Na manhã de hoje, dia 16 de novembro, no Centro Tecnológico do Exército (CTEx), foi formalizado o desenvolvimento do novo sistema de armas remotamente controlado (SARC) REMAX 4 e um pacote de atualização dos REMAX 3 atualmente em uso, através do acordo de cooperação nº 21-DCT-005-00, entre o Departamento de Ciência e Tecnologia (DCT) do Exército e a empresa Ares Aeroespacial e Defesa. A assinatura do documento foi feita pelo general de brigada Armando Morado Ferreira, chefe do CTEx, e Frederico Medella, diretor comercial da Ares.
O REMAX 4 é uma evolução do atual REMAX 3, desenvolvido entre o Exército e a empresa Ares, cujas principais mudanças são, além da atualização dos eletrônicos, hardware e arquitetura de software, terá seu módulo de optrônicos desacoplado do berço, permitindo graus de liberdade independentes (azimute e elevação) à linha de visada; capacidade do cofre de munição aumentada em três vezes, indo de 100 para 300 para cartuchos 12,7x99mm, e de 200 para 600 para 7,62x51mm; e possibilidade de adicionar uma estação de trabalho para o comandante de viatura, permitindo o controle total da estação de armas, podendo ser integrada ao sistema de gerenciamento de missão (SGM), aumentando sua consciência situacional.
Com essas modificações, além de manter o sistema no chamado “estado-da-arte”, permitirá a uma integração mais fácil com outros armamentos, como lançadores automáticos de granadas (LAG) e mísseis anticarro (“anti-tank guided missile” – ATGM). Também poderá ser integrado um sistema de alerta laser (“laser warning systems” – LWS), sendo que no protótipo foi instalado o ELAWS 2, da Elbit Systems.
Junto a esses detalhes todo o projeto passou por total reengenharia, reduzindo a altura em 20% e o peso em 12 kg, facilitando a instalação e remoção do sistema, permitindo a utilização em viaturas menores, porém mantendo as mesmas interfaces do REMAX 3, desenvolvidas para a viatura blindada de transporte de pessoal – média sobre rodas (VBTP-MSR) 6X6 Guarani e viatura blindada multitarefa – leve de rodas (VBMT-LR) 4X4 LMV-BR.
O pacote de atualização dos SARC em operação, cuja denominação é REMAX 3A1, deverá ter as mesmas características à exceção do sistema optrônico desacoplado e das menores dimensões.
Este programa foi iniciado pelo CTEx em 2016 que, após a análise dos documentos referentes à avaliação complementar, realizada no Centro de Avaliações do Exército (CAEx), iniciou os requisitos para esta nova versão.
Em novembro de 2020, a Ares, objetivando atender ao projeto, buscando reduzir os custos de produção, viabilizar e estender o ciclo de vida do sistema e proporcionar uma relação custo benefício mais vantajosa, apresentou à Força uma proposta para pesquisa, desenvolvimento e produção do protótipo do REMAX 4 e de um pacote de atualização dos atuais, construindo um protótipo com os requisitos do CTEx.
Este protótipo foi montado em uma VBTP-MSR 6X6 Guarani no inicio de setembro deste ano, na sede da empresa Ares, e testado, com a realização de tiros técnicos, no CAEx, no final do mês, após os testes com a torre REMAN.
A assinatura desse acordo, com duração de 12 meses, mas podendo ser estendido, permitirá o acesso total da equipe de desenvolvimento do CTEx, executando um trabalho conjunto para que este novo sistema atenda as necessidades do Exército.
Veja a história completa do desenvolvimento deste programa na próxima edição da revista Tecnologia & Defesa
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Respostas de 24
Ótima notícia.
Que top Bastos e a matéria respondeu a pergunta que fiz na outra matéria sobre a possibilidade de integração com sistema de lançamento de ATGM.
Por isso falei para aguardar as novidades no site 😉
kkkkk eu lembro do bastos mando voce ter calma sobre a remax 4 na hora que li a mateira agora lembrei na hora do comentário na matéria anterior
Bastos as próximas entregas do Guarani e LVM seram equipados com esse novo Remax?
O REMAX 4 precisa completar o seu desenvolvimento e ser homologado.
Após isso, a ideia é as próximas a serem adquiridas sejam desta versão.
A REMAX, com a possibilidade de emprego integrado de um ATGM, entrega um envelope no estado da arte, podendo ser comparada a Protector da Kongsberg, por exemplo.
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São capacidades tais que, cabe pensar, refletir e questionar a decisão do exército, se realmente faz sentido gastar bons R$ 86 milhões de reais, investindo em um lote de 2 protótipos mais 7 unidades do lote piloto, de um Cascavel Modernizado, para então verificar a expansão desse gasto em uma força que opera sempre sem dinheiro.
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Será que o LMV equipado com uma REMAX não poderia substituir com grande vantagem o Cascavel e os Marruás, em seu estado atual, completamente analógicos e desprotegidos, modernizando assim toda a Estrutura e o emprego do Pel Cav Mec?
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Será que o que precisamos é um blindado modernizado ou uma estrutura e doutrina modernizada?
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Enfim: O LMV, com esta RWS entregaria a capacidade de operar a noite, com chuva e vento, entregando tiro estabilizado de uma metralhadora 12,7mm cobrindo 1,5 km e como adicional o poder de fogo de um ATGM, cobrindo 4+ km. Tudo podendo ser conectado ao Sistema de Gerenciamento do Campo de Batalha da família Guarani, para operar em rede. É o estado da arte, ainda mais se dotado de um sistema de alerta laser, que entrega o engajamento do inimigo contra esses meios que operam na linha de frente. E tudo isso seria montado em um plataforma 4×4 relativamente barata, que duraria pelo menos 3, com capacidade de resistir a disparos de 7,62 mm perfurante e comprovada resistência contra IEDs, com o adendo da capacidade de carga para levar um UAV de classe 1, entregando ainda mais modernidade a esta estrutura.
Concordo mas faria um pouco diferente. No lugar do LMV, colocaria o Guarani com .canhão de 30mm e um lançador de mísseis. Sem gastar as tubas com um troço que já deu o que tinha que dar que o Cascavel.
Olha Bardini, neste contexto eu tenho q concordar contigo e olha q defendo a modernização do Cascavel mas….creio q já passou da hora de evoluir conceitualmente mas quem sou eu na fila do pão
Bastos essa versão ATGM seria uma boa pedida para equipar os novos jltv dos fuzileiros, certo? Acredito que o veículo jltv tem robustez para receber essa versão da remax.
Perfeito. Venho defendendo a substituição do Cascavel, que independente da modernização a ser feita, continuará sendo uma plataforma obsoleta que não oferece a proteção adequada aos tripulantes no ambiente de guerra moderna.
Bastos você acha que seria uma boa a modernização dos m113 dos batalhões de infantaria blindado com essa nova versão do remax 4 armado com um ATGM? Ou o Eb vai adquirir algumas unidades usadas do blindado Marder integrado com um ATGM para os batalhões de infantaria blindado??
Prezado , desculpe me meter responder. O EB anunciou recentemente a intenção de modernizar 150 dos 196 M113 ainda não modernizados.Logo a opção pelo Marder proposta pelo nova couraça foi descartada.
Há 72 pelotões de fuzileiros blindados no EB. Cada qual com 4 blindados. Ai a demanda de torres se todos fossem modernizados com elas
Caramba quanta evolução de um modelo para outro, 300 tiros de .50 e 600 de 7,12 que isso, agora sim é um equipamento pronto para ambientes de saturação e ritmo massivo de combate. Parabéns Ares!! e esse novo formato compacto vai ajudar bastante em outros veículos menores.
EB caso aprovado por favor adotem esse modelo REMAX 4 como novo padrão dos Guaranis e quem sabe do MBT também. e por favor mantenha nossa indústria nesse ritmo de evolução lindo e a linha de produção aberta daqui a 10 anos estaremos exportando a remax 5
Interessante ressaltar como o investimento em pesquisa é essencial, todos surpresos vendo esse lindo sistema de armas de 4 geração e essa geração já esta sendo projetada a 5 anos, se o fluxo de repasse para ciência e tecnologia fosse descente quem sabe essa matéria e fotos da remax 4 e da remax 3A1 ja não teria saído em 2019…. o brasil tem bons engenheiros mais ” carro com pouco combustível não pode correr ne”
Essa mudança de capacidade de munição faz toda diferença. 100 tiros vai num tapa.
A Ares entrega ao Exercito Brasileiro um leque de torres UT30MK, TORc30, REMAX e REMAN, para serem usados nas viaturas blindadas utilizadas atualmente, o M-113 , o Urutu, o Guarani, o Cascavel, e o LMV.
Cabe agora ao EB utilizar essas capacidades diferentes oferecidas por essas torres para definir qual torre é a melhor para cada veiculo e as quantidades necessárias de cada torre.
Meu palpite:
M-113 Modernizados (‘Talvez’ algumas REMAX)
Urutu remanescentes (nenhuma)
Cascavel (Nenhuma) Mas deveria ser a TORC30
Guarani (REMAN, REMAX ) ‘Talvez” a UT30MK poderia ser testada
LMV (algumas poucas REMAX)
Eu acho que é tudo por hoje …..
Bardini, concordo plenamente com vosso raciocínio quanto à modernização do cascavél. Entretanto, ao invés do LMV, acho o Guarani com o bushmaster 20mm mais adequado à função de apoio, ainda mais se equipado com um ATGM como indica a matéria.
Realmente, não faz sentido algum o programa do cascavél. O EB deve morrer de amores por aquele canhão, só pode. E já que insiste nisso, fico imaginando se não seria possível o uso desses mesmos optronicos desacoplados na torre do cascavél.
Pelo menos padronizaria-se a logística
O mais importante e isto geraria mais escala no Guarani, principalmente do chassi que preservaria power train e suspensão.
Escala de produção e tudo
Com certeza 100 tiros no cofre é uma grande deficiência e acaba por comprometer a sobrevivência em combate da guarnição assim como o veículo que opera o sistema, a nova versão terá uma capacidade de combate inigualável em relação ao modelo anterior!!!
Excelente a matéria, extremamente elucidadiva e didática. Contemplando ao público leigo, bem como, aos mais experientes no tema.
Existe a possibilidade de essa torre ser equipada com um armamento mais poderoso?
Excelente notícia, ótima evolução.
Ótimo equipamento a ser integrado em veículos leves de combate, o Guarani merece um equipamento ainda mais avançado do tipo anti-tanque incorporando um sistema parecido com os Karl-Gustav e afins! Muito Sucesso aos Envolvidos! Dá para incorporar multiplos sistemas neste veículo!