Altave escolhe Uberlândia para instalar nova fábrica de aeróstatos.

Minas Gerais vai abrigar uma fábrica da ALTAVE, fabricante de aeróstatos cativos, popularmente conhecidos como balões.

Usados para monitoramento e radiocomunicações, os aeróstatos são equipados com câmeras de alta definição, capazes de varrer grandes áreas em 360 graus.

A nova planta foi viabilizada após receber investimentos do fundo Aerotec, gerido pela mineira Confrapar, e recursos da Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais (Codemig).

A fábrica, localizada em Uberlândia, deverá contratar até cinquenta colaboradores, segundo o CEO da ALTAVE, Bruno Avena “A expectativa é de que, com a expansão, a empresa atinja a capacidade de produção de 10 balões por mês”.

O investimento ainda conta com aporte do Criatec II, fundo de investimento em empresas inovadoras de base tecnológica, gerido pela Bozano Investimentos e Triaxis Capital, e que conta com recursos de vários bancos, entre eles o Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG).

Avena destaca que essa forte participação de instituições de fomento em Minas Gerais foi essencial para a escolha do Estado para a expansão do negócio.“Contar com parceiros importantes e que demonstram vontade de fazer junto é muito importante. A Codemig tem vontade de atrair empresas de alta tecnologia para o Estado, então isso foi bem decisivo para a nossa escolha”, disse.

Além disso, Avena destaca a grandeza do território de Minas Gerais, o que favorece a demanda pelos balões cativos para monitoramento de área, assim como a oferta de mão de obra de qualidade no Estado. “A decisão foi pela cidade de Uberlândia. Tomamos essa decisão baseada em pontos estratégicos, como localização, facilidade de logística, proximidade de parceiros e clientes e custos em geral”, diz.

O executivo explica que a maior parte da produção dos balões será transferida para Minas Gerais.

A planta de São José dos Campos permanecerá apenas com o centro de Pesquisa e Desenvolvimento com o processo de integração do balão com componentes mecânicos e eletrônicos.

A construção da fábrica será iniciada ainda em 2018 e a previsão é de que ela seja inaugurada no início de 2019, segundo Avena “Com a nova fábrica, a indústria terá uma capacidade mensal de produção para 10 balões. Além disso, o executivo planeja crescimento em exportação. Entre os mercados de interesse estão Europa, América Latina e Oriente Médio”.

CEO da ALTAVE, Bruno Avena.

Avena explica que a empresa atua hoje tanto com a venda quanto com o aluguel de balões. Eles são utilizados para o monitoramento de áreas na segurança pública, segurança de eventos e em segmentos como agronegócio e energia.

Além disso, o balão também pode ser usado para levar conectividade a áreas sem cobertura de operadoras. “Áreas rurais estão demandando cada vez mais conectividade e nós conseguimos levar rede de internet (wi-fi) para regiões muito distantes porque o balão pode subir muito alto”, explica. Segundo ele, o custo da utilização do balão por hora chega a ser 10 vezes menor que outras opções, como torres ou helicópteros.

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