 e F-16, já estão em serviço há mais de três décadas.

Em entrevista ao Bangkok Post, o general Phupatemiya afirmou que o custo de aquisição unitário do F-35A era de US$ 82 milhões, inferior a versão mais recente do Saab Gripen (PB: mesma adquirida pela FAB), que seria de US$ 85 milhões.

O vice-presidente de negócios globais da Lockheed Martin, Tim Cahill, confirmou o interesse da Tailândia no F-35, mas nenhuma negociação oficial está em andamento, de acordo com o Bangkok Post. Cahill também enfatizou que a possível venda de F-35 para a Tailândia será “uma decisão política do governo dos Estados Unidos”.

Atualmente, na região do Indo-Pacífico, os operadores do F-35 são Austrália, Japão e Cingapura.

Matéria original “F-35A alla Tailandia? Nessuna trattativa in atto ma l’interesse c’è, publicada em 21/02/2022 e traduzida e adaptada por Paulo Bastos.

(*) Ares Osservatorio Difesa é uma Associação Cultural italiana, fundada em 12 de abril de 2019, em Roma, para a análise e estudo de questões nacionais e internacionais relacionadas às áreas de defesa e segurança, e parceira de Tecnologia & Defesa no intercâmbio de informações, para manter os leitores atualizados das notícias importantes que ocorrem entre os dois países.

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Uma resposta

  1. A Tailândia deve estar jogando, pois Washington sabe que nos últimos anos os tailandeses se aproximaram bastante de Pequim, inclusive efetivando compras e firmando parcerias de material bélico dos chineses, como no caso dos carros de combate (MBT VT-4) e o IFV 8×8 (VN-1), além de navios de assalto anfíbios (Type 07E) e submarinos SSK (Type 26T). Se os americanos vetarem o F-35 por considerarem delicado demais esse caça nas mãos de um país próximo demais da China, os tailandeses podem recorrer a algum vetor 5G chinês — provavelmente o J-31, já que tudo sinaliza que ele será dedicado à exportação. Os franceses também poderiam correr por fora com o Rafale, tal como aconteceu nos Emirados Árabes Unidos.

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