Arsenal de Guerra do Rio garante a manutenção das UT30BR

Ao longo do mês de maio, a partir de meticuloso trabalho realizado pela Divisão Industrial do Arsenal de Guerra do Rio (AGR), organização militar diretamente subordinada à Diretoria de Fabricação (DF) do Exército Brasileiro (EB), foi executada a inspeção, diagnóstico e manutenção das unidades eletrônicas de potência (“Power Eletronic Unit” – PEU) dos sistemas de armas remotamente controlados (SARC) UT30BR, das viaturas blindadas de transporte de pessoal (VBTP) 6X6 Guarani, de forma a viabilizar a manutenção desse material de emprego militar.

O sistema UT30BR apresentado é a primeiro dos 13 que o EB possui e o planejamento inicial é recuperar sete em curto prazo de tempo, e os restantes em uma próxima etapa.

Esta atividade foi conduzida em parceria institucional do AGR com técnicos da empresa Ares Aeroespacial e Defensa, contribuindo na análise e manutenção do módulo, e aumentando a capacidade operacional das unidades dotadas dos SARC UT30BR, um dos mais sofisticados sistemas de armas do EB.

Novos equipamentos incrementam a capacidade do Arsenal

Dando prosseguimento a modernização do AGR, no dia 31 de maio chegou um novo lote de modernos equipamentos industrias, composto de uma prensa hidráulica metaleira e duas guilhotinas hidráulicas de corte oscilante/basculante.

Outros equipamentos chegarão em breve, ampliando ainda mais sua capacidade de produção e serão adicionados aos recebidos ao longo de 2020, como os dois tornos convencionais automatizados, um torno CNC de grande porte, um centro de usinagem, dois equipamentos de eletroerosão e um rugosímetro, estes maquinários alavancarão a capacidade produtiva do AGR.

Objetivando o desenvolvimento de projetos futuros, foram recebidas duas impressoras 3D, que permitirão desenvolver novos protótipos de maneira mais eficiente e com tecnologias modernas.

Tais equipamentos trarão considerável melhoria na capacidade industrial na área de conformação mecânica, com possibilidade de emprego em itens de produção, como o morteiro 120mm, morteiro 81mm e materiais de engenharia, como passadeira flutuante de alumínio e portada tática leve, além da produção de kits de blindagem.

Aquisições como essas é a consubstanciação do empenho do AGR em constantemente investir em tecnologia de ponta para a produção de Materiais de Emprego Militar para o aumento da capacidade operativa da Força Terrestre.

Com informações e imagens do Arsenal de Guerra do Rio e Diretoria de Fabricação

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Respostas de 11

  1. Assim como a capacidade de produzir localmente, o domínio dos meios de manutenção também é sinônimo de soberania. Parabéns ao pessoal do AGR!

  2. Excelente matéria Paulo e parabéns ao pessoal do AGR !!!
    Paulo, alguma novidade sobre compra de mais torres UT-30 por parte do EB ???

  3. Ainda não entendo o porquê o EB investiu tempo, dinheiro e cérebros na TORC-30, para depois comprar a UT-30 e desistir da TORC.
    Na minha modesta e limitada lógica não faz sentido algum.

    1. A proposta da TORC30 era para uma VBC que substituiria, ou complementaria, os Cascavel, porem o EB desistiu desse tipo de viatura, o que acho uma pena.
      É uma torre muito mais sofisticada, e cara, que a UT30BR.

      1. Obrigado pela resposta Batos.
        Mas uma coisa é o EB desistir da viatura, outra e desistir da torre.
        Pois a mesma poderia (poderá) ser instalada nos Guaranis 8×8, M-113 BR,
        e qualquer outro veículo atual ou futuro que o EB resolva adotar.
        Para mim foi um péssimo erro estratégico a decisão de cancelamento da mesma.

  4. Bom dia a todos:
    Vou fazer uma pergunta de leigo:
    Seria possível utilizar os canhões de 30mm dos mirage III desativados e adaptar numa plataforma como a TORC ou a UTR? Quais seriam as limitações para isso ou seria no fundo uma gambiarra?
    Obrigado

    1. Pensando somente pela parte da engenharia seria plenamente possível, mas se nos atermos a questões operacionais e logísticas, veremos que não faz sentido.
      Os canhões dos Mirages III, mesmo se estivessem plenamente funcionais, coisa que não sei, são DEFA 552 Dual, com cadência muito alta, 1.300 TPM, e de calibre mais anêmico, o 30x113mm, pois sua função é abater alvos em alta velocidade e com pouca blindagem.
      Já a UT30BR utiliza o canhão ATK Bushmaster MK44 com cadência baixa, 200 TPM, e munição muito mais potente, 30x173mm, pois seus alvos ou estão estáticos, ou em velocidade muito mais baixa que uma aeronave, e mais protegidos.
      Resumindo, o fato de ambos serem “30mm” não quer dizer que disparam a mesma munição ou são para a mesma função.
      Espero ter ajudado.

      1. TENHO UMA OUTRA PROPOSTA QUE ATENDE UM SETOR DEFICITÁRIO
        Podemos usar uma solução nacional para a defesa antiaérea aproximada.
        O sistema UT30BR foi projetado para atender a uma variada gama de requisitos, oferecendo desempemho superior nas diversas condições de combate. Utilizando tecnologia de última geração, o sistema UT30BR é resultado da experiência de mais de 30 anos no desenvolvimento de sistemas de tiro, aquisição e rastreamento automático de alvos em plataformas giro-estabilizadas.
        O Exército poderia encomendar à ARES Projeto de um sistema com plataforma giro-estabilizada baseado no UTR30Br com rastreamento automático de alvos aéreos, e reparo com dois canhões lado a lado de 30mm, para complementar os “Gepard” na defesa antiaérea aproximada.

    2. Li que no projeto inicial da Torc-30 mm, utilizaram o canhão do AMX ( que foi fabricado localmente por transferência de tecnologia).
      Porém precisaram mudar alguma coisa nele para reduzir a cadência cíclica do canhão, que é mais rápido na versão aérea.
      Mas crio que não seria uma gambiarra, afinal de contas tanto o canhão para aeronaves quanto para veículos ou navios possuem praticamente o mesmo funcionamento mecânico caro CWB

  5. Olha, partindo do princípio que o sistema CIWS Phalanx utiliza o canhão Vulcan 20 mm, o mesmo usado nos caças F-16, F-18, etc…talvez os canhões DEFA dos Mirage III e a sua versão da Bernardini, usada no A-1, também possam ser usadas em sistemas AAé. Quando a FAB desativou o Mirage III, haviam 16 células, então seriam 32 canhões. Quanto aos A-1, tirando os que foram perdidos e os 14 modernizados, sobram 38 células, o que daria 76 canhões. Digamos que 50% dessas armas estejam em boas condições funcionais e operacionais, daria pouco mais de 50 unidades. Falando em termos leigos, acredito que seria algo a ser pensado. Mas, como eu disse, é algo totalmente leigo…..talvez, não seja possível essa adaptação.

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