Por Santiago Rivas (*)
As Forças Aéreas da Argentina (FAA) e da Colômbia (FAC) estão analisando ofertas de caças Lockheed Martin F-16A/B Fighting Falcon MLU (“mid life upgrade” ou modernização de meia-vida, em português) que a Força Aérea Dinamarquesa está desativando para substituí-las pelos novos F-35A. Em ambos os casos, as ofertas foram feitas pelos Estados Unidos, através do programa Foreign Military Sales (FMS) e por enquanto não incluem armas ou pods.
No caso da Argentina, seriam 12 aeronaves e a solicitou que fosse incluída outra oferta para armas ar-ar e ar-terra, além de pelo menos um Boeing KC-135R Stratotanker de em -reabastecimento em voo, para Força possa contar novamente com tal capacidade. Além disso, espera-se poder analisar os aviões e sua condição antes de tomar uma decisão. A FAA espera fechar a compra de aeronaves de combate em 2022, seja aceitando a oferta dos EUA ou a feita pela China para o JF-17. As demais ofertas recebidas não atendem aos requisitos da força, portanto, no momento, estão praticamente descartadas.
Para a Colômbia seriam seis aeronaves, que já estão sendo negociadas e, nos próximos dias, uma comissão da FAC deve partir para a Dinamarca para analisar a situação dos aviões. O objetivo é que a compra possa ser fechada em curto prazo e que os aviões sirvam para cobrir o espaço entre o IAI Kfir, que deve deixar o serviço em pouco tempo, e a compra do F-16V Block 70, que é o modelo que a FAC escolheu como seu próximo avião de combate. No entanto, o Kfir permaneceria operacional até a chegada dos F-16V, para o qual a FAC manteria a operação do F-16 dinamarquês junto com a referida aeronave, para aproveitar as horas restantes do Kfir e porque o número de F-16AM compra de dinamarqueses não seria suficiente para cobrir todas as necessidades da Força.
(*) Santiago Rivas é jornalista e fotógrafo argentino, especializado em defesa, editor da revista Pucará Defensa e colaborador de Tecnologia & Defesa na Argentina
Respostas de 18
Boa tarde!
Já é certo que o Gripen perdeu na Colômbia? Desse jeito seremos os únicos operadores estrangeiros do caça.
Normal. E vai perder todas.
Bom… eu não sou nenhum adivinho, mas vendo a situação econômica e política, dos dois países que estão interessados nessa versão do F-16, em minha visão particular, a Colômbia é a que tem mais chance de adquirir tal caça.
A Argentina, além de estar em uma crise gravíssima (não que outros países sul americanos não estejam…mas a deles parece ser uma das piores) ainda tem questões geopolíticas polêmicas, referentes a questão das ilhas Malvinas, já que os americanos, tendem a dar apoio aos britânicos nessa questão. Eu creio que os argentinos, declaram de tempos em tempos, sua intensão de adquirir caça X ou Y, com o intuito de precionar os Chineses a fazer uma oferta mais “camarada” aos argentinos, com relação ao JF-17.
Não há como afirmar isso com absoluta certeza. O Gripen E/F está no início de sua vida operacional e ainda poderá vender várias unidades. O Rafale, que tinha sido considerado “micado”, sem fechar vendas externas, “desencantou”nos últimos anos, fechando várias vendas.
Claro que há como afirmar. Já estão em linha de produção os F-35 cuja competitividade já demonstrou ser maior nas recentes concorrências que ele ganhou derrotando justamente o Gripen E/F. O avião sueco não tem muita chance em nenhum lugar, essa é a realidade.
Continuo dizendo que não há como afirmar nada com certeza. O Rafale também teve o futuro ameaçado, perdendo vendas (inclusive no Brasil) e, depois de 2018 e mais de dez anos depois de ter entrado em serviço, começou a vender. O Gripen E/F está somente agora entrando em serviço.
Na Colômbia nçao iria ganhar mesmo, os EUA há tempos são parceiros militares deles.
Como assim “os únicos op estrangeiros”??? Hungria, África do Sul, Rep Tcheca, Tailândia… até a Inglaterra opera Gripen. É só procurar as informações meu amigo, estão ai para quem quiser ver.
Refere-se ao Gripen NG, diferente ao utilizado por estes países.
De boa, o Gripen é um excelente caça e a Suécia é um excelente parceiro. O custo operacional não deve se alterar tanto devido a baixa escala. A caça tripulada provavelmente não irá tão longe com os avanços da inteligência artificial, não é sábio investir todos os esforços nestes mecanismos.
“O custo operacional não deve se alterar tanto devido a baixa escala.”
Baixa escala aumenta custos, meu caro. Isso é fato conhecido de qualquer administrador minimamente competente. Aumenta custos de peças de reposição, que aumenta custos de manutenção, que, por fim, aumenta custos da operação.
O FMS é um grande trunfo para muitos países ! Acredito que ambos os países , pode se beneficiar com o FMS , com um longo prazo para efetuar o pagamento podendo ser um alívio para ambos ….
No caso argentino não seria apenas a aquisição via FMS, mas sim tanto a manutenção no decorrer da vida útil destas aeronaves quanto às restrições devido aos embargos influenciados pelos ingleses.
Como é um caça que ainda não está finalizado, creio que seja normal os países não se interessarem para a compra, mas dizer que o Gripen vai perder todas, como defendeu o Liuber aí em cima, é com certeza, exagero. Mas o tempo mostrará o acerto do Gripen, que é, com certeza, um excelente avião.
infelizmente o tempo ja esta mostrando que a longo de sua vida util o Gripen tera custo maior que do F35, sem falar que esse já tem preços de aquisição equivalente…Uns dos motivos que dificilmente a FAB vai adquirir um segundo lote dos Gripen
Custo de aquisição do Gripen e de $70m unidade, Porem varios fatores são mais atraentes que o F-35 por 70~80m por exemplo o custo da hora de voo que de um Gripen e de $5000 enquanto de um F-35 e $48000.
E aquela pode ter o mesmo valor de aquisição porém o valor de operação pesa também. (Por exemplo um SU-35 custa menos que um Gripen E/F porém seu custo de hora de voo e de $30000)
A FAB pretende adquirir um segundo lote de 36 unidades do Gripen isso vem sendo discutido desde 2019, E recentemente foi dito que o Brasil teria 72 unidades do Gripen.
Até hoje não entendi esse cálculo para a hora de voo do Gripen a US$ 4 mil na Suécia. Na África do Sul, ela foi recentemente revelada como sendo de cerca de US$ 9 mil. Mesmo tendo baixado de um valor estimado alguns anos antes como sendo de US$ 11 mil, graças a mau planejamento e gestão ruins, a frota ficou sem manutenção adequada e só agora estão lançando um acordo para recuperação da condição de voo na SAAF.
Aqui no Brasil, o estimado é que este custo fique na faixa dos US$ 10 mil mesmo. O que será muito bom, próximo à do F-5M hoje.
Os EUA vão fazer de tudo para a Argentina ter estes aviões pois não vão deixar os chineses colocar o seu avião aqui na AL.